Moeda de troca

1424 Words
TÁRTARO NARRANDO Desci na parte baixa do Morro para resolver uma para, quando vou fazer alguma cobrança, sempre trago comigo o meu dinheiro ou o sangue de mais um derramado em minhas mãos. Dessa vez foi diferente, voltei com uma garota na garupa da minha moto, não me comovi com o pedido dela para não matar o irmão, muito menos com as lágrimas de medo de um noiado cüzão. Eu conheço a história da família, por isso dei tempo para ele me pagar, caso não me pague ele vai para cova rasa porque não darei nem o direito da família fazer um enterro digno. A Garota fungou no meu ouvido o caminho todo, já estava me faltando paciência, coloquei o ponteiro no canto para chegar em casa mais rápido e me livrar daquela choradeira no meu pé do ouvido. Assim que chegamos na minha casa Ana Flávia estava me esperando, Ela é uma garota que eu saio há um bom tempo, tipo uma f**a fixa, Ana Flávia é filha de uma das empregadas da minha mãe. Ela decidiu ser fiel, nunca cobrei nada e também não dou direito que me cobre, não sou muito de estar saindo com várias ao mesmo tempo, mas sempre que tem um baile uma festa e rola algumas patricinhas coloco para sentar no grau. Nunca assumi nada com ela, sempre deixei bem claro que não quero ela se bancando de patroa, a Rocinha só tem patrão. Mesmo assim Ana Flávia às vezes esquece o meu avio, e arruma confusão por aí batendo em outras garotas, esses dias tive que mandar dar uma surra nela. Não bato em mulher, meu avô me ensinou que devemos ter mulheres trabalhando no comando justamente para esse tipo de ocasião. Aqui eu tenho a Fabiana, ela bate sem dó, Ratazana não se cria na Rocinha, Mandei ela da uma surra na Ana Flávia uma vez e pelo visto ela já está querendo apanhar de novo. Mostrei a casa para a garota que veio Pelo que eu entendi o nome dela é Bruna, ouvir o seu irmão chamando quando estavamos saindo, deixei ela em seu quarto e quando cheguei na sala a Ana Flávia já veio de perreco para o meu lado. — Quem é essa garota Tártaro, ela vai morar aqui? — já falei que isso não é assunto teu — Pelo amor de Deus, a gente fica tanto tempo e você nem sequer me deixa dormir aqui na sua casa, nunca entrei no seu quarto, a gente sempre transa em um dos quartos de hóspede, agora você traz uma mulher para morar com você. — Tá querendo morrer porr@, quando foi que eu te dei essa liberdade, acho melhor você ficar calada. Deixei ela sozinha plantada no meio da sala e já fui fazer a troca de plantão dos moleques. — E ai Cobra tudo Mec? — Tudo paz — É o Seguinte, peguei uma penhora torta e quero me livrar o quanto antes, apressa o Nóia do Júnior na cobrança, desenrola essa para aí pra nós. — Tô ligado, geral tá falando na boca miúda, quando o assunto chegar na tia o bicho vai pegar pro teu lado. — Só cuida do teu meu chapa, deixa que do lado de cá eu resolvo. Passei a lista pra ele, Cobra é meu gerente o meu braço esquerdo no comando, o meu sub e braço direito é o TH esse quando está aqui em casa é correndo atrás da Paulinha uma das empregadas da casa. Pedi para servir o Jantar e também já deixei todos sobre aviso e pra tratar a Garota bem, quero devolver do jeito que peguei, Ana Flávia já esta querendo apanhar de novo, estava bancando a patroa novamente. — Será que vou ter que te matär . — Não, por favor, eu não fiz nada, eu só tenho medo de te perder. — Cala essa boca. Mandei levar ela para uns confere, dei o papo na Fabiana pelo rádio, e cassete de madeira molhada nas costelas. Voltei ao quarto da Mandada e dei ordem para ela jantar, já veio com Mínimi deixei bem claro quem é que manda nessa p***a. A Garota é tão lesa que precisou da minha autorização para sair da mesa, quanto mais eu rezo mais dessas me aparece. Eu