Triste Martírio.

1427 Words
BRUNA NARRANDO Quando o Júnior me ofereceu como Moeda de troca, minha alma saiu correndo do corpo, minhas pernas fraquejaram. Eu tenho ciência da minha beleza e sei que esse Tártaro é Maluco, se eu cair nas mãos desse homem estou ferrada, comecei rezar em pensamento para ele dar um tiro no meio da cara do Júnior e perdoar a dívida. — Eu levo a garota Ali meu mundo desabou, o chefe do tráfico vai me levar pro seu covil, vou pagar uma dívida que não é minha estou indo pagar por um erro que não cometi. Nesse momento eu vi a voz da minha mãe me chamando, tentei sair mais o Tártaro me segurou pelo braço. — por favor, senhor, deixe eu ver a minha mãe, pelo menos me despedir dela, ela só tem a mim. — Não vai se despedir de ninguém, vamos embora o seu irmão se encarrega de contar para sua mãe que você vai ficar comigo durante três meses, é o tempo que eu estou te dando Júnior para levantar minha grana a sua irmã está indo Como penhora, Se 3 meses você não me pagar os três morrem. Nessa hora me enchi de coragem e dei um tapa na cara do Júnior. — Eu te odeio seu miserável, você é uma decepção para nossa mãe, tomara que você morra com uma bala bem no meio da testa, seu infeliz. Sai sendo da minha casa pelo homem mas tem medo do Rio de janeiro, os vizinhos todos estavam na calçada, Já imagino todo esse falatório, quanto m*l vai fazer para minha mãe. Tártaro subiu na moto fez apenas sinal com a cabeça para que eu subisse na garupa dele, mesmo tremendo consegui subir, pela primeira vez estou subindo para o alto do morro as lágrimas quentes correndo pelo meu rosto enquanto vento frio sopravam os meus cabelos, ele pilota como um louco. Tártaro parou a moto na frente de uma casa um pouco estranha, um muro muito alto e o portão de alumínio, o muro é apenas no cimento e o portão pintado de preto parece mais um presídio do que uma casa. Ele abriu o portão com o controle, muitos homens armados na frente da casa, entramos e eu já fui vendo a diferença, ele parou a moto novamente na garagem onde tinha outras motos e carros até um jet ski. Desci da moto, ele desceu logo em seguida, passou na minha frente eu fui acompanhando, assim que entramos na casa tudo muito chique um verdadeiro palácio. Tinha uma mulher sentada no sofá, Ela é bem bonita, como não tenho muito tempo para fofoca não sei de quem realmente se trata. — Quem é ela Tártaro? A garota perguntou visivelmente irritada, baixei a cabeça não quero criar mais problemas, principalmente aqui na casa desse Maluco. — Isso é assunto meu. Ele pediu para que eu o acompanhasse, fomos apenas passando pelo cômodo da casa ele não falava absolutamente nada mas parecia que estava me apresentando tudo. Por último entramos em um corredor, a hora que ele falou foi aprontando para uma porta pintada de preto. — Existe limite que não podem ser ultrapassado, Esse é o meu quarto você nunca deve entrar aqui sem a minha permissão. Concordei com a cabeça, mas a minha vontade era falar para ele que eu nem queria estar aqui quem dirá entrar no seu quarto. Ele abriu a porta de frente e me mostrou um outro quarto muito lindo e aconchegante. — Esse será o seu quarto, Se vira aí por hoje e amanhã vou mandar providenciar tudo que você precisa. Me deixou plantada no meio do quarto e saiu, pensei que ele iria me trancar, mas deixou a porta apenas escorada. Olhei todo o quarto tem um banheiro independente, chorei sentado no vaso depois de um tempo lavei o meu rosto e quando saí do banheiro dei de cara com uma mulher que estava na sala. — Quem é você garota e o que faz aqui na casa do meu macho? — Satisfação, meu nome é Bruna, eu não sei te dizer o que estou fazendo aqui é um rolo entre o chefe e o meu irmão. Fiquei com vergonha de dizer que sou uma moeda de troca ou até mesmo uma penhora isso é muito humilhante. — Não faço ideia desse rolo, mas seja lá o que for, mantenha-se longe do meu homem ou eu acabo com a sua raça, está me ouvindo? Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ouvi a voz dele estão dando tudo. — Vaza Ana Flávia. A garota saiu do quarto de cabeça baixa, ele saiu logo atrás, ainda bem que nem para mim esse homem está olhando, apenas quando vai falar diretamente comigo, que continue assim. Me sentei na cama, parece ser macia melhor do que a minha e as lágrimas voltaram a brotar nos meus olhos escorrendo pelo meu rosto como será que está a minha mãe está nesse momento, não deu tempo nem de pegar meu celular. Eu amaldiçoo o dia que o Júnior nasceu, ele é tão crápula quanto o nosso pai que Deus me perdoe, mas eu estou odiando o meu irmão, quero mais que ele morra. Cheguei do trabalho, não tive tempo nem para tomar banho, entrei no banheiro, tirei a roupa, tomei um banho quente, vesti a mesma roupa mas sem calcinha. Acho que está virando moda sempre que saiu do banheiro tem alguém plantado no meio do quarto, parece que vou ter que ficar vigiando a porta para ter um pouco de privacidade. — Você pode ir jantar, eu já mandei colocar a mesa. — Obrigada, mas eu estou sem fome — Eu mandei você jantar Ele falou olhando para mim igual um maluco, com os olhos arregalados, me tremi todinha, é melhor obedecer. Saímos do quarto mas ele não foi para cozinha, pegou um rumo ao contrário ao meu, assim que cheguei na sala de jantar a mesa está proposta tudo muito chique parece até que sou alguém importante. Tinha uma moça jovem mais ou menos da minha idade com piercing no nariz, o cabelo moreno iluminado, ela olhou para mim sorriu e já veio se apresentar — Oi satisfação, o meu nome é Paula mas todos me chamam de Paulinha — Satisfação Paulinha eu sou a Bruna — Tártaro não falou seu nome, disse apenas para a gente cuidar de você. eu trabalho e moro aqui com a minha mãe, tem uma casinha lá nos fundos o Tártaro cedeu para a gente ficar. Ela me serviu mesmo eu falando que não precisava e que não era para ter se incomodado, eu poderia comer na mesa da cozinha. — Bruna, eu não sei o que você está fazendo aqui, também nós não nos envolvemos nas coisas do patrão, mas se ele falou que era para te tratar bem é isso que devemos fazer se não. Ela passou o dedo polegar no pescoço se eu já estava sem fome a minha garganta travou de vez. A Paula sentou na cadeira de frente e ficou falando sobre as coisas que tem na casa que podemos ver amanhã durante o dia, logo ela ficou de pé não entendi o porquê, só quando eu olhei para a porta. Ele estava me observando com aquele jeito esquisito, sentou em uma cadeira bem afastado de mim e a Paulinha serviu seu jantar, jantamos em completo silêncio. Eu não estava com fome, mas empurrei a comida goela abaixo antes que ele fizesse isso. Terminei a comida e fiquei olhando para o prato. — Se quiser mais é só pegar. — Não senhor, estou satisfeita, só estou esperando o senhor me autorizar a levantar. — É só levantar a garota. Me levantei rapidamente, pedi licença e sai voando daquela sala, dá medo está no mesmo ambiente que o tártaro, assim que cheguei na na outra sala a Paulinha estava olhando para mim chamei ela que fez um sinal com os dedos, Não entendi bem fui para o meu quarto. Estava deitada quando ouvi batidas na porta, me levantei morrendo de medo que fosse ele querendo fazer alguma coisa comigo, mas era a Paulinha. — Quando tártaro está fazendo a refeição ou no mesmo ambiente eu não posso me retirar até ele sair, Por isso fiz o sinal que falava com você depois. — Você tem celular, pode me emprestar? Ela tirou o celular do bolso e me entregou disquei o número da minha mãe e quem atendeu foi a vizinha levaram a minha mãe para o hospital.
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