Tristeza e dor

1300 Words
BRUNA NARRANDO Paulinha me convenceu de falar com aquele Demônio, Tártaro não tem coração, é um ser humano sombrio, eu ali soluçando de chorar , sofrendo por não estar ao lado da minha mãe e ele não demonstrou nem um pingo de humanidade . Pelo menos autorizou que me levassem até o Hospital, pena que foi tarde demais, assim que chegamos TH m*l parou carro abri a porta e saí correndo, Paulinha correu atrás de mim. Cheguei no Balcão de informações já cansada de tanto correr e chorar, mesmo assim consegui falar o nome da minha mãe completo, a Moça digitou e ficou um tempo olhando para tela. — Tem certeza que esse é mesmo o nome da Sua mãe? — Sim, claro, esse é o nome da minha mãe . — Sinto muito. Foi apenas isso que ela falou antes de dar as costas e pedir para que eu o acompanhasse, Paulinha não soltou a minha mão, meu corpo inteiro tremia, a angústia de não saber para onde estávamos indo. Até que a moça parou em frente a uma porta e pediu para aguardarmos, quando me chamaram ouvi a pergunta que nem nos meus piores pesadelos imaginei ouvir. — Você veio Fazer o reconhecimento do corpo? — Corpo? — Sim, Srta a Hermínia Mattos deu entrada no Hospital já sem vida, primeira perícia indica que foi Ataque fulminante. Quando o Homem vestido de Jaleco acabou de falar, senti minha cabeça leve e uma dor no peito, o grito que estava preso na garganta consegui soltar e ecoar pelo hospital. — NÃOOOOOOO Entrei em desespero, meu corpo inteiro tremia, sentei no chão e comecei bater a cabeça na parede enquanto o desespero me corroía, Paulinha sentou no chão me abraçando e chorando comigo. — Calma Bruna, ela descansou. — Me ajuda, sem minha mãe eu não vou conseguir viver. Chegaram dois enfermeiros e saíram me arrastando para uma sala enquanto eu gritava para me soltar, Paulinha também pediu para eles me soltarem. Eu não queria tomar nenhum calmante, tentaram me amarrar em uma poltrona, o TH chegou no Momento e mandou me largar, corri para perto dele que me colocou em suas costas sendo meu escudo. — Nela ninguém vai tocar. — Sr. São ordens do médico, essa moça teve um surto psicótico ao saber da morte da mãe . — Já falei que não vai tocar nela, pode deixar que eu me responsabilizo. Eles tentaram argumentar, TH falou o nome do Tártaro, dizendo que sou sua protegida isso foi o suficiente para eles não insistir. Impressionante o poder que aquele esquisito tem, todo mundo tem medo dele. Saímos da sala de medicação, Paulinha me abraçou pelos ombros, TH estava andando um pouco mais atrás, saímos para fora do Hospital o vento estava gelado e no céu não havia sinal de estrelas, uma noite escura assim com a minha vida Apartir de agora. — Tio Bruno está vindo, ele vai cuidar de tudo, mas pode contar comigo loirinha, eu e minha dona aqui estamos do seu lado. Não falei nada, nem olhei para ele, apenas concordei com a cabeça olhando pro céu e imaginando como vou viver, minha força se foi e me deixou sozinha. O Dr. Bruno chegou, ele me deu um abraço tão caloroso, senti um carinho de pai nesse abraço. — Bruna, vá para casa Apartir de agora eu assumo, não se preocupe, Você não está sozinha, meus pêsames e força levante essa cabeça você é guerreira. Balancei a cabeça novamente, voltamos para o Morro, passamos na entrada da minha rua, a tristeza fez meu coração doer, culpa do Júnior e do Maldito Tártaro. Assim que chegamos na casa dele, desci do carro, ele estava sentado na escada fumando drøga, não esperei um segundo para falar tudo que estava entalado. — Seu Desgraçado a culpa disso tudo é sua e daquele infeliz do Júnior, eu espero que vocês dois Morram Ele levantou rapidamente e pegou no meu braço, quando ouvimos uma voz — larga ela agora. A Dama entrou pela porta já mandando o Tártaro me soltar, ele olhou bem sério para mãe dele e me não me soltou, também não apertou. — Mãe, isso é assunto meu. — Você é assunto meu, larga a garota agora Otávio, não me faça mostrar o poder que tem uma mãe . Ele soltou o meu braço mas não com brutalidade, quando ele virou as costas para sair, ela mandou ele voltar e explicar sobre o assunto do momento a garota que foi entregue como penhora de dívida. Não sei o que fiz para merecer isso, tanta humilhação e agora sozinha no mundo. — Mãe, com todo respeito não se mete na minha vida, Eu já falei que assunto meu não se preocupe, não vou danificar a peça. A Dama não é alta, mas nesse momento ela ficou gigante e partiu para cima dele exigindo respeito gritando que foi ela que deu a vida a ele e ela podia tirar. — Escuta aqui moleque você pode ser crescido, maior de idade o dono do Rio de janeiro todo não só do Morro da Rocinha mas continua sendo a p***a do meu filho, fui eu que te botei no mundo Otávio, posso me meter onde eu quiser e desfazer qualquer negócio seu, não me desafie. Eles ficaram se encarando, mas o tártaro não respondeu a mãe dele, a frieza desse homem é de assustar. — Bruna, eu sinto muito por tudo que você está passando, acabei de ficar sabendo que sua mãe faleceu, meus sinceros sentimentos. Ela me abraçou forte me deixando chorar em seu ombro, enquanto acariciava meus cabelos falando baixinho que vai ficar tudo bem. Ela desfez o Abraço e olhou em meus olhos, enxugando as minhas lágrimas falou. — Bruno está cuidando de tudo, sua mãe vai ter um enterro digno e o Otávio vai arcar com tudo, vou mandar fazer uma lápide linda para ela e a partir de hoje você mora nessa casa como hóspede não como moeda de troca e ele Ela apontou para o tártaro que estava bem sério nos encarando. — Vai cuidar de você como se fosse uma boneca de porcelana, porque Linda você já é, agora os três podem sair, que o bagulho aqui vai ficar louco. Fui correndo para o quarto a Paulinha veio atrás de mim, não sei para onde o Th foi mas com certeza ele também saiu voando da sala ninguém tem coragem de enfrentar a Dama na sua fúria, as únicas pessoas que ficam do lado dela nesse momento é apenas o Tártaro o chefe Dk e a D. Elisa , Pelo menos é isso que todos comentam no Morro. — Bruna O que foi aqui na sala nunca vi tártaro perder a paciência Assim a ponto de segurar alguém daquela forma, Ainda bem que a tia chegou, porque nem o Th teria coragem de enfrentar ele para te defender. — Esse homem é um demônio, eu apenas falei a verdade que é tudo culpa dele e do meu irmão e desejei que os dois morressem. — Você está louca Bruna, você chegou aqui agora morava na parte de baixa, não conheço tártaro direito nunca pode desafiar ele, se você quer viver quando ver o tártaro baixe a cabeça. A Paulinha continuou falando, mas eu parei de ouvir, não estou nem aí para minha vida, se ele quiser me matar é até um favor que me faz e se morrer também não vai fazer falta Me deitei encolhida no canto da cama e acabei dormindo, acordei com alguém acariciando meus cabelos, um toque tão gostoso igual ao da minha mãe, Assim que abrir os olhos era a Dama me acordando, falando que o velório da minha mãe já está preparado é a hora do último adeus.
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