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Dezessete ARYELA Àquela altura não havia mais nada que eu pudesse dizer para ele. Eu consegui sentir sua dor, imaginar tudo que passou a vida inteira.   Era compreensível.   Se eu sofri imagina ele?   Errei em contar tudo por impulso, mesmo com ele acamado, recém operado, sofrendo. Deveria ter dado um tempo, ter deixado o garoto processar tudo que estava acontecendo com mais calma, mas o meu coração acabou gritando mais alto e, eu não fui capaz de me conter.   Era de se esperar que ele não fosse me abraçar como num conto da Disney, mas eu queria tanto ser vista com outros olhos, sem medo, sem frieza… Eu queria tanto que Guto me enxergasse como sua mãe, não como a grande responsável por tudo que sofreu a vida inteira.    Desesperada, saí do hospital aos prantos, desorientada, sem ter

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