Capítulo 37

1693 Words
ELLA. Inveja. Eu não tenho, ódio, isso, sim, com certeza eu tenho. Sentados à mesa, nenhum deles consegue se digerir. Eu sou ótima a analisar as coisas, mas isso não me deu trabalho nenhum, não daria nem a um cego. A tensão é óbvia, é mais do que clara. Aparentemente a Kassandra e a Clarisse se suportam, mas se pudessem com certeza matariam uma a outra. As suas trocas de olhares oscilam de neutras a cheios de sentimentos turbulentos. O Salvatore, obviamente não está recuperado totalmente, seria sorte demais que para além de não ter morrido, estivesse cem por cento recuperado. Provavelmente seja por isso que ele não se impôs como eu achei e vi que ele pretendia e sim a Ginevra, a mãe dele. Aparentemente, pelo que percebi, a respiração dele fica comprometida quando fala demais, as suas mãos estavam ligeiramente trêmulas, e ele está pálido. Foi apenas isso que me satisfez ao olhar na cara daquele monstro. Aparentemente, a Chiben já dormiu com o irmão do esposo... Isso não me admira. Onde numa casa uma amante traidora que nem a Clarisse se deita, nenhum deles tem consciência de moral, ali dentro. Não é algo que se espera de mafiosos, moral, principalmente algo que se espera de alguém como o filho da mãe do Alexander. Ele tem uma fama que fala por ele mesmo. Ele é um grande filho da p**a, criado por um monte de gente como ele... Dizem que filho de peixe, peixinho é, e aparentemente um aprendiz sempre tende a superar o mestre. Ele se acha o centro do mundo tal como o pai. O mesmo serve para os irmãos. Obviamente, ele tem uma preferência, isso explica o porquê ele quer que eu esteja aqui. Ele não suporta o Stefano e visivelmente, não suporta a Clarisse. Já com o Leonardo... é diferente. Aquele Stefano, o filho da Clarisse, possui uma rivalidade com o Alexander, uma que ele sabe que não pode ganhar e mesmo assim insiste. Ele devia ter escutado o amiguinho dele, foi uma péssima ideia por parte dele colocar-me ali dentro, eu vou arrear um por um, deixarei os dois, pai e filho por último, para assistir um por um, sumir. Ou começarei por eles, dependerá do que estiver disposto a mim, já que ele faz questão de me recordar que eu estou dependente e vulnerável a ele. Provavelmente na minha primeira oportunidade, eu acabo com ele. Com os meus tranquilos pensamentos para distraírem-me da presença dele nesse maldito carro, ele trava, e eu desperto dos meus pensamentos, olhando pela janela eu vejo que ele parou mesmo num restaurante. Sem se dirigir a mim ele sai do carro, e a minha porta é aberta, não pelo funcionário do restaurante e sim pelo Jake. Ele o segue para todo o canto mesmo, hein... Que chatice. - Você é igual uma pulga, sempre seguindo o seu cachorro. - eu falo já irritada de ter que olhar para a cara dele o tempo todo, saindo do carro e ele fecha a porta ainda parado na minha frente. - Não devia acrescentar as consequências do que farei com você, depois disso que fez com o meu nariz. - ele fala e eu sorrio olhando para ele. - Para um homem da sua idade você é bem dramático, hein. - eu falo e ele solta fumo pelas narinas olhando para o lado e eu o ignoro entrando com o Alexander no restaurante. Eu faço questão de caminhar atrás dele, porque eu não faço questão nenhuma de ter a mão dele em mim outra vez. Ele trocou poucas palavras com o recepcionista, o que eu não fiz questão de me envolver, pois, continuo presa na minha cabeça, apenas o segui a mesa, e sentei-me e ao invés de olhar para esse i****a, eu olho o cardápio, porque eu não como coisa nenhuma fazem dois dias. Podia fazer isso numa companhia melhor, mas é melhor do que estar sentada naquela mesa. - Eles não têm no cardápio, cerveja e nem fast-food, Ella. - ele diz no intuito de me provocar, mas eu nem faço questão de olhar no rosto dele, apenas sorrio. - Veja só, até a geleira e a lata de lixo da minha casa vocês remexeram, o vosso medo é o meu combustível. - eu digo-lhe e ele sorri. - Eu não acho que ninguém remexeria em lixo por medo, Ella. - ele fala e eu o ignoro. - Se quiser eu peço por você. - ele fala, me atiçando e eu me controlo, porque o objetivo dele é me irritar e eu não vou o dar o prazer de o dar a reação que ele quer. - Enquanto o seu pai cometia crimes o meu já me levava a restaurantes, Riina. - eu falo, afinal as mesas estão bem distanciadas uma das outras. - A única coisa que eu quero de você é que não passe a sua mão em mim, outra vez, principalmente com a mesma ousadia que teve na sua casa. - eu falo e ele sorri, fazendo-me levantar o meu olhar para ele. Mas ele é um i****a mesmo. - Você queria que ela estivesse dentro