Capítulo 67

2344 Words
ELLA. Em alguns minutos chegamos no restaurante, e afortunadamente, os amigos fotógrafos deles, não estão aqui. A porta foi aberta e como uma assombração o Jake está aqui do lado de fora. - Não me diga que o seu dono acha você tão incompetente que mandou você virar o meu babá, agora? - eu questiono retoricamente e ele finge um sorriso. - Provavelmente para acabar com você caso tente se fazer de esperta outra vez. - ele diz e eu riu olhando para a cara dele. - Acabar comigo? - eu questiono-o sorrindo e ele me encara como se perguntasse onde está a graça. - Você já teve tempo de se olhar no espelho? - eu questiono sarcástica e imediatamente o seu rosto fecha. - Passe logo. - ele diz e eu sorrio não fazendo muita questão de olhar mais para ele, e saio do estacionamento, caminhando até a entrada desse restaurante. Olá! - eu falo para o recepcionista que abre um sorriso. - Seja bem-vinda, senhorita Ella. - eu detesto o facto dele saber o meu nome. - A senhorita Natalie já chegou, permita-me acompanhá-la. - ele diz e eu só me limito em segui-lo, vendo todos esses idiotas espalhados por aqui. Eu avisto a Natalie, e internamente eu questiono-me se lhe persuado ou não... Seria uma loucura fazer isso agora. Ela parece ser mais suportável que a Chiben, porém, não tão confiável, principalmente levando que com certeza ela sabe em que família ela está se metendo. Oi! - eu falo para ela que abre um sorriso se levantando para me dar dois beijinhos no rosto. - Como você está, Ella? - ela questiona e eu a ofereço um sorriso antes de me sentar. - Eu estou bem, e você? - eu questiono-a. - Ansiosa. - ela diz sorrindo visivelmente animada. - Mas conte-me como realmente, está? - ela questiona, me observando. - Todos nós ficamos extremamente assustados e preocupados com o seu estado. - ela diz se referindo a cobra. - Eu estou bem melhor. - eu falo para ela, e ela assente. - O seu casamento foi rápido demais e depois você teve incidentes atrás de incidentes. - ela fala. - Eu não achei que gostaria de vir hoje. - ela diz. - Será um prazer ajudar você. - eu tento soar o mais amigável possível. - Eu fico feliz com isso. - ela diz sorrindo. - Eu achei que... fosse se entediar com isso. - ela comenta, e não é mentira nenhuma. - Você pareceu um pouco entediada no outro dia. - ela comenta. - Eu me entedio com alguma facilidade, é verdade. - eu falo. - Mas eu não me importo em fazer parte da preparação do seu casamento e ajudar você no que precisar. - eu falo e ela abre um sorriso. - Você é tão querida. - ela diz e humn... Você acha? Não demorou muito a Kassandra chegou, e a conversa girava em torno desse casamento, e eu limitei-me em parecer interessada e comer. Ignorando alguns olhares curiosos das pessoas aqui. Eu detesto essa atenção, detesto absolutamente tudo isso. Depois do almoço, fomos para o mesmo shopping, porém, num ateliê bem mais privado. E com isso, com mais dos seguranças, logo o que eu planejei durante o caminho, não teve como ser executado. As horas mais entediantes da minha vida, com certeza. Nós regressamos para aquele lugar que eles chamam de casa, literalmente quase no horário do jantar. Com a Natalie. Todos estão aqui, com exceção da Ginevra, da Clarisse e do Salvatore. A Chiben está aqui felicíssima da vida por estar sem o gesso, eu acho que não me lembro de tê-la visto sem gesso. O Alexander está aqui, bem mais... tranquilo do que a noite anterior. - Bipolar... - eu murmuro comigo mesmo entrando com elas na sala, depois de ver ele tomar o seu whiskey, com um c*****o de belo sorriso, conversando com o Leonardo que quando entramos estava rindo como se tivesse escutado a piada do século. Como se o Alexander fosse tão divertido. Eu nem faço questão de manter contacto visual com ele, por razões óbvias. - Mio amore. - o Leonardo diz, olhando para a Natalie que vai até ele, e o beija. Humn... - Querido. - a Kassandra diz indo cumprimentar o Alexander com carinho e ele retribui na mesma intensidade. Ele é literalmente um psicopata. Ela depois vai para o Leonardo, enquanto o Stefano apenas assiste com um sorriso no rosto olhando para mim. Todos eles são psicopatas. Os meus pés paralisam com