Capítulo 8

1890 Words
Alexander "Il Duce" Riina. ELLA... Ella Shell Bourne. Faz muito tempo que eu não ouço esse apelido. O apelido que assombra a minha família até hoje, e assombrou o meu pai por tempo que baste. Eu achei que a única Bourne existente, até antes de se casar com o meu pai, era a Clarisse, mas aparentemente o meu pai estava com tanta t***o, por aquela traidora que simplesmente não terminou o seu trabalho. Com que então a filha do Jason Bourne está viva... - Tem certeza disso? - eu questiono ao homem que encarreguei de verificar todas as informações. - Tenho, senhor. - ele afirma e eu sorrio, mais animado do que achei que estaria ao encontrar a pequena assassina armada em justiceira que teve a ousadia de mexer connosco. A assombração da Clarisse está viva, e faz da sua vidinha, uma missão contra nós. Motivos não lhe faltam, mas é de uma ousadia enorme ela achar que pode alguma coisa, contra nós, quando o pai não conseguiu. Mas com o seu histórico nada limpo, e que mesmo assim, não possui registo algum na sua ficha criminal, fica claro, que ela é muito bem treinada. Aposto que também, bem protegida. O lugar onde ela supostamente mora, é distante, praticamente um fim do mundo, um bairro onde moram pessoas de baixa renda, um lugar praticamente esquecido, imigrantes ilegais devem chamar isso de paraíso. Até onde sei o Jason Bourne, já estava reformado da FBI quando o meu pai sumiu com ele, com certeza, com pouca proteção deles, já que ele levou investigar La Cosa Nostra por conta própria e não com a organização que ele trabalhou como agente secreto por anos, mas com certeza ele tinha dinheiro o suficiente para fazer com que a filha não morasse aqui. Questiono-me o que aconteceu. Ou ela torrou o dinheiro, ou ela nunca viu o dinheiro, esses detalhes eu não obtive e sinceramente, me intrigam, mas não é o importante nesse momento. A questão é, ela é uma assassina, que sabe mais de nós do qualquer um. Ela é a filha da Clarisse Zanan, antes Bourne, hoje, contra a nossa vontade, Riine. A filha que ela teve com o Jason Bourne, após ter trazido um bastardo para a nossa família. Clarisse Zanan, traidora e manipuladora nata, interesseira, obcecada e a p**a preferida do meu pai fazem anos, antes mesmo de eu nascer. Ela engravidou do meu pai praticamente ao mesmo tempo que a minha mãe que como é óbvio, é legitimamente casada com o Salvatore. Graças a sua obsessão, o meu pai livrou-se da mira da FBI, depois dela ter feito questão de implantar o seu bastardo na família e garantir que regressaria, ela foi lá, e seduziu o Jason Bourne para o meu pai, é impressionante como um homem inconsequente e intrometido, porém inteligente deixou-se ser manipulado por ela. Ela teve uma filha do Bourne nesse meio tempo, com certeza não fazia parte do plano, mas o que se espera de um traidora, que ficou sete anos, informando todos os avanços do Bourne para o meu pai, não? Eu tinha nove anos, quando o meu pai resolveu da me um fim, no Bourne e trouxe a Clarisse de volta. Sinceramente eu tinha me esquecido completamente da possível existência da filha que a Clarisse teve com o Bourne, provavelmente, porque eu era muito novo quando eu ouvi falar sobre ela. Ou porque a própria Clarisse, nunca se importou e poucas vezes mencionou sobre ela. Até ao momento eu tinha certeza que o bastardo do Stefano, desconhecia a existência da sua irmãzinha, mas os acidentes antecedentes implantaram uma dúvida em mim, agora. Ela achou-nos ontem, invadindo o nosso sistema, para ela ter conseguido isso, ela precisou do John, foi a razão i*****l pela qual ela o matou, mas a questão é: Como ela acharia o John sem informação interna? Ou mesmo, como ela invadiria as casas, com segurança máxima muito facilmente, e aparentemente sozinha, sem ajuda alguma? Impossível. Ela atirou no Salvatore, quando o Salvatore estava encarregado pela segurança, foi ele também quem afirmou terem encontrado o cadáver do John. Isso não pode ser coincidência, e com certeza, eu irei tirar isso a limpo da melhor forma possível. Depois de algum tempo chegamos, ao bairro, tão precário quanto sabido. Invadimos subtilmente o que é suposto ser a sua casa, mais especificamente, é um loft, com certeza não é o que se espera quando se olha para esse bairro. Eu olho pelas suas coisas, parece um lugar aconchegante, e moderno simultaneamente. Eu subo às escadas, atendendo a uma chamada. - Os seus amigos tiveram problemas com o Gerard Marconi. - ele fala, enquanto eu observo o seu quarto. Roupas na cama, papéis com planos nas paredes e um chocolate quente na cabeceira. Ela é comprometida com o que se propõe a fazer. - Estamos falando do mesmo Marconi? - eu questiono. - Sim, senhor. - ora, ora, ora. - Um deles matou o segurança e o Gerard Marconi apunhalou o outro, nós os vimos sair, brevemente eles devem chegar aí. - ele conta e ótimo. - Tratem do corpo do segurança. - eu falo. - Senhor, ela levou-o daqui e apagou os rastros. - humn, não devia esperar menos de alguém que atirou no Salvatore. - E o Marconi? - eu questiono. - Eles os prenderam no meio do mato, senhor. - ele responde. - Deixe-os aí. - eu não estou aqui para lidar com isso. - Sim, senhor. - ele responde, enquanto eu observo