PROVOCANDO

740 Words
AURORA Eu estava gostando do cuidado do Angelo comigo. Sabia que era pelo bebê, mas ainda assim, eu estava feliz. Sabia que as coisas poderiam nunca mais voltar a ser como antes, ou poderia demorar bastante para isso acontecer, mas ainda assim, sabia que iríamos conseguir dar um jeito de fazer as coisas se alinharem. Nós não nos abraçamos, nem nos beijamos ou ao menos nos tocamos. Tem sido bem difícil controlar a vontade que sinto o tempo inteiro de estar abraçada a ele, de beijar a sua boca, de sentir o seu hálito quente delicioso nos meus lábios, de sentir os nossos corpos suados, colados... Estou aprendendo a esperar, afinal de contas, mesmo com todo esse desejo me consumindo, o amor é paciente. [...] Almoçamos e fomos direto até uma loja de enxoval para bebês. O local era enorme e tinha absolutamente tudo. Eu achei que o Angelo iria querer comprar algumas mantas, talvez umas roupinhas ou uns sapatinhos, até porque ainda nem sabíamos o sexo do bebê. Mas os planos dele eram bem mais audaciosos. Eu precisei intervir, caso contrário, ele levaria a loja inteira. Quando saímos da loja, o Angelo e três dos nossos soldados estavam cheios de sacolas e caixas nas mãos. — Você sabe que tudo isso foi um exagero, não sabe? — É o nosso primeiro filho, por mim eu levaria a loja inteira. Ele pode ter falado sem pensar, mas o fato de ter dito que esse era o nosso primeiro filho, me fez pensar que ele quer ter outros filhos comigo e isso me deixou feliz. — Ainda assim é um exagero — respondi. — Criança cresce rápido, tem coisas que só conseguimos usar uma ou duas vezes no máximo, temos que pensar nisso. — Tudo bem — ele parecia ter se dado por vencido. — Prometo tentar segurar a onda, pelo menos, até descobrirmos o sexo do bebê. [...] Chegamos em casa e fomos direto para a cozinha. Lavamos as nossas mãos e começamos a preparar o jantar. Cozinhando com o Angelo, eu entendi que tenho muito pelo que ser grata. Eu passei os últimos cinco anos tentando engravidar, eu cheguei a achar que nunca iria conseguir realizar esse sonho, mas eu engravidei, o meu filho estava crescendo na minha barriga. Sem falar que, há alguns dias, eu vivi os momentos mais desesperadores da minha vida, quando pensei que poderia perder o meu amor. O Angelo ficou entre a vida e a morte em uma cama de UTI. O médico chegou a confessar que não sabia como ele havia sobrevivido ao acidente, mas o Angelo estava bem na minha frente, consciente, conversando, sem graves sequelas, que era um dos riscos, exceto a amnésia. Seria perfeito que ele recobrasse a memória? Seria. Mas se isso nunca acontecer, ainda assim, eu tenho muito o que agradecer. — O que foi? — o Angelo perguntou, enquanto eu o olhava fixamente perdida em meus pensamentos. — Nada — respondi. — Como já acabamos, eu vou subir. Quero tomar um banho de banheira. Nossa torta de legumes ficaria, pelo menos, uns vinte minutos no forno, então daria tempo de tomar um banho. [...] ANGELO A Aurora é uma mulher muito bonita. Ela tem um magnetismo que me faz querer estar olhando para ela o tempo inteiro. Quando falou que queria tomar banho na banheira, um pensamento pervertido passou pela minha cabeça. Imaginei deslizando as minhas mãos pelas suas curvas perfeitas, dentro daquela banheira. "CaraIho." O meu p@u reagiu. Eu tentei disfarçar, mas acho que a Aurora percebeu porque um sorriso presunçoso repousou no canto da sua boca. Ela subiu, eu tentei afastar aqueles pensamentos ou o meu p@u começaria a doer. Decidi tomar um banho no banheiro do quarto de hóspedes, e não teve jeito, eu tive que me aliviar. Aquilo pode ter aliviado a dor no meu p@u, mas estava longe de aliviar o desejo de me afundar na Aurora. Eu desci, ela já estava na cozinha. "Put@ que pariu, a filha da put@ só pode estar querendo me deixar louco." A Aurora estava com uma camisola preta, com uma leve transparecia, com um decote generoso, de alcinha e costas nuas, suas pernas estavam expostas e a modelagem da peça desenhava o seu corpo. "Então é assim, Aurora? Vai querer jogar sujo?" Capítulo 4/4 Maratona concluída. Espero que tenham apreciado a leitura (⁠ʃ⁠ƪ⁠^⁠3⁠^⁠)
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