CONSTRUINDO MEMÓRIAS INESQUECÍVEIS

760 Words
ANGELO — Aurora, isso foi incrível — falei ainda ofegante. — Sempre é para mim — ela me olhou fixamente antes de completar. — Sempre é incrível, desde a primeira vez que nos amamos. — Obrigado por não desistir de mim — falei, acariciando o seu rosto. — Sei que não deve ter sido nada fácil. — Não foi. Eu buscava o amor que sentia por mim em seu olhar, mas não encontrava. Você é o homem da minha vida, Angelo. O seu amor foi a melhor coisa que eu já experimentei, eu tive muito medo de nunca mais... — Ei... — a interrompi. — Isso não era uma possibilidade. Eu me apaixonei por você pela segunda vez e me apaixonaria pela terceira, quarta, quinta... centésima. — Eu te amo — seus olhos estavam marejados. — Hoje você me fez a mulher mais feliz do mundo. Além de estar esperando o fruto do nosso amor, eu tenho novamente o seu coração. — Por falar nele ou nela — acariciei a barriga dela, — em alguns momentos, tive receio de ter sido rude e machucá-lo. Você sabe, na hora do... — Você foi perfeito, não machucou ele. Ficamos um tempo abraçados, despidos, alheios ao resto do mundo. Eu dei um beijo na Aurora, que estava quase cochilando, me levantei e preparei um banho de banheira relaxante para ela. Após deixar a banheira pronta, com direito a essências e sais de banho, peguei a minha mulher em meus braços e a levei até o banheiro. Ficamos um bom tempo relaxando na banheira. Cheguei a escutar a respiração pesada do cochilo que a Aurora deu. Após o banho, a deixei descansando no quarto e fui preparar o nosso jantar. Quis fazer algo especial, para que aquele dia ficasse marcado em nossas memórias. Preparei uma massa, um suco, já que ela não podia ingerir álcool, coloquei uma seleção de músicas românticas e encomendei um buquê de rosas vermelhas. Infelizmente, eu não lembrava se a Aurora tinha alguma flor favorita. Se aproximava das 20:00 horas quando eu subi para chamá-la. — Oi, meu amor — falei, ao entrar no quarto. A Aurora já tinha acordado. — Oi — ela respondeu, se colocando sentada na cama. Eu a beijei, fiquei a olhando e acariciando o seu cabelo por um tempo, em seguida fui até o closet e comecei a me vestir com uma roupa mais formal. — Você vai sair? — a Aurora perguntou, os seus olhos estavam em uma linha reta. — Não — respondi, sorrindo. — Só quero estar mais apresentável para jantar com a minha esposa essa noite. Seu olhar e sua testa enrugada deixavam claro que ela estava ainda mais confusa. — O que está aprontando? — ela perguntou. — Logo verá — sorri. — Que bom que nós não vamos sair — ela falou me encarando, enquanto eu fazia um coque no meu cabelo. — Com certeza eu iria sentir ciúmes dos olhares voltados para você. Está lindo, Angelo Ricci Lombardi. [...] AURORA A felicidade era tão grande, que não cabia em mim. Mesmo sem ter recobrado a memória, o meu amor estava de volta. Eu, enfim, senti o amor nos seus olhos, na forma que ele me beijou, na forma que me amou... O olhar do Angelo era como brasa enquanto me amava. Tinha tes@o, luxúria, mas o seu amor estava em cada movimento, em cada deslizar das suas mãos em meu corpo, em cada beijo que ele dava mapeando a minha pele, em cada gemido abafado que saia da sua boca... Claro que eu quero que o Angelo recobre a memória, que ele tenha todas as lembranças que eu tenho de nós, mas saber que mesmo sem as nossas memórias, ele se apaixonou novamente por mim, me faz ter a certeza de que o nosso amor é realmente inabalável. *** Eu tinha certeza que ele estava aprontando algo lá embaixo. E como saiu incrivelmente lindo do quarto, eu fiz questão de vestir algo a altura. Coloquei um vestido em um tom de grafite, solto, bem composto na frente, porém, as costas ficavam expostas. Fiz um coque nos cabelos e uma maquiagem mais leve, mas com um batom em um vermelho vibrante. Por último, coloquei o perfume preferido do Angelo, o único que não enjoei na gravidez. O salto era baixo, rígido e confortável, recomendação da Gaia, mas que não tirou a beleza do look. Eu saí do quarto e fui em direção a escada. Estava curiosa para saber o que ia encontrar no andar de baixo. Maratona capítuIo 2/5
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