de você. - ah! Inevitavelmente, o meu corpo inteiro aqueceu, eu senti a minha pele queimar abruptamente. - Reformulando, que eu estivesse dentro de você. - os seus olhos azuis observam-me com divertimento nos olhos. E eu procuro ignorar as reações do meu corpo. - Além de i****a é iludido, meu filho, eu sinto nojo de olhar para a sua cara, imaginar que eu quero você próximo agora, é ilusão demais. - eu falo e ele observa-me atentamente e então sorri, eu estou detestando isso. - Eu não sou que nem as suas amigas. - eu falo, me referindo as moças do quarto de hotel e ele abre ainda mais o sorriso dela. - Humn, você nos viu? - ele questiona sarcástico. - Eu posso fazer o mesmo que fiz com elas com você, é só pedir, Bourne. - ele é a merda de um i****a e eu finjo propositadamente segurar um refluxo, sumindo imediatamente com o sorriso do rosto dele. Chegou a hora dele ser colocado no lugar dele. - Oh... - eu falo olhando para ele, fazendo uma careta de m*l-estar. - Ewww, você é demasiado nojento. - eu falo. - Devia calar a boca. - eu falo e ele observa-me intrigado, mas sorri logo em seguida. - Você finge pessimamente. - ele diz e eu ignoro-o agradecendo por ver o garçon vir até a mesa. Que i****a! Eu fiz o meu pedido, desde a entrada até a sobremesa, e basicamente limitei-me em ignorar o ser humano repugnante e bipolar na minha frente. Eu estava comendo aqui, me deliciando com a sobremesa agora, tranquila, pois, a minha barriga já está feliz e o brutamontes na minha frente decidiu retornar a sua personalidade de origem e me deixar em paz, quando transpassando a música ambiente e o mínimo barulho existente aqui dentro, saltos altos soam fortemente pelo chão e vão aumentando na nossa direção. Curiosa eu levanto o meu olhar, e ao contrário de quando vi o rosto do desgraçado que feriu o James e meteu o Kaio em problemas, eu reconheço ela, a filha dos Marconi. Giovana Marconi. Irmã do Gerard Marconi e confirmada pela Chiben a suposta ex-noiva, do Alexander Riina. Eu não tive outra reação senão sorrir. A face dela é de fúria caminhando até nós e sendo seguida por uma moça que eu reparei numa das primeiras mesas, quando cá entramos. Obviamente é amiga dela e fez o favor não tão favorável para ela. O Alexander se levanta e eu faço questão de permanecer sentada. Eu tenho problemas suficientes, esse é do Alexander. A minha mente manteve-se reclusa e eu continuei a comer. Os gritos dela foram de dor civilizada, então não foi um barraco, até porque na primeira palavra o seu tom diminuiu completamente quando chegou perto do Alexander. É incrível. Ela sabe quem ele é a família dele são, e mesmo assim está desse jeito. Uma coisa seria essas mulheres que desde que viram o Alexander entrar, não se incomodaram nenhum minuto de prestar atenção noutra coisa, elas não sabem da verdade que eu sei, mas, valha-me. Eu não me incomodei um minuto sequer e provavelmente depois do pequeno choque de realidade, concedido pelo monstro que ela estava a chorar, eu senti apenas o olhar dela queimar-me e ela sai daqui. Ele sentou-se com a expressão neutra, e eu sorrio, comendo e ele me observa. - Ela não é feia, me conte, você decidiu me deixar viver apenas para não se casar com ela, Riina? - eu não consegui me manter calada e eu observo a sua mandíbula definida em traços perfeitos e subtis, cerrar. - Se pretende permanecer viva, mia cara, termine de comer em silêncio. - ele diz e eu sorrio olhando para o lado. Humn, ele está irritado pela decisão que ele tomou por ele mesmo, olhem só. Eu tomei o meu tempo, ele não ia me puxar daqui, afinal, ele tem uma reputação falsa por zelar e depois da pequena surpresa, ele com certeza, não quer levantar mais burburinho. Eu terminei de comer, e como magicamente a conta estava paga, eu somente o segui para fora do restaurante, ignorando os olhares de curiosidade ou fulminantes das mulheres por aqui e entramos no carro e o moço simplesmente deixou o pé no acelerador. Eu não estou a entender merda nenhuma. Por que essa velocidade? - Você tem noção que essa decisão foi sua, não tem? - eu questiono no intuito de entender qual o plano dele é realmente. - Eu mandei você calar a boca. - ele fala e eu reviro os olhos. - Ou o quê? - a minha resposta veio rapidamente, ele travou bruscamente e propositadamente, fazendo-me ir para frente de maneira agressiva, e sem uma pausa, ele volta a acelerar. Eu ia com a minha cara para o painel! - Cale a merda da sua boca. - ele diz e com o meu coração disparado, eu inspiro fundo. Tudo bem. Tudo bem, o que é seu está guardado, Riina.
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