Capítulo 74

2158 Words
ELLA. - Retornar a mansão não parece uma ideia viável, Alexander. - o Jake fala, mas aparentemente o Riina, está ligado no f**a-se. Eu olho para o seu retrovisor, e bem… tem alguns carros nos seguindo agora. Eu respiro fundo, chacoalhando minimamente a minha perna apenas para confirmar que as minhas coisas continuam aqui e não irei perdê-las. - O que eu disse para você, Jake? - eu ouço ele questionar e o seu tom é controlado, porém, notavelmente furioso. - Ela possui outro dispositivo, ela não usou o que rastreávamos. - o Jake diz. - Foi ela quem avisou o seu paradeiro para os Marconi. - ele fala e a minha mente apita, como se isso fosse insano de escutar agora. Como se eu já não soubesse do que ela é capaz. Os Marconi… nunca foi o meu ponto de investigação principal, deve ser por isso que eu nunca prestei atenção no i*****l que andou importunando o Kaio, a tempo. Será que aquele cafajeste ousou tentar atacar-me por isso lá dentro? Eu não devia ter deixado aquele i*****l vivo. E agora, essa família quer a cabeça do herdeiro de Bratva e de La Cosa Nostra, por ter ignorado a filha deles e se casado comigo. Eu não me importo fim ao cabo, porém, eu me questiono, como pode? Eu achei que ela… estava feliz sendo madrasta, já que nem filha ela fez questão de ter. Ser madrasta com certeza, devia ser perfeito para ela. Segundo, o filho dela, estava lá e ela se importa com ele e mesmo assim, depois dela reafirmar por cuidado para o Alexander antes de sair de casa, ela contactou a família que pretende criar uma guerra com eles, apenas para oferecer a cabeça do herdeiro daquela família? Quem é aquela mulher? - Onde está o Leonardo? - ele questiona. - Ele está a uns quatro quarteirões antes da estrada da mansão. - o Jake responde. - Mas mesmo assim, você devia… - o Alexander não parece interessado em escutá-lo e nem um pouco assustado. Ele desliga o CarPlay e mexe em alguma coisa no seu celular. Ele me está na máxima velocidade existente, e maneja o volante com maestria, humn… Impressionante. Ele dá a volta na curva no último, segundo, fazendo que todos atrás entrassem numa via, em que achavam que ele ia, numa velocidade que não os vai permitir manobrar tão já. Oh, ele é bonzinho mesmo. - Você está bem? - ele questiona, e eu sorrio. - É suposto essa questão ser irônica? - eu questiono-o tranquila por aqui e ele volta a olhar para frente, saindo dali. Com a velocidade que ele está a conduzir, chegar até a zona protegida deles, que é essa mansão enfadonha foi rápido. Uma autêntica cena de filme de máfia, porém não é ficção, é real e infelizmente os meus olhos são obrigados a olhar por esse lugar sem fazer merda nenhuma. Carros e carros entram, seguranças parados na entrada armados. E eu apenas saio do carro no mesmo momento em que ele trava e ele faz o mesmo, fazendo a mãe dele correr até ele que veio parar ao meu lado. - Naslednik Bratvy, moy syn… - ela fala em russo, abraçando o filho, e passando a mão pelo seu rosto repetidamente como se procurasse algum ferimento nele, preocupada. - Você está bem? - ela questiona meio ofegante com o seu semblante de preocupação levando os seus olhos azuis para os dele, que penetraram na alma da Clarisse lá na frente. A Ginevra está olhando pelo Leonardo e pelo Stefano, enquanto o Salvatore sai da mansão olhando para todos eles preocupados. Todos eles estão com robes, já de pijama. - Eu estou. - ele responde afastando a mãe dele, nervoso. - Eu avisei que nenhum de vocês deviam ter saído, e se acontecesse alguma coisa com vocês? - como a Clarisse é fingida… Como pode? O meu sangue ferve de tão inconformada que eu estou. - Querida? - eu ouço a voz da Kassandra que me observa, um tanto intrigada. Deve estar curiosa do porquê eu não estou chorando ou demonstrando medo. - Está tudo bem? - ela me questiona