MEDO

821 Words
AURORA Eu fiquei com um aperto no peito desde que o Angelo falou que iria para esse trabalho. Tentei não dar tanto importância, visto que, todas às vezes que ele sai, o meu coração fica apreensivo. Passei a noite me virando de um lado para o outro, e nos momentos em que consegui dormir, tive alguns pesadelos. [...] Na manhã seguinte, eu não tirei os olhos da janela, na esperança de vê o Angelo passando pela porta. Após às 06:00 horas da manhã, eu comecei a ligar para ele insistentemente, mas a ligação caía direto na caixa postal. Às 07:00 horas, eu resolvi ligar para a Serena. — Oi, Aurora. Assim que ela atendeu, eu pude escutar os choros das gêmeas. — Serena, desculpa ligar a essa hora, mas eu preciso da sua ajuda. — Pode falar. Aconteceu alguma coisa? — Será que você pode rastrear o celular do Angelo. Ele viajou para uma missão da agência, ficou de chegar pela manhã, mas até agora nada. Eu sei que está cedo, mas é que eu tentei ligar para ele, mas cai direto na caixa postal. — Claro, vou fazer isso agora. Se fez silêncio por alguns segundos. — Eu não estou conseguindo ver a localização do celular dele. Vou tentar a corrente do pescoço — ela falou, e nós esperamos mais alguns segundos. — Achei. — E aí? — Ele está parado. Deixa eu ampliar o mapa. Ele foi para Messina? — Para Catanzaro — respondi. — Tem algo errado. Ele está na comuna de Floresta, que fica em Messina, mas por que ele estaria lá? Enquanto ela falava, eu peguei o meu carro e dirigi até a casa do Don. Eu sabia que ela iria mandar ele ir atrás do Angelo, já que dá Sicília estamos mais perto. — Aurora, você está aí? A Serena perguntou. — Sim, estou. Se for ligar para o Enrico ou para o Maxim, diga que não ousem ir atrás dele sem mim. Eu já estou chegando. — Certo, mas também vou acionar um helicóptero da clínica, com maca, para caso o Angelo esteja machucado. — Você acha que...? — Não vamos pensar no pior. Quando cheguei na casa do Don, já tinha novas notícias. — Aurora, a torre nos informou que não sabem o paradeiro do helicóptero e que perderam o contato com o piloto — o Enrico falou enquanto andamos até o helicóptero que já estava na área externa da sua casa. — Desde quando? — perguntei. O Sr. Federico e o Maxim já estavam no helicóptero. — Eles disseram que o piloto levantou voo de madrugada e que ainda estava clareando quando tiveram o último contato. Desde então estão fazendo buscas na região — o Don informou. — E que horas eles iam nos contar? — perguntei. — Fiz a mesma pergunta — o Sr. Federico falou. — Agora não adianta debater, vamos nos concentrar em achar o Angelo — o Maxim opinou. — Depois cobraremos os responsáveis pela falta de contato. Eu podia ver o desespero no semblante do Enrico. — Você está me escondendo alguma coisa, Enrico? — perguntei. — Oi... Hã... Não. Eu sei o mesmo que você. É que por volta das 4:00 horas da manhã eu me acordei em um sobressalto, e desde então estou angustiado. — Estou me sentindo assim desde que o Angelo saiu ontem à noite — comentei. — Eu não dei a devida importância porque eu sempre fico muito preocupada quando ele sai para essas missões. Nós chegamos a Floresta, a comuna de Messina onde a Serena falou que o Angelo estava, e começamos as buscas. O local é uma área de trilha, mas tem muitas áreas de difícil acesso. O Maxim estava o tempo inteiro em contato com a Serena, que ia nos guiando. Não demorou para encontramos o helicóptero, ou os destroços dele. Dentro, ainda preso pelo cinto, estava o piloto, infelizmente, já sem vida. Minhas pernas chegaram a ficar bambas, e o pesar estava evidente nos olhos de todos os outros. O Sr. Federico, vendo o meu estado, me segurou pelo braço. — Ele está vivo. Eu sei que está — ele falou com tanta confiança, que eu me agarrei a sua esperança. Nós concentramos as buscas por ali. Já que o rastreador do Angelo não se movia, existia uma grande probabilidade dele estar desacordado. O helicóptero com o médico e enfermeiros da clínica já havia pousado próximo a nós. — Achei — o Maxim gritou e todos nós corremos até ele. O Angelo estava caído no chão, entre umas árvores e um mato crescido. — Angelo... — minha voz saiu trêmula. O Maxim se abaixou para verificar a sua pulsação, e o pavor se apossou de mim. Como havia prometido a vocês, vamos à nossa primeira mini maratona. Por favor, comentem muito. (⁠◍⁠•⁠ᴗ⁠•⁠◍⁠)⁠❤ Capítulo 1/3
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD