9 - A Espada da Manhã

2540 Words
Hipólita caminhou ao lado de Louis até próximo ao atrio onde estava seu contingente, eles o estavam esperando para começarem o treinamento, mas Louis novamente deu carta branca para que Jamie o substituísse. Então ele tomou sua mão e desceram juntos a colina, Louis lhe avisara que não treinaria com seus homens pois ela ainda estava em fase de aprendizagem e séria perigoso que ela estivesse próximo deles quando os homens simulavam um combate, uma vez que a luta era real, Hipólita poderia sair machucada. Por mais que o vento gélido que soprava trouxesse incômodo, o sol ainda brilhava timidamente, iluminando os campos de papoulas, as poucas árvores que haviam nos campos e deixando o dia mais bonito. Quando chegaram próximo da mesma árvore em que discutiram no dia anterior ele parou. — Uriah deve tê-la ensinado como segurar uma espada e passado alguns truques. — Concluiu ele ficando à sua frente e desembainhou sua espada. — Sim, aprendi muitas coisas com eles, mais sobre a parte teórica. Quero aprender a usar o arco e fecha. — Hipólita comunicou, pensou que nunca antes havia visto uma mulher na cavalaria, liderando um contingente. Menosprezadas pela corte, sempre veriam as mulheres como excelentes damas, frágeis, amantes da calmaria. Achava importante que assim como os homens, mulheres fossem ensinadas desde criança a se defender. Pensara que dessarte evitaria que milhares de mulheres sofressem ataques e estupros... — Também quero que me ensine luta corporal. — Uma coisa de cada vez minha cara. — Ressaltou Louis sorrindo-lhe. Estava ansiosa para aprender tudo o que ele tinha para lhe ensinar, eles eram soldados incríveis e ótimos rastreadores, ficara fascinada com o modo como eles se comunicavam tão bem com a natureza. Mostrou a ele o modo como Uriah lhe ensinou a usar a espada e tudo o que lhe fora passado. — Dança? — Louis repetiu se referindo ao que Hipólita lhe acabara de dizer sobre os ensinamentos de Uriah — Só poderia ser ele, que tolice! — Resmungou e jogou a espada em sua direção — Pegue. Hipólita correu tentando se desvencilhar do objeto que ele jogara, franziu o cenho e lançou-lhe um olhar repreensivo. — Heeey! — rosnou ela — Estás louco? Quase me matou. Ele ignorou sua reprimenda em um dar de ombros. — Não, tu desviou. — Disse ele, e Hipólita estreitou os olhos para ele reprovando sua atitude. — Pegue a espada e me ataque. — Ordenou ele. Assim ela o fez, tentou segurar da melhor forma possível e ataca-lo, mas a espada que Louis usava era grande demais e pesada demais para que pudesse carregar e conseguir lutar, então sua primeira tentativa foi falha, pois o peso da espada era mais do que ela podia suportar. A lâmina de Louis se chamava A Espada da Manhã, era pontiaguda, larga como a mão do homem e quase -quase- do tamanho de Hipólita, fora forjada com aço, em seu pomo havia cravado um pequeno rubi. — Não consigo. — Lamentou. — Tente novamente. — Exigiu Louis. Sabia que ele iria pegar em seu pé, ele mesmo havia dito isso. Sabia que tinha que se esforçar o máximo possível. Pensou em cogitar que usassem espadas de madeiras como a que Conan e Uriah lhe deram para treinar, mas sabia que ele não concordaria. — É muito pesada! — Ela resmungou e tentou erguê-la novamente. — Tu não queres aprender? — Inquiriu ele analítico — Precisa se acostumar com o peso da espada, no começo parecerá difícil, depois tu se acostumará. Amanhã pedirei que para forjarem uma espada para que tu possas usa-la. Assentiu em concordância e em seguida soltou um rosnado, como os que os guerreiros soltavam, então ela atacou o bastardo miserável mirando a espada em seu peito, mas ele fora bem mais rápido que ela, desviando