ELLA.
Nós chegamos a uma casa, eu suponho que seja dos Marconi, quando eu estudava as investigações do meu pai, eu devo ter visto.
Mas não paramos, e sim, eles literalmente escoltaram o carro, em que a Giovana estava, sem que os seguranças deles percebessem, e ela os seguiu.
Até porque se aconteceu da forma que a Chiben disse, ele seria morto aqui e agora.
Nos distanciamos bastante, e ele literalmente saiu, e me trancou dentro do carro, e foi para dentro de um negócio com a Giovana Marconi.
- i****a. - eu falo ainda com os meus nervos a flor da pele, quando uma luz acende na minha cabeça.
Ele retirou a chave.
- Merda... - eu balbucio.
Todo o sistema do carro está desligado.
Eu decido mexer as coisas aqui, talvez ele tenha uma arma aqui...
Nada!
- ... - eu suspiro de susto quando ouço abrirem a porta e é o Jake.
- Sabe que o carro não funciona sem chaves, e por mais que o fizesse, você não poderia fugir e não tem para onde fugir, não é, sua desgraçada. - ele questiona, me provocando.
Eu já estou fula que baste.
- Quer uma cirurgia plástica? - eu o questiono retoricamente. - É só pedir. - eu digo-lhe e ele sorri.
- Você realmente acha que pode alguma coisa... - eu não permiti que ele terminasse a sua frase.
O meu pé foi diretamente para a sua garganta num chute, ainda sentada, cortando a respiração dele, que literalmente cai no chão atordoado.
E eu preciso liberar a minha raiva, se eu matar ele, o que o Alexander vai fazer?
Eu não tenho medo dele.
Num pé, eu já estava para fora do carro, e quando usei o pé direito para o chutar bem no meio da cara, ele o pegou.
Mas assim, não serviu de muita coisa, afinal eu tenho outro pé, e fui ensinada a manejar eles desde sempre.
O meu pé esquerdo bate a sua mandíbula que literalmente vejo entortar, pela força que eu apliquei.
A sua mão que tentava e tornar o meu pé direito, liberou, de tão desnorteado que ele está, e levo as malditas unhas que eles me fizeram, para o rosto dele, vendo o seu rosto já ensanguentado, e ele desnorteado, eu tenho vontade de fazer mais, e após arranhar o rosto dele, mãos apartam-me dele com força antes de eu enfiar as minhas unhas dentro dos olhos dele.
- Filha da puta... - ele diz se levantando com ajuda, desnorteado.
- Diga para me soltarem e eu mostro para você o que é ser filha da p**a. - eu falo avançando para ele, mas acho que eles aprenderam desde a vez do estacionamento os três imobilizaram-me da cabeça aos pés.
Com toda a certeza se ele pudesse levantar a mão para mim, ele o faria agora, seria covarde, mas ele podia o fazer.
Eu literalmente arranquei a pele do rosto dele, da sua testa até a sua bochecha parece que um tigre deixou a sua marca no rosto dele.
O seu nariz está a sangrar outra vez e a sua boca também.
A cara dele está um espetáculo.
Devia e podia ter feito mais, mas eles não deixam.
- Metam-na no carro, depois dela lavar as mãos, o senhor Riina, detesta sangue dentro do carro. - eu reviro os olhos.
Ele fala desnorteado, fechando um olho, pois sangue está a pingar, e eles encostam-me mais sobre o carro e eu sorrio.
Todos vocês, só para eu não rebentar a cara de um?
As minhas mãos estavam imobilizadas do cotovelo para cima, para lavar as mãos.
Me tratam como se eu fosse um monstro, e o toque deles está-me a irritar.
Eu limpo bem as unhas, lavo bem as minhas mãozinhas, e passo álcool também, afinal, pelo que entendi, o Alexander consegue ser picuinhas, mas eu também não faço a mínima questão de ter vestígios daquele pulguento desgraçado em mim.
Eles me empurram de volta para dentro do carro e dessa vez fazem questão de permanecer dois em cada porta.
Como se eu tivesse a simples opção de sair daqui sem pensar que a cabeça dos meus amigos pode explodir se eu o fizer.
Se eu estivesse sozinha, e não os tivesse arrastado para tudo isso, se eles não estivessem na mira desse filho da p**a, a história seria completamente diferente.
Eu estou com tanta raiva!
Mas tanta!
Ele mandou trancarem-me aqui, enquanto ele vai ficar lá dentro fazendo sei lá o quê com a ex-noiva dele.
Eu não o entendo, não faço questão, apenas me importo, para saber como eu devo proceder.
Com o que aconteceu, ele deve ter confirmado a suspeita que ele tinha de que ou a Clarisse me conhecia, ou o Stefano me conhecia.
Se ela não me reconhece, obviamente é porque não fala de mim, ou nem sequer faz questão de se recordar que pariu alguém, além do filho dela, que com certeza nem sequer deve saber da minha existência.
O que eu faço pai?
- Argh... - eu arfo sentindo as veias na minha têmpora pulsarem, e apenas raiva!
Eu não faço ideia de quanto tempo ele ficou lá dentro com ela, o que sei, é que está óbvio o que fizeram.
Os olhos dela estão cintilando, ela está descabelada, e eu sinceramente nem passeei mais os meus olhos sobre ela por raiva!
Eu não me importo com o que eles fizeram, eu estou com raiva por ele simplesmente, ter-me trancado aqui por horas, enquanto ele persuadia essa garota tola, de maneira...
Filho da mãe!
Ele está querendo o quê?
Ele pensa que eu sou, o quê?
Mulheres no quarto de hotel, comigo lá, sem vergonha nenhuma.
Agora deixou-me aqui, enquanto ele deixou a garota visivelmente com as pernas bambas e com o humor completamente alterado, quando eu estou aqui, na merda do carro dele.
Eu não estaria tão nervosa, se isso, não me fosse fazer passar de uma grande i****a.
Ele entra, e eu fecho os meus olhos fula.
Mas eu o farei pagar por tudo isso na primeira oportunidade que eu tiver, oh, se ele vai.
Ele também não fez questão nenhuma de falar comigo, depois de um tempo estava a falar ao celular, e eu aqui.
Impotente.
Chegamos depois de algum tempo a mansão da família dele.
Onde já se viu tantos criminosos juntos num lugar só.
Incrível.
O lugar é literalmente imenso.
Jardim, fontes de água, a arquitetura da casa é renascentista clássica, nada condizente com eles, mas eles moram aqui, não.
Ele para o carro na entrada e eu abro a porta saindo imediatamente e a sombra do Alexander sai do carro atrás, atraindo a atenção do mesmo que arregala os olhos pasmo.
- Que merda é essa? - o Alexander questiona olhando para o rosto ainda ensanguentado do Jake, que está com um paninho cheio de sangue na mão.
- Você ainda pergunta. - o Jake questiona-me encarando todo irritado, e eu não ligo.
O olhar do Alexander vai diretamente para as minhas mãos e depois pega na minha mão.
- Vá cuidar disso. - ele diz e o Jake sai, enquanto eu me desfaço do aperto dele, e não demorou um segundo, até ele tomar o meu braço de maneira mais agressiva, literalmente o esmagando e puxando-me até a porta.
O mordomo deles estava aqui nos recebendo, e ele simplesmente passa por ele, ignorando a presença dele.
Puxa-me escada à cima, e eu literalmente estou sentindo dor de tão forte que ele está me apertando.
Como o bruto que ele é, ele abre a porta, e fecha logo em seguida sem soltar o meu braço.
- Quem você acha que é? - ele questiona, me atirando para a parede e o baque entre as minhas costas e a minha nuca foi tão forte que eu fiquei atordoada, até eu sentir a mão dele no meu pescoço e o corpo dele demasiado próximo do meu.
