Vinte e um LAURA — Laurinha, eu sinto muito... Continuei fitando o percurso da volta para casa através da janela do carro. De minuto em minuto Traíra repetia essa d***a de eu “sinto muito”. — Se tu quiser uma moral… — Eu não quero nada, aliás, quero sim. Me deixa na casa da Sabrina, não quero chegar em casa e ter que dar uma notícia dessas pra minha vó – respirei fundo me recostando contra o banco do carro. – É… Você acha que existe alguma chance do meu pai fugir, ou sei lá… sair dessa vivo? Traíra continuou sério e, sem dizer uma única palavra acenou com a cabeça em negação, apenas confirmando o que já era óbvio. […] Levamos alguns minutos até chegar na Holanda. Desci do carro um pouco enjoada, meio tonta. Antes de me afastar agradeci Traíra e aos outros que me acompa