Alexander "Il Duce" Riina.
Talvez, o Jake não estivesse tão errado.
Ela é uma psicopata.
Quem em condições normais iria sorrir com a minha mão pendente no seu pescoço e ainda manteria o contacto visual?
O pior é que é atraente para cazzo.
Una bella psicopatica.
E questo è molto sexy, infatti.
- Você viu? - o Jake que está aqui sentado, com gelo no seu rosto que com certeza ficará marcado depois do estrago que a Ella ficou.
E eu não me contenho, eu sorrio.
- Ela é doente, psicopata! - ele exclama e eu riu, não aguentando mais, observar o seu sofrimento e escutar a sua reclamação. - Ria, e depois me mostre o seu rosto daqui a pouco. - ele fala e eu sorrio com o rosto dela aparecendo na minha cabeça.
- Você devia tê-la impedido de fazer isso com a sua cara, ela literalmente deixou a marca dela em você. - eu falo e ele pousa o saco de gelo do seu lado e olha-me.
- Como? - ele questiona e eu não aprecio muito essa questão.
- Como, Jake? - eu questiono-lhe retoricamente e ele suspira fundo.
- Alexander, eu abri a porta, pois a vi mexer algo no carro. - ele explica. - E eu a avisei sobre o que eu faria com ela depois do que ela fez naquele maldito elevador. - ele diz e eu sorrio.
- Foi um belo soco. - eu afirmo e ele revira os olhos.
- Aquela garota, literalmente levou o pé dela, ainda sentada, até a merda da minha garganta. - ele fala visivelmente em choque. - O que queria que eu fizesse, se você ordenou que ninguém a tocasse? - ele questiona.
- Provavelmente, não se deixar ser tocado. - eu o respondo, e ele inspira fundo.
- Bem, eu não aprecio o pouco entusiasmo ao falar desse assunto. - ele diz e eu observo-o, ela deformou o rosto dele.
Parece que um caminhão passou por cima dele.
- Você permitiu que ela fizesse isso com você, Jake. - eu lhe digo. - Você não devia estar surpreso, sabendo com quem você fica a brincar de provocar. - eu digo-lhe e ele inspira fundo frustrado.
- Ah, eu quero só ver você dormindo no mesmo quarto que aquela moça, eu aconselho você a dormir com os dois olhos abertos. - ele diz e eu sorrio.
- Ela não fará nada. - eu lhe digo, me levantando. - Não se preocupe. - eu falo batendo no seu ombro para o confortar.
Já anoiteceu e eu espaireci o suficiente para não me tornar viúvo em menos de um dia, ou rebentar com a cabeça daquele bastardo e da mãe dele.
- Se eu fosse você, meu amigo, eu não estaria tão certo disso. - ele diz se levantando. - A não ser que a dome antes que seja tarde, eu avisei que ela não é confiável. - ele fala e não é como se eu não tivesse consciência do que fiz.
- Ela é que nem uma cobra que está à espera de dar o bote. - as analogias do Jake estão a ficar cada vez mais criativas.
- Eu tenho cobras de estimação. - eu relembro-o e ele coloca o gelo de volta no rosto sorrindo.
- Num Universo paralelo, vocês dois fariam total sentido. - ele comenta e eu resolvo deixá-lo e volto a entrar na casa.
A surra que ele levou, o deixou desnorteado.
- Meu filho. - a Kassandra diz vindo até mim, sorrindo. - Eu estou com saudades suas. - ela diz e eu tomo-a no meu braço a levando comigo até as escadas que é para onde ela caminhava.
- Eu estou aqui há dias suficientes, para não estar com saudades. - eu falo desenvencilhando-me dela, que me observa.
- Querido, eu sei que não queria estar aqui, mas devia tomar mais cuidado com o estado de saúde do seu pai, e a sua avó está aqui, a Ella está a ser introduzida a família, não devia ter saído daquele jeito. - ela fala e eu observo-a. - O seu pai desceu para o almoço só para a deixar confortável. - ela diz e eu a encaro.
- Tudo bem. - ela fala conformada com a resposta que eu não precisei verbalizar. - A Ella não desceu. - ela comenta.
- Ela precisava descansar. - eu falo e por alguma razão o rosto da minha mãe ruboriza enquanto ela assente.
- Bem, acompanhe-me até ao quarto do seu pai, ele pediu para que eu chamasse você quando chegou, mas eu preferi deixar você se acalmar antes. - ela diz indo até a porta do quarto deles e que escolha eu tenho.
- Onde está a nonna? - eu questiono-a abrindo a porta do quarto.
- Ela está na cozinha, as refeições serão geridas por ela daqui para frente. - ela diz, e eu consigo sentir um pouco de chateação na sua voz, porém, eu prefiro assim.
Eu entro e o encontro aqui sentando, vendo algo no laptop, e com a máscara de oxigênio no rosto.
A minha mãe entra, e fecha a porta atrás de si, enquanto o Salvatore retira a máscara sem retirar os seus olhos de mim.
- O que quer? - eu o questiono e ele inspira fundo, e aponta para a poltrona.