- ... - eu seguro o gemido, quando eu tento levar o meu joelho até ele, mas ele foi bem mais rápido, imobilizando as minhas duas pernas, e com o polegar da mão no meu pescoço, ele levanta o meu queixo, obrigando-me a olhar para ele.
- Mulher gato? Justiceira? Super-heroína? - ele questiona sarcástico. - Que cazzos você pensa que é, Ella? - ele questiona-me pressionando cada vez mais a sua força em mim.
Com a minha mão livre eu levanto no intuito de dar uma bela chapada no seu rosto, quando ele literalmente me solta, e a mão dele espalma o meu rosto com tanta força que eu fui ao chão.
A força que ele usou, literalmente fez o meu cérebro girar.
Mas eu me recuso a ficar no chão e esforço-me para levantar, ninguém me bate com essa força e audácia faz muito tempo.
- Quem você pensa que é para achar que pode bater em quem quer, quando quer, e por que motivo? - ele questiona furioso, enquanto eu jogo o meu cabelo para o lado, ignorando a tortura enquanto me mantenho em pé.
Oh, mas você vai se arrepender disso, Riina.
- Me diga o que eu devo fazer com você? - ele questiona, me enfurecendo ainda mais e a minha única reação é sorrir, e isso o desconcerta.
- Covarde... - eu falo sorrindo. - Se quiser eu me amarro, e dou a você a oportunidade de fazer o que quer então, só assim você consegue fazer o que quer. - eu falo lançando a merda do anel para algum canto por aqui, pois, está me dando agonia.
- Tal como o seu pai, você é um grande filho da p**a, covarde. - eu falo e eu vejo o seu maxilar cerrar, enquanto o meu corpo aquece, o meu rosto mais, por causa do tapa dele.
- Não tem nada que você possa fazer comigo, que me assuste, porque eu não tenho medo de você, Riina. - eu deixo claro, olhando para os olhos azuis dele. - Então pense e depois me avise. - eu falo-lhe me virando.
- Eu não mandei você sair. - ele fala e eu sorrio com o meu coração disparado.
- E o que faz você pensar que eu vou obedecer, você. - eu questiono-o afinando o meu olhar na direção dele e agora ele sorri e no mesmo instante, ele me pega em mim novamente a força.
- Primeiro, porque você não quer me ver zangado. - ele diz e eu não vou mentir, talvez o seu tom de voz tenha-me intimidado minimamente. - Segundo, porque você não quer abusar da minha paciência, Ella. - ele diz e eu o observo.
- Fique zangado e perca a paciência, você vai se arrepender de ter-me encostado. - eu falo. - Você vai se arrepender de me taxar de parva e me prender na porcaria daquele seu carro, para f***r a sua ex-noiva, Alexander. - eu deixo avisado e ele abre o seu sorriso ainda mais.
- Está com ciúmes, Robin Hood? - ele questiona, penetrando o seu olhar no meu e o meu corpo entra em colapso.
Que merda.
- Se é apenas isso que precisa para ficar quieta, eu faço o mesmo com você, sem problema nenhum... - ele diz e eu cuspo na direção dele, o que o enfureceu, mas ele não fez nada para além de me soltar, e passar a mão pelo seu rosto, com os seus olhos nos meus ainda, mas furioso.
E eu não ligo.
- Saia da minha frente. - ele literalmente ruge, e o meu corpo treme, mas eu faço questão de me manter impassível.
E saio lentamente até a casa de banho e tranco a porta logo em seguida.
Nervosa, confusa com que p***a de reação foi essa, com raiva, porque ele ousou estender a mão dele para mim.
Eu juro que eu vou o matar!
- Vagabundo. - eu falo olhando para o meu rosto no espelho.
Incrédula, que eu vou ter que deixar isso passar por mais algumas horas, quando eu podia simplesmente exonerar a existência dele.
- ... - eu gemo de dor, ainda atordoada, com a batida que ele me deu, tonta.
Eu vou matar esse, canalha.