NIKOLAI ARMATAS NARRANDO. PALERMO, ITÁLIA. Verona parecia um mundo distante enquanto aterrissávamos em Palermo. A brisa marítima misturada com a agitação da cidade me deu uma estranha sensação de déjà vu. Fazia anos que eu não pisava em solo siciliano, e voltar aqui por causa de um roubo audacioso como esse era um golpe no meu orgulho. Giusepp estava ao meu lado, sempre atento e pronto para qualquer ordem. Saímos da pista de voo e entramos num carro que nos esperava. O motorista, um homem de meia-idade com o rosto marcado pelo tempo, nos cumprimentou com um aceno de cabeça respeitoso. O silêncio entre nós era carregado de expectativas e incertezas. — Onde fica a oficina? — Perguntei, quebrando o silêncio. — Na periferia da cidade, Don Nikolai. Não é longe daqui — respondeu Giusepp, c