os documentos e o seu belo sistema de segurança que tanto me deu dores de cabeça. - Eu tenho a informação de que ela parou num posto de saúde, senhor, mas os seus amigos estão a chegar. - ele informa, enquanto eu observo a foto da Clarisse na sua escrivaninha. Oh, pobre menina. Saímos do seu loft, a tempo suficiente de ver duas japonesinhas na porta da frente, uma velha e outra mais nova, olhando para o carro, que visivelmente estava em fuga, com dois rapazes machucados, um suando frio e gemendo de dor. Os meus homens os rondam, enquanto eu observo o rapaz de estatura relativamente alta, pele n***a, e se não estivesse com a roupa ensanguentada estaria otimamente vestido, ajudar o rapaz loiro, que obviamente, foi apunhalado. - Kaio... - a moça japonesa balbucia se pondo na frente da mão, ficando vermelha olhando para todos os meus homens visivelmente amedrontada e confusa. O rapaz que carrega o outro, cujo nome é Kaio, levanta o seu olhar, que se arregala amedrontado no mesmo instante. Humn... ela anda com medricas. Esse tipo de companhia não é típico de uma assassina do seu calibre. Eu realmente esperava um pouco mais de ação, divertimento, mas eu acho que o rapaz aqui, acabou de molhar as calças. - Quem são vocês... - o rapaz ferido questiona com a voz arrastada, extremamente pálido, está a perder muito sangue, mais uns minutos e ele vai para o outro lado. - Para o chão! - o Jake ordena, para o Kaio. - Cuidado com isso, calma, calma parceiro. - ele pede se ajoelhando com o amigo e eu arranco o celular das mãos da japonesa. Ela é tão pequena, e acha que eu não consigo vê-lá tentar mandar uma mensagem para a sua amiga às escondidas. - Não quer tornar isso difícil, pois não? - eu a questiono e a mesma a ruboriza abruptamente olhando para baixo, e indo até ao chão, e a mãe impressionantemente faz o mesmo, sem que eu mandasse. Elas são mulheres, eu não ordenaria que elas se ajoelhassem, mas é melhor assim. - Eu... vou matar, você... - o homem ferido fala e eu sorrio. - Não me parece que você esteja em condições para isso. - eu falo batendo o seu ombro também machucado. Eu vejo o Jake pegar o celular do Kaio, que o estava a tirar do seu bolso e explodir com o mesmo no chão. - Eu comprei ele há uma semana... - a sua voz reduz gradativamente enquanto fala. - Cale a boca, Kaio! - a japonesinha manda, enquanto a senhorinha fala algo que não entendo para o que está quase morrendo aqui. - A Ella não está aqui. - a mesma fala, e eu sorrio vendo o seu celular chamar. - Ela chegará daqui a pouco para ajudar vocês. - eu respondo silenciando o seu celular, recebendo o seu olhar de raiva. - Ela vai matar você! - ela grita e eu franzo o cenho. - Eu penso que a sua amiguinha não tem capacidade para isso. - eu a respondo e ela revira os olhos. - Covardes... - eu ouço o Kaio murmurar, enquanto o outro parece já ter perdido a sanidade. - O que você disse, rapaz? - o Jake o questiona, colocando a arma na testa do mesmo e o mesmo levanta a cabeça, com os olhos avermelhados de raiva. - Eu chamei vocês de covardes! - ele fala alto dessa vez. Mas diz o rapaz que molhou as calças, isso é irônico. - Me diga, não podia vir sozinho? Precisava vir com cinquenta carros para atacar uma só pessoa? - ele questiona e tem razão. Mas eu não posso fazer muita coisa quanto a isso muitas vezes, é uma regra sair com vários seguranças nessas circunstâncias, eu sou um herdeiro, lidando com alguém que teve a ousadia de atirar no Don. Eles não querem me perder tão já. - Isso parece justo para você? Han? - ele questiona nervoso e eu elevo os meus ombros. - Se sabe quem sou, deve saber também que eu não costumo lidar com a justiça. - eu respondo sarcasticamente e o mesmo inspira fundo, tirando o seu olhar de mim para a estrada. Oh, ela chegou. Ora, ora, ora... O som dos pneus explodindo a tiros chama atenção do resto do único grupinho que está cá fora, os seus amigos. - Ella... - eles balbuciam em conjunto. Que adoráveis. Eu observo os meus homens irem tirá-la do carro, mas não foi necessário, a moça de estatura média, corpo visivelmente esbelto e atraente pelo conjunto preto que está a usar, cabelos aparentemente castanhos, e olhos claros, sai de um Ford Mustang de primeira geração. Humn… Um ótimo gosto. Ela é literalmente uma menina, uma mocinha com a face tão angelical que não condiz com o estrago que fez com o John, e tão pouco com o meu pai. Chega a ser inacreditável que ela saiba até manejar a arma na sua mão e simultaneamente atraente, ela tem uma confiança invasiva. Em nenhum momento demonstrou estar com medo das armas, ou de mim, ou até mesmo negou ser quem é, o que achei que ela faria, mesmo eu sentindo o medo nela. Isso vai ser mais lúdico do que eu achei. E ela com certeza não se parece em nada com a Clarisse. - E o que fazemos com eles? - o Jake questiona o carro levar a pequena assassina daqui. - Deixem-os estar. - eu respondo, o amiguinho deles, provavelmente morrerá daqui a pouco, é o bastante. - Apenas fiquem atentos e não os deixe fazer nada e******o. - eu falo entrando no meu carro. - Certo, senhor. - ele responde e eu fecho a porta. Vamos resolver isso de uma vez por todas.
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