e eu assinto. - Venha. - o Alexander diz pegando na minha mão, me puxando para dentro da casa, e todos os outros vem a seguir. - Como assim venha? Depois do que aconteceu, você vai sair daqui diretamente para o seu quarto como se nada tivesse acontecido? - a voz da Clarisse soa gritante atrás, e como eu previ, o Alexander perdeu o controle. Impulsivamente, eu fiquei na frente dele, por algum motivo que eu desconheço impedindo que ele vá até a Clarisse. - Eu acho melhor você ficar calada, Clarisse. - a Kassandra diz nervosa para ela. - O meu filho podia estar morto por culpa do seu! - ela rebate e eu franzo o cenho, sorrindo incrédula. - CHEGA! - o Salvatore rosna, mas a sua voz arrepia, realmente. - Eu achei que haviam tomado todas as precauções necessárias antes de sair daqui. - ele finalmente fala após ter instalado silêncio por aqui. - Aparentemente não. - o Stefano fala de forma provocativa, e eu levanto o meu olhar para o Alexander que está fulo. Ira é o que eu consigo ver no seu olhar. - Isso não teve a ver com precaução. - a voz do Alexander sai controlada, baixa. - Não? - a questão irônica do Stefano soa, e eu viro o meu olhar para ele, irritada também. - Cala a boca! - eu falo simultaneamente com o Leonardo. - O que quer dizer? - o Salvatore o questiona interessado, a Ginevra observa o neto curiosa. - A informação de onde estávamos, foi fornecida por alguém aqui dentro. - ele fala e instantaneamente a face do Salvatore ficou branca, e a Kassandra olhou imediatamente para a Clarisse que ficou pálida, porém manteve-se composta. Aja paciência. - Seja direto, Duce! - a Ginevra o ordena, e o olhar azul do Alexander penetra o dele, como a coisa mais afiada alguma vez existente. - Usem a cabeça. - ele ordena, deixando todos calados, e ele simplesmente sai me puxando com ele para cima. - Você… - eu ouço a voz da Kassandra atrás, e um estrondo de alguém batendo contra a parede. - Me solta, c*****o! - oh, elas estão brigando. Eu achei que fosse paz e amor entre mães, aqui dentro. O Alexander não se virou por um instante sequer, e eu tento entender o que se passa na cabeça dele. Ele funciona de um jeito completamente confuso. Ele abre a porta do quarto e eu desfaço-me do seu aperto, entrando logo depois dele. - Eu não entendo você. - eu pontuo o encarando, enquanto ele caminha para o closet, repentinamente não aparentando estar tão nervoso. - Não era suposto você ter contado tudo direito, e fazer com que tirassem a Clarisse daqui? - eu questiono parando na porta do seu closet, assistindo ele guardar o seu relógio numa mesa, que só existem os mais variados tipos de relógios. Vaidoso. O closet dele é maior que o meu. E eu não estou vendo tudo contido nele. - Não é por essa maldita razão que eu estou aqui? - eu questiono-o e ele levanta o seu olhar azul por míseros segundos, antes começar a desabotoar as mangas da sua camisa. - Se fosse tão fácil assim, com certeza eu já teria sumido com você, não acha? - ele questiona todo rude e eu o olho de cima a baixo questionando-me quem ele pensa que é. - Você é um babaca. - eu falo irritada e ele me encara com um pequeno sorriso nos seus lábios, e me olha de cima a baixo. - Eu sou um babaca, mas você estava pingando de tão molhada sobre a minha mão. - ele fala olhando nos meus olhos e o meu corpo entra em combustão instantânea. - O que isso faz você? - ele questiona provocativa e o meu corada e querendo me matar. - Eu respondo para você. - ele diz se aproximando de mim, e os meus pés simplesmente não me obedecem. Céus! - Uma mentirosa. - ele diz, encostando-me subtilmente contra a estrutura da porta, e o que não devia cruza a minha mente. - Uma péssima, mentirosa. - ele acrescenta olhando nos meus olhos, colocando o meu cabelo detrás da minha orelha, e eu mordo a minha língua irritada comigo mesmo, sentindo