Prometida ao Traficante 3

Capitulo 3

Antonieta narrando

Eu não posso reclamar da minha vida, os meus pais são maravilhosos e me dão tudo o que preciso, mas não é como ter uma vida normal, a gente tenta, mas é sempre tudo muito restrito.

Quando morávamos fora era bem mais fácil, a gente conseguia levar uma vida mais tranquila e mais normal, apesar do meu pai sempre tentar me proteger de tudo.

Depois que resolvemos voltar ao Brasil as coisas ficaram complicadas, aqui a gente não tem a mesma liberdade e o meu pai sempre repetia a mesma coisa.

- Hell - aqui vocês são alvos, não fiquem andando por ai caso não seja necessário -

Ele falava isso sempre, todos os dias e mesmo depois de viajar contínua mandando mensagem me lembrando de que eu nunca vou ter uma vida normal, como se já não fosse o suficiente o Castiel me controlando aqui.

Castiel é uma enorme pedra no meu sapato, as vezes eu tenho vontade de matar ele, ou sumir no mundo e nunca mais olhar na cara dele.

Ele é possessivo, controlador e extremamente ciúmento, eu nunca namorei porque além do meu irmão maluco ainda tinha o meu pai e quando ele viajou com a minha mãe eu pensei que as coisas iriam melhorar, mas o Castiel piorou muito.

Castiel - já estava andando por ai Antonieta - ele fala ao me ver passar pela porta

Antonieta - não é da sua conta - ele levanta e vem na minha direção

Castiel - você está muito enganada se pensa isso, você é minha responsabilidade - dei risada

Antonieta - não seja ridículo, porque você não vai ter uma vida e me deixa viver a minha - gritei brava

Castiel - qual é a sua vida ? Ficar por aí de gracinha com esses moleques - revirei os olhos

Antonieta - em vez de se preocupar com quem eu fico, você deveria arrumar uma namorada

Lavínia - gente, o que está acontecendo aqui ? - ela pergunta descendo a escada

Castiel - a Toni foi encher o saco do nosso irmão para ir nesse baile - ele cruzou os braços

Antonieta - e advinha, ele deixou - falei debochada

Lavínia - então está tudo resolvido, vocês dois podem parar de brigar agora - encarei o meu irmão que me olhava sério e subi para o meu quarto

Já estou de saco cheio deles falando o que eu devo ou não fazer, já está na hora de assumir o controle da minha vida e isso que eu vou fazer a partir de hoje.

Castiel narrando

Eu não gosto da ideia de ter um moleque se aproveitando da minha irmã, nunca aceitei isso e nunca vou aceitar.

Antonieta é uma garota bonita, ela herdou toda a beleza da minha mãe e isso me faz subir pelas paredes as vezes.

Eu já perdi as contas de quantas vezes eu briguei com garotos na escola por ouvir eles falarem dela, ou quantos amigos eu perdi porquê notei os olhares para a minha irmã enquanto estavam na minha casa.

Eu não faço questão de ninguém perto de mim se for para dar em cima da Toni, eu odeio isso e por mais que ela tente me parar eu jamais vou deixar de proteger ela.

Aqui no Brasil as coisas tem ficado cada vez mais difíceis, lá fora as pessoas ainda me respeitavam, mas aqui pelo que eu percebi eu vou ter que ganhar respeito para poder afastar esses desgraçados dela e para isso acontecer eu vou ter que fazer a única coisa a minha mãe pediu que eu não fizesse.

Apesar de não ter crescido no meio do crime, eu sempre me interessei por tudo aqui, eu amava passar as férias aqui, eu ia para todos os lados com o Caleb e ele me mostrava tudo com o meu pai.

Eu dei o meu primeiro tiro com apenas 10 anos, claro que a minha mãe nem sonha nisso, mas depois de muito insistir o meu pai me levou para me ensinar a atirar junto com o meu irmão, foi muito f**a, eu lembro até hoje daquele dia.

Depois que a gente voltou eu até tentei entrar nesse meio, mas o Caleb acha que eu deveria fazer uma faculdade, como se isso fosse um pré-requisito para entrar pro crime, patético.

Mas tudo bem, se é isso que eles querem, eu vou fazer, tudo para ficar com esse lugar para mim.

Nathan - tá viajando irmão ? - me assustei com ele parado ao meu lado

Castiel - de onde tu saiu demônio ? - ele riu

Nathan - tu mandou eu vir e tá perguntando de onde eu saí, maluco - ele se jogou ao meu lado no sofá

Castiel - já tinha esquecido - respirei fundo

Nathan - qual foi dessa cara de bosta aí ?

Castiel - a Toni está me enlouquecendo

Nathan - eu também enlouqueceria com ela - ele fala com malícia e olho para ele furioso

Castiel - você tem coragem de falar isso na minha cara, já percebi que você não tem nenhum medo de morrer - ele deu risada

Nathan - estou só brincando, sabe que a sua irmã para mim é homem né - concordei com a cabeça não acreditando em nenhuma palavra que ele disse

Castiel - a gente vai ter que ir naquele baile que tu falou - ele me olhou animado

Nathan - sério ? - confirmei com a cabeça - c*****o, a gente vai pegar muita mulher - revirei os olhos

Castiel - eu não vou para isso, vou para ficar de olho na minha irmã - ele riu

Nathan - tu vai passar a noite toda correndo atrás da garota ? Sério ?

Castiel - tu não entende, eu não vou deixar ela ficar rodada pela cidade não, aqui não tem ninguém bom o suficiente para ela

Nathan - não, aqui não tem ninguém bom o suficiente para você, aposto que para ela deve ter um monte - respirei fundo

Castiel - vai te f***r cara, para de encher a minha cabeça vai - falei bravo e ele deu risada

Logo ele mudou de assunto e ficamos conversando, mas a minha cabeça estava na Toni, eu não vou deixar ela ficar pegando geral nesse baile, não vou mesmo.

Depois que ele foi embora eu subi para o meu quarto e mandei uma mensagem para o Caleb avisando que iria levar a Toni no baile hoje.