o quão... profundamente ele me olha, tanto que a Chiben do lado dela notou e fechou a cara instantaneamente e como ela, o Alexander também notou e veio até mim. Fazendo a minha barriga esfriar e o meu coração disparar, e fazendo com que eu literalmente levante o meu rosto para encará-lo. O seu cheiro é irrefutavelmente bom, e só o fato de eu ter que admitir isso, faz-me odiá-lo ainda mais. - Eu não quero você perto de mim. - eu sussurro assim que ele baixa até a minha altura, pousando a sua mão que está segurando também o copo de whiskey, puxando-me delicadamente mais para ele. - Isso é meio difícil. - ele pontua, me provocando e eu odeio como o meu corpo aquece sentindo ele próximo ao meu ouvido. Porra. - Você é a minha esposa, se lembra? - ele questiona, com a voz baixa, e eu sinto arrepios indecentes tomarem a minha cintura. Argh, Ella... Eu pouso a minha mão no seu braço que adorna a minha cintura querendo que sair daqui, e com as minhas pernas enfraquecidas, e sem eu ter que forçar a mão dele para longe de mim, ele afasta-se, e tudo com muita calma, e cautela. A minha respiração está pesada, e no mesmo instante em que ele cativa o meu olhar no dele, levando o copo de whiskey até aos seus lábios, o meu rosto queima. Que grande merda. Eu noto o sorriso dele, de quem sabe que merda ele está a fazer e leva o olhar dele até a mãe e a Natalie, enquanto eu jogo o meu cabelo para o outro lado, sentindo calor. - Vocês cansaram a minha esposa. - ele comenta casualmente em tom de brincadeira. - É, hoje o dia foi intenso. - a Natalie confirma se sentando exausta. - Eu vou subir, preparem-se para o jantar. - a Kassandra diz e se vai. - Olha, a sua perna. - eu comento em tom irônico para a Chiben que me desdenhava com o olhar abre um sorriso fácil. - Agora estamos iguais. - ela fala e eu sorrio. Ela quer comprar briga com a pessoa errada. - Eu vou deixar isso, lá em cima. - eu falo, me referindo a bolsa, já saindo de lá. - Tudo bem. - eu ouço eles dizerem. - Eu vou com você. - eu ouço o Alexander falar atrás de mim e eu fecho os olhos inspirando fundo e acelerando os meus passos lá para cima. QUE p***a. Eu entro no quarto sentindo vontade de gritar, enquanto ele entra logo em seguida fechando a porta atrás dele. Eu o observo com a minha expressão irritada, e ele com a feição dele que mais me irrita. - O quê? O que foi? - eu questiono-o gesticulando com a minha mão de tão nervosa e irritada que estou com a presença dele. As veias na minha têmpora pulsam, e eu sinto um calor infernal. Com certeza deve ser um efeito colateral do veneno daquela cobra. - Eu achei que nós estivéssemos numa trégua, mia cara. - ele fala tranquilamente e eu arfo incrédula. - Ah... - esse som de indignação sai da minha boca, com o que ele fala, tão casualmente. - De que tréguas você está a falando, hein? - eu questiono-o indignada. - Você confessou que para além de bater no James, você quebrou as mãos do meu melhor amigo. - eu falo e ele suspira, e dá de ombros subtilmente. E eu tento ignorar a parte do seu peitoral ligeiramente aberta pelos botões iniciais da sua caminha de linho. - Existe um acordo entre você, eu, e eles. - ele diz enquanto eu jogo a bolsa na cama. - Devia estar agradecida por eu não ter entregue a você a cabeça dele, mia cara. - ele fala se aproximando de mim, e eu inspiro fundo, o encarando. - Sem contar que você matou um dos meus melhores amigos, Ella. - ele pontua como se isso fosse me fazer vê-lo como um ser misericordioso. Eu sorrio, e visivelmente isso o chateia. - É... - eu afirmo sorrindo, e olhando para a cara dele vendo o seu maxilar trancar. - Ele morreu como um covarde. - eu pontuo e sorrio vendo o esforço que ele está fazendo para se manter impassível com o que falei. Os seus olhos passeiam nos meus e eu sinto a minha respiração mais pesada quando ele se aproxima e tem a ousadia de tocar subtilmente no meu rosto passando o seu cabelo para trás da minha orelha. E ele sorri olhando nos meus olhos, quando os meus membros simplesmente enfraquecem e o meu rosto aquece. - Devia começar a aliar-se a única pessoa que pode ajudar você, Ella. - ele diz olhando nos meus olhos sugestivo. - Eu não sou aliada de