NIKOLAI ARMATAS NARRANDO. ITÁLIA. PRIMEIRO DIA SEM DROGAS. A primeira coisa que senti ao abrir os olhos foi o peso esmagador da realidade. Cada centímetro do meu corpo doía, cada fibra implorava por alívio. O que me prendia a essa miséria era a falta da substância que, até então, tinha sido meu escape. Eu estava encolhido no sofá, suor frio escorrendo pelo meu rosto, e Bianca estava ao meu lado, a expressão firme, porém marcada pela preocupação. — Nikolai, você precisa comer alguma coisa — Ela disse com uma voz suave, estendendo um prato de comida em minha direção. Olhei para o prato, sentindo uma onda de náusea me invadir. Era como se a comida fosse um insulto ao meu corpo, que clamava por algo completamente diferente. — Não quero essa merda, Bianca! — Gritei, empurrando o prato c