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Dezesseis GUTO O ar entrava rasgando, queimando meus pulmões. Meu peito doía, ardia, mas nada se comparava com o que eu sentia estando diante da Aryela, dizendo com toda clareza do mundo que era minha mãe.  Assustador.  — Guto – me fitou com os olhos cheios d'água – desde o início eu senti uma conexão muito forte entre a gente e, aos poucos fui percebendo nossas semelhanças, os fatos, as coincidências... Eu sei que pra você não é fácil receber uma notícia dessas, mas, eu não consigo mais guardar isso só pra mim... Eu sou sua mãe, me deixa cuidar de você, não quero perder mais tempo...  — Não quer perder mais tempo? – ironizei sentindo um redemoinho atravessar meu corpo. – Impossível Aryela. Eu passei minha vida inteira sozinho, vivendo como um indigente! A única coisa que eu sempre so

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