mafiosos como você, Alexander, entenda isso de uma vez. - eu falo retirando a mão dele do meu rosto, sentindo a minha calcinha molhar. Que merda! - Você não tem outra escolha, Robin Hood. - ele diz e eu reviro os olhos. - E olha. - ele diz convencido. - Eu não sou tão mau, eu deixei o seu amiguinho vivo. - ele fala e isso queima a minha pele. - Você quebrou a merda das mãos dele sem razão alguma. - eu pontuo, tentando não deixar a raiva me controlar, mais. - Porque ele tocou em você. - ele diz e eu sorrio indignada, Jô assando as minhas mãos pelo meu rosto, querendo me atirar. - E onde você entra, em quem me toca ou não? - eu falo e ele passeia os seus olhos no teto de forma completamente sarcástica só para me provocar. Eu reviro os meus olhos, escutando o que ele falou no banheiro ecoar pela minha cabeça outra vez, e eu... sinceramente não preciso escutar tudo aquilo outra vez. “Porque você é minha, Ella.” “Se não lembra, você está usando o meu anel no seu dedo.” “Os seus gemidos são meus.” Que porra... “Você pertence a mim, por inteira agora, Ella...” PORRA. “E eu não divido o que é meu, com absolutamente ninguém.” ELLA! “O seu corpo discorda de você, Bourne… Você é minha e continuará sendo até que eu exploda com o seu corpo por inteiro, mia cara...” Eu inspiro fundo procurando ignorar do quão avidamente eu me recordo de cada palavra, e do que ele fez comigo enquanto falava. O meu corpo reage de forma completamente obscena, como se estivesse a sentir fisicamente o que não devia. Céus. - Até onde eu sei, você ficou com duas mulheres no quarto de hotel. - eu falo, me recordando daquele pesadelo, impedindo que os meus ouvidos escutem a voz dele outra vez, e ele dá-me um meio sorriso enquanto me observa com o seu olhar provocativo. - E depois, comigo ainda dentro do carro, você foi ter com a pessoa com quem você devia estar casado agora, ao invés de me atormentar. - eu falo e ele sorri. - Então está agindo desse jeito porque está com ciúmes? - ele questiona e eu sorrio. Como se acha!? Valha-me. - Eu só sinto uma coisa por você, e se chama ódio, Alexander. - eu falo olhando nos olhos dele e ele observa-me atentamente. - Depois da sua atuação mais cedo, eu achei que fosse ser mais convincente ao mentir. - ele diz, me observando e o meu coração falha, enquanto ele me encara como se estivesse me lendo sem dificuldade alguma. - Você me quer e nem o seu o corpo discorda disso não importa o quanto você tente. - ele fala, me observando de forma completamente lasciva, enquanto eu sinto o meu corpo aquecer. - E isso está matando você. - ele pontua, e eu sinto o meu corpo literalmente vulcanizar. Eu desvio o meu olhar do dele, sem conseguir manter mais contacto visual algum. - Eu quero que me deixe em paz, Riina. - eu falo simplesmente caminhando para o banheiro sem fazer questão alguma de olhar para ele, e tranco-me aqui. - Que merda, que grande merda, Ella… - eu falo comigo mesma, literalmente, com os meus hormônios enlouquecidos. A minha temperatura está literalmente alta, por causa desse filho da p**a. - … - eu jogo água no meu rosto, e pescoço, literalmente explodindo por dentro. Eu estou a ficar louca, só pode. As minhas bochechas queimam, o meu corpo está mais quente que outra coisa, o meu coração extremamente acelerado e a minha respiração pesada e eu me olho no espelho apenas para confirmar que aquele paspalhão… Eu me observo realmente me odiando. Eu inspiro fundo, e retiro as minhas bermudas. - Eu preciso trocar de calcinha… - eu balbucio comigo mesma, ardendo de tão quente e insano que isso é. Ele nem é tudo isso, Ella. Nem é. - É completamente o oposto. - eu falo comigo mesma, frustrada e me arrumando para descer novamente. Eu preciso me livrar da Ginevra de uma vez, uma morte aqui, e eu com certeza ficarei mais calma, tendo que lidar com todos eles de uma vez, está me fazendo perder a cabeça. O Salvatore perderá a mamma dele… eu vou fazê-lo sentir a mesma dor que ele me fez sentir antes de mandá-lo para o inferno. E isso será bem mais fácil se todos eles estiverem desestruturados. - Eu só preciso de água. - eu falo comigo mesma, saindo daqui.
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