estava de boa soltando a fumaça pra relaxar, quando a Mandada do c*****o chegou chorando, queria saber onde essa p***a arruma tanta lágrima. — O que foi agora? Perguntei já demonstrando a ela que estou bolado com essa choradeira no meu pé do Ouvido, garota velha e se comporta como criança. — Minha mãe Ela falou e começou soluçar chorando desesperada, Paulinha que completou a frase, já que ela não parava de chorar. — A mãe dela foi levada para emergência patrão. — E espera o que de mim? Rapidinho ela parou de chorar e virou corajosa, mas a coragem dela só durou cinco segundos até eu me levantar e olhar para ela de cima pra baixo. — Você é insensível ou o que? Tudo isso é culpa sua , sua e do i*****l do meu irmão, eu quero ver a minha mãe. — Você não quer nada aqui, vou mandar um vapor te levar, mas só porque aprendi que mãe é sagrada, não porque você está exigindo alguma coisa, da próxima vez que você abrir a sua boca e falar comigo dessa forma novamente não responde por mim. Peguei o rádio que estava do meu lado, finalizei o TH e mandei ele e a Paulinha levar a Chorona no Hospital. Fiz três carreira de pó na mesa de centro da sala e aspirei só curtindo a onda, até ser interrompido pelo pai. — Pelo Amor de Deus Otávio, se drogando novamente meu Filho. Assendi um Back para cortar a lombra da coca e poder conversar com o meu coroa sem ver Guinomo. — Fala pai. — Otávio que História é essa que você pegou uma garota como pagamento de uma dívida? — História da vida Real Meu pai desandou a falar como sempre me dando sermões moralista, às vezes parece que meu pai não é casado com a maior traficante já conhecida na história do Rio de janeiro. Ele tem uma conversa tão socialista de direitos Morais que às vezes fica até fora da casinha no meio da família Fernandes, sem contar o medo que o meu pai tem da minha mãe descobrir as coisas, sempre repito a mesma coisa, nos meus negócios ninguém deve se meter. Meu Avô sempre deixou bem claro que eu sou o comando a Lei e a ordem, TH me passou uma mensagem que a mãe da Bruna Faleceu, era só o que me faltava essa Garota me culpar pelo empacotamento da velha. — Pai, a mãe da Garota faleceu, o Sr. Pode resolver as parada de velório e sepultamento por favor. — Onde está essa Menina, falaram apenas que você pegou uma garota quem é ela e onde está essa mãe que acabou de falecer? — Ela está no hospital foi ver a mãe, é a Bruna filha da D. Hermínia. — Eu vou resolver essa situação, mas quando eu voltar vamos ter uma conversa, eu e você e sua mãe e a sua avó. Meu pai saiu para resolver os assuntos da Garota, passei o rádio prós vapor que trabalham na boca de baixo e mandei arrastar o irmão dela para o QG. Avisei para o Th que o meu pai estava indo resolver as questões burocráticas e que eles resolvessem sem precisar estar me comunicando, não estou interessado no assunto. Assim que cheguei no QG o Júnior estava fazendo escândalos, gritando que não me devia mais nada. — Como é filho da püta, tu não me deve nada? Ele estava amarrado em uma cadeira, espumando igual cachorro louco, dei dois tapas na cara dele para aprender a falar baixo no meu território. — Você pegou minha irmã no valor da dívida. Júnior tem o cabelo grande, enchi minha mão com os seus cabelos peguei bem no talo e levantei ele com cadeira e tudo, depois arremessei contra parede. — Sua irmã é uma penhora, e essa cobrança é para você deixar de ser safadø e se ligar no sistema. Peguei um chicote de couro que nas pontas tem pedaços de osso e dei uma surra nele, bati até abrir a pele. — Agora você vai para sua casa, esperar o caixão da sua mãe chegar. — Minha mãe Morreu? O bundão perguntou soluçando já rouco de tanto chorar.
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