de seu golpe fazendo-a cair no chão por culpa do impulso que havia tomado. Levantou-se limpando seu vestido dos restos de terra e musgos que empreguinaram-se nele. — Precisa tomar cuidado com as tuas expressões, teu olhar, teu corpo fala, isso pode mata-la. Não deixe que teu inimigo preveja teu próximo passo. — Ele aconselhou pegando a outra espada. Então por fim começou, ele a atacou com cuidado, uma vez que Hipólita ainda era iniciante, ela desviou do seu golpe com pressa, ainda era um pouco lenta e desengonçada, mas estava se saindo bem. Sim, agora ela entendia. A causa deles amarem batalhas, isso era como uma cura para desalentos, e ao mesmo tempo que acalmava, excitava, Hipólita ficara radiante ao fim de cada treino. Havia também o treino mental, e Louis lhe falara que era tão importante quanto o físico, ajudava a controlar as emoções e afastar os pensamentos negativos, e de fato funcionara. O único empecilho que havia em seu caminho eram aqueles trajes. Aaarg! Estavam tão apertados que seus s***s faltavam pular para fora do decote. Por mais que tivesse trago apenas seus trajes mais simples, seus vestidos ainda eram muitos pomposos, e acaba atrapalhando-a no dia a dia. — Nunca subestime seu inimigo, isso poderá mata-la. — Disse ele atacando-a com rapidez, Hipólita desviou contra-atacando mas não passou nem perto de atingi-lo — Tu deves subjuga-lo, incita-lo, deixar que ele pense que está dominando a lutar, quando estiver confiante o bastante, então tu deves mata-lo. Ficou meio contrariada com o aconselhamento do guerreiro. Parou coçou a cabeça e o mirou com incerteza. — Não devemos lutar com honra? — Sempre devemos ter honra, mas na luta ela não se aplica, pois pode uma sentença de morte. — Explicou ele — Muitas vezes quem luta com honra acaba morto. Acenou prestando atenção nas lições que ele ensinava-lhe. — Seja observadora, deve ler a linguagem corporal de seu inimigo. Todos temos uma técnica de luta, precisa descobrir-la e usar contra ele. Aprenda a ler a verdade que as pessoas escordem por detrás dos olhos. — Louis era sábio, Hipólita apreciava essa qualidade, apesar de rígido ele era um ótimo mestre, durante todos os dias em que treinaram se esforçara o máximo, as vezes chegava a exaustão, seu corpo lhe doía, as mãos tinham calos, mas não desistira. Desistir, essa palavra não fazia parte de seu dicionário. — Nunca entre uma luta com sede de vingança, isso a cega e consequentemente a mata. E dia após dia, a cada nova aurora, eles sempre treinavam juntos, até quando ele lhe dera permissão para treinar com seus homens, ela ficara eufórica e por conta disso começou a errar os golpes, atrapalhada, parecia ter esquecido de tudo o que lhe ensinara, então Louis parou o treinamento foi até ela e pediu gentilmente que ela se acalmasse, Hipólita lhe sorrira, respirou fundo e deu o seu melhor. Louis percebera o quanto Hipólita era dedicada a tudo que se propusesse a fazer, de longe se notara sua garra, era difícil ver uma mulher tão autêntica quanto ela, isso o instigava, nunca admitiria em voz alta, mas ele a admirava, sua força, determinação, Hipólita fazia o que muitas mulheres tinham vontade mas faltavam-lhe coragem, isso ela tinha de sobra. Toda manhã, antes de o sol nascer, ela escapava de seus braços, pegava sua espada, descia a colina e ia treinar sozinha. Sim, Hipólita tinha o sangue dos grandes guerreiros correndo em suas veias! Agora, a noite fora de sua tenda estava estrelada, mas fria, depois de obter seu prazer Hipólita se enfiou por entre as cobertas se enroscando a Louis. Ele armara uma tenda fora na caverna, ela era feita de peles de animais selvagens e fora lançado sobre o arco formado por galhos, a