o meu corpo sucumbir-se a ele. Valha-me. - Torna você minha. - ele fala e eu puxo os meus sensos, o empurrando e me afastando. Que merda! Que merda você está a fazer, Ella?! - Eu estava com t***o. - eu pontuo ardendo por dentro e ele sorri ainda mais. - Não tinha nada a ver com você. - eu falo e ele não parece convencido. - Claro que não, você só fica desse jeito quando está perto de mim, não Bourne? Pura coincidência. - ele se acha tanto e isso me irrita triplicamente. E o quão indiscreto ele é, o meu corpo reage contra a minha vontade. - Na verdade, eu só fico assim porque estou no meu período fértil, Riina. - céus, o que eu estou criando? - É mesmo? - ele questiona irônico e eu gostaria imenso de estar me afogando no meio do oceano agora. - É. - eu prossigo com a minha mentira. - Se você entende alguma coisa sobre isso. - eu invisto e ele me observa como se estivesse se divertindo. - Você não é o meu tipo. - eu falo. - E quem seria o seu tipo? - ele questiona como se soubesse a resposta óbvia. - Com certeza não você. - eu falo. - Você é completamente o oposto do que eu aprecio. - eu falo numa tentativa falha, porque ele é tão cheio dele mesmo, que não liga. - Um filho da mãe, que eu quero que fique distante de mim. - eu falo irritada. - Eu não quero que ouse tocar em mim, nunca mais. - eu pontuo séria e ele me observa. - Até quando pretende mentir para você mesma? - ele questiona e eu estou a ficar insalubre. - Eu não quero as mãos do filho do assassino do meu pai, em mim. - eu pontuo e agora ele parece notar que para mim, ele não é e jamais será uma opção. - Eu não estou aqui para agradar você, divertir o seu ego, eu não sou nenhuma das suas… amigas. - eu falo indignada e ele me observa. - Você fala como se eu quisesse você. - ele diz num tom irônico, e por algum motivo eu fiquei incomodada. - Você já ouviu falar em diversão, Bourne? - ah—ah!? - Não, você não sabe. - ele responde e isso me irrita. - Vai se f***r, Riina. - eu falo saturada dele. Um achometro, ele acha que o mundo gira em torno dele. Que i****a! E você é uma i****a, Ella. Eu nem espero ele responder e saio diretamente para o closet. Eu preciso começar com isso o quanto antes e me ver livre de todos eles. - i****a, mimado… - eu falo retirando a seringa, o isqueiro e o bilhete da Laisa. Não é seguro lê-lo agora, e com certeza, não é nada demais. Eu guardo no lugar onde guardei a AirTag, e retiro as botas, um pijama, e vou para o banheiro e corro até lá antes do Alexander entrar, visto que ele pretendia. - Você é tão infantil. - ele diz quando eu fecho a porta atrás de mim. - Você é tão infantil. - eu mímico, irritada. - E você é um canalha. - eu falo, me afastando da porta e inspiro fundo. Eu quero sair logo dessa merda. Retiro a minha roupa, que tem alguns respingos do sangue daqueles idiotas e entro no box onde prossigo com o meu banho. Com a minha cabeça e o meu corpo debatendo perigosamente entre os dois, tudo isso está me deixando confusa, louca, num estado insalubre. O que está a acontecer? Eu acabei passando mais tempo do que previa debaixo do chuveiro, e saí para secar o meu cabelo, fazer a minha higiene oral, passar loção corporal e me vestir. Mas também, sem pressa nenhuma. Ele que espere ou que vá tomar banho em algum outro lugar, onde ele fode a cunhada, por exemplo. - Bando de loucos. - eu comento saindo do banheiro, e não o encontro aqui. Humn… Provavelmente, foi tomar banho num outro lugar. Eu vou pegar lençóis e atiro uma almofada lá para o sofá. As minhas costas estão doendo ainda, para eu dormir nesse sofá, e eu precisarei delas para amanhã. O que aconteceu é mais do que perfeito, com certeza o único que irá desconfiar de mim, pela morte da sua nonna, será o Alexander, mas que provas ele terá? Nenhuma.
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