- Sente-se. - ele diz e eu o encaro, e por mais que eu tente, por mais distante que eu fique dele, eu entro em conflito sempre que olho para ele.
Eu não consigo esquecer-me das merdas que ele fez, elas perturbam a minha cabeça.
- Eu ordenei que se sentasse. - ele levanta a voz eu sinto fúria correr pelo meu corpo, e aperto o meu punho, e faço como ele mandou.
- Eu sou o seu pai. - ele fala, e eu sorrio.
- Eu estou aqui por isso. - eu o respondo e vejo a feição do seu rosto alterar.
- Alexander. - a minha mãe murmura, mas cala-se depois do sinal que ele fez mandando-a calar.
- Inclusive, a única razão pela qual está aqui. - eu acrescento o observando atentamente. - Espero que não fale daquela... - ele me corta imediatamente, atirando o copo que estava na sua mesa de cabeceira até aos meus pés.
Estilhaços de vidro e água espalham-se no chão, e eu só consigo ver o sangue da minha mão pingar nos estilhaços de vidro.
Eu fecho os olhos e respiro fundo, procurando não perder controle da minha mente, agora.
- EU NÃO PERMITO QUE A INSULTE. - ele abusa dos pulmões dela para defendê-la e eu só consigo sorrir.
- E eu não permito que me desrespeite, Alexander. - ele pontua e para o meu controle, eu mantenho os meus olhos no chão.
- Ela é a sua madrasta, o Stefano é o seu irmão, e eu não permito que desrespeite as regras, apenas porque pela minha vontade teve o prazer de expressar as suas opiniões e fazer o cazzo al quattro, Duce. - ele diz e a minha cabeça dói, os meus ouvidos apitam tanto que eu não consigo o escutar sem pensar no que é perigoso para ele, e consequentemente para mim.
- Descerá para o jantar, e até que me seja informada com antecedência que deseja ter uma refeição a sós com a sua esposa, a passará todos os dias aqui. - ele fala e eu me levanto, caso contrário... - E nos apresentará direito a sua esposa. - ele diz, e eu sorrio.
- Coloque a máscara. - eu falo e seguro-me para não dizer a outra parte da frase, caminhando até a porta.
- Alexander. - a Kassandra diz vindo até mim.
- Saia da minha frente. - certas coisas jamais mudarão.
Todos eles têm o poder de me fartar com o mínimo esforço.
- Alexander? - eu vejo o Leonardo assim que saio, e respiro frustrado. - Humn, mau humor? - as perguntas retóricas dele enraivecem-me.
- Saia da minha frente, Leonardo. - eu falo subindo as escadas.
- Eu só queria contar que eu recebi o cartão verde, e como o meu casamento já está preparado faz tempo, eu me casarei em uma semana. - eu escuto ele falar enquanto eu subia e respiro fundo, num misto de felicidade pelo meu irmão, culpa, e sem paciência, pois ele podia contar isso outra hora qualquer.
- Eu fico feliz. - eu respondo-o voltando o meu olhar para ele que sorri animado.
- Conversamos depois do jantar? - ele questiona.
- Va bene. - eu respondo-lhe e subo ao meu quarto e cá está ela...
A Ella.
Com um vestido preto, ela sai da casa de banho. Os seus cabelos de uma cor que altera com a luz, meio castanho-claro, meio ruivo, estão modelados de forma que acentuam a beleza surreal da sua face.
Tal como os seus olhos, que não parecem decidir se são azuis, cinzas ou verdes, ela me observa com o mesmo ódio que sinto por ela.
Filha da Zanan e do Bourne, vestida de preto, e o batom vermelho, é tão atraente quanto o canto de uma sereia e tão diabólica como a mãe.
A complexidade dela me irrita, tal como a personalidade dela, que é pecadora e atraente simultaneamente.
Ela dá um passo para frente e a visão da sua pele nua disposta pela f***a do seu vestido, provocou uma onda de calor na minha virilha.
Cazzo.
Devorá-la e destruí-la logo em seguida, é o que me apetece fazer com ela, eu sinto a sua pele chamar por mim daqui, seria estranho senão o fizesse.
A complexidade que ela cria na minha cabeça me excita, eu quero matá-la e simultaneamente quero tomá-la.
Quem diria que uma mera assassina pudesse me intrigar tanto.
Mas eu estou me divertindo com isso, ao menos, ficar aqui, não será tão aborrecido.
Ela é tipo uma presa que eu quero caçar e dominar, eu quero possuí-la de todas as formas possíveis, mesmo que isso signifique destruí-la no final.
- Conhece as regras, isso é bom. - eu comento, afinal ela está pronta para o jantar e não foi informada do horário dele.
Como esperado ela sorri, me observando, o seu sorriso é sarcástico e com a mesma intensidade que detesto, me atrai.
Ela simplesmente caminha até a sacada, como se quisesse a minha mão no seu pescoço, mas dessa vez, comigo dentro dela, e a p***a desse vestido fora do seu corpo.
Ella Shell Bourne...