fogueira estava próxima da tenda, a lenha que queimava fazia pequenos estralos, que agora, sob o silêncio ficavam mais audíveis. As vezes Hipólita tinha a sensação de que a qualquer momento a tenda pegaria fogo, mas ali sobre o abraçado de Louis estava demasiadamente aconchegante. A pele morena de Louis brilhava como bronze com a luz alaranjada, seus cabelos negros ondulado estavam soltos e se enroscavam entre os dedos de Hipólita enquanto ela o beijara e sentia que seu m****o viril cintilava de umidade. Suspirou rente aos lábios do homem enquanto a mão dele passeava por sua face, quando por fim cessaram o beijo, ele delineou seus lábios com as pontas dos dedos. Louis observou uma pequena cicatriz na boca de Hipólita, nada disse ele, mas ao analisar a iris castanha percebera que em seus olhos exprimiam uma pergunta. — Meu tio disse que se eu não o obedecesse ele me castigaria. — Ela o respondeu, deitou a cabeça sobre o peito de Louis, e passou a mão sob o peitoral largo dele, havia alguns cicatrizes, a pele dele era firme, quente, os guerreiros escoceses pareciam nunca sentir frio, pensara ela. — O que queria ele? — Sussurrou-lhe a pergunta pegou uma mexa de seu cabelo arrumando-a atrás de sua orelha, depois depositou um beijo no topo da cabeça de Hipólita. Lembrava bem daquele dia, seu tio estava bravo, sempre estava, ele pedia para ela não irrita-lo,a chamava de linguaruda e ameaça-lhe cortar a língua. Logo quando seus pais morreram, era jovem e tinha muito medo do homem, mas então de um tempo se voltou contra ele e começou a retrucar a cada vez que ele lhe ofendia. — Que me arrumasse para passear com Lord Byron. Eu disse que não iria, então ele deu um tapa em meu rosto, eu lhe ofereci minha outra face e pedi que ele se esforçasse bastante, pois aquela bofetada não surtiu efeito. — Contou ela com o pensamento longe. "Já és uma mulher, deixe que Byron perceba isso" Ele ralhava quando ela se negava a arrumar-se como as outras mulheres, certo que para o mundo já não era mais uma criança, já havia se passado três verões desde que sangrara a primeira vez, quando seu pai era vivo a tratava como uma garotinha e sempre respeitou sua vontade de não querer debutar, depois que ele morrera, sua vida tornou-se um martírio, nem sabia como havia conseguido adiar o casamento arranjado por seu tio por tanto tempo, as mulheres com dezesseis verões estavam na idade certa para se casarem, na verdade após terem seu primeiro sangue já eram oferecidas como se fossem uma mercadoria, hoje com vinte e cinco verões Hipólita ainda não pensara em matrimônio, esta palavra lhe causava arrepios. — Ele a agrediu novamente? — Louis estava curioso em relação ao seu passado, mas não se importou em responder suas perguntas desde que ele não parasse de fazer-lhe carinho, sim, gostava de como ele era atencioso com ela quando partilhavam momentos íntimos. — Sim, de novo pois eu pedi que ele fizesse o seu pior, pois não fora suficiente para me fazer ter que suportar a presença de Byron. — Sua voz agora emitia escárnio. — Tu és mais forte do que imaginei! — Louis concluiu acariciando seu rosto, Hipolita sorriu — O que aconteceu após tua recusa? — Ele me agrediu, mas eu aguentei por muito tempo, até quando a fraqueza tomou meu corpo e felizmente acabei desmaiando. — Mesmo em desgraça ela lhe sorrira a cada bofetada, seu tio se irritava ainda mais, mas não daria esse gostinho a ele, não faria sua vontade. — Sinto muito pelo que ele te fez passar. — Disse segurando seu rosto entre suas mãos fazendo-a olha-lo. Ela não parecia triste, pelo contrário, riu. — Tudo a ter que ficar a sós com aquele homem. Meu tio pensou que me castigou, mas na verdade aquilo fora meu livramento. Passei pouco mais de um mês sem sair de casa, até me recuperar dos hematomas, claro ninguém poderia saber que ele me agredia. — O que a fez ser tão determinada? — A vida! — Exclamou — Não queria, mas é preciso, Louis. Eu só queria acordar um dia e ser alguém normal, mas como alguém há de ser normal morando nesse mundo? Nesse sistema? Me sinto acorrentada. — Resmungou ela e só agora evidenciara a ele sua melancolia, quando sua voz soou embargada, Hipólita enguliu a seco tentando aplacar aquele nó na garganta — Desde que meus pais morreram aquele homem fez de minha vida um inferno. As lágrimas dela rolaram pelo seu rosto, algumas perdiam-se por seus lábios. Era a primeira vez que ele a olhara tão vulnerável. Amaldiçoou o tio dela por tê-la feito sofrer. Agora a leoa valente que era Hipólita parecia uma gatinha, todo o corpo a estremecer com os soluços. Ela sofria pelos maus tratos do tio, mas nisso tudo percebera que Hipólita sofria mais pela perda repentina dos pais, ela sempre falava deles com um amor enorme, o pai era seu herói. Louis odiou o tio de Hipólita, o tal Barão de Villanueva e seu noivo Lord Byron, desejou mata-los com suas próprias mãos. — Nem os conheço mas já não gostei desse tal Lord Byron, muito menos de seu tio. —Louis ressaltou a ela. Ele secara as lágrimas de seus olhos com beijos, até que ela lhe abriu um sorriso afetuoso. — Nasceu para governar, Hipólita. Disse isso fitando-a nos olhos. Era verdade que ela tinha alma e sangue de guerreiros, mas havia mais nela espírito de liderança, tinha tudo na medida certa em Hipólita, força, garra e inteligência. — Governarei a ti e a teus homens! — Replicou divertida. — Isso nunca irá acontecer. — Louis pranguejou sorrindo —Meus homens só atendem a mim. Hipólita lançou um olhar indicando que ele estava enganado. — Isso é o que veremos. — Disse e tomou-lhe a mão e dirigiu ao seu seio, ele apalpou, antes que pudesse aproveitar o toque, Hipólita guiou a mão de Louis até o centro de sua i********e umida e o fez introduzir o dedo dentro de si. Assim Louis fez, vendo-a arquear e resmugar, ora gemia, ora sussurrava seu nome. Ela tinha o fogo aquela noite. Quando a fez estremecer em seus dedos ele os levara a boca e provara um pouco do doce sabor dela. Hipólita umideceu os próprios lábios para poder receber o dele, Louis a beijou ferozmente, e começou a toca-la, ficou sobre ela, provando-lhe seu corpo. Pelos deuses, amava o poder das mãos dele. Louis afastara mechas de cabelos castanho-avermelhado de Hipólita e raspou os dentes por seu pescoço gostando de como ela se contorcia embaixo dele. — Olhe em meus olhos. — Ele pediu quando percebera que ela estava com os olhos cerrados — Deixe-me ver tua feição enquante te tenho junto a mim. Ela abrira os olhos, estava meio aérea, corada, sem fôlego, ansiando pelo que viria a seguir. Seu coração palpitou quando ele a penetrou, Louis fransiu o cenho e mordera seu queixo, a boca dele agora chupava seu pescoço e seu m****o lhe percorria a i********e sem pudor algum. — Força, sim? — Disse Hipólita exigente — Com mais força! E quando o torpor tomara conta de si, começou a fraquejar, trepidar, ele fazia amor com ela sobre a presença das estrelas, seu corpo enchia-se do vigor dele, e quando não se aguentou mais pestanejou, apertando-o, liberando-se nele e enchendo-se dele. E presenciou ele chamar por ela, como um lobo a uivar na meia noite. Aquelo ato fora tão profundo! Quando seus corações se acalmaram, e as respirações voltaram ao seu ritmo normal, bocejou. O sono bateu em Hipólita, antes de dormir ganhou um beijo na ponta do nariz de Louis. Já estava se acostumando com aquilo.
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