Fênix II - Ricardo

Capítulo 57

Estela acorda quando Ricardo a pega no colo para descerem do jato, ela havia dormido a maior parte do caminho, se lembrava vagamente de sentir Ricardo a puxando para ele quando ela adormeceu, graças a cama que tinha ela pode descansar adequadamente.

_ Ricardo.- diz com a voz sonolenta.

_ Durma querida, mais alguns minutos e estaremos em casa. - Ricardo pega alguns comprimidos e dá a ela com um copo de água assim que entram no carro, ele não queria que ela sentisse dor durante o trajeto.

O cheiro da pele de Estela domina os sentidos de Ricardo, o fato dela ter dormido toda a viagem agarrada a ele apenas contribuía para que aquele cheiro maravilhoso de flores permanecesse marcado na sua pele, como se Estela estivesse o marcando como dela.

Se apaixonar não era o plano de Ricardo, mas ele também nunca havia desejado um casamento de fachada apenas para impressionar a alta sociedade, e enquanto segurava Estela nos seus braços ele percebia que ela seria aquela que faria o seu coração disparar, aquela que tornaria cada dia da sua vida incrível. Só de sentir o cheiro de Estela o corpo de Ricardo se arrepiava, lhe dava prazer cuidar dela, a proteger de forma que ele sabia que nenhum outro faria.

Chegando a sua casa ele entra com cuidado e abre a porta antes de voltar até o carro e pegar Estela nos seus braços, ela resmunga esfregando o rosto no seu peito, Ricardo sorri pensando que ela parecia um gato manhoso nos seus braços, após acomodá-la ele busca as bagagens e vai tomar um banho, ele sentia-se esgotado, mas estava feliz.

Ricardo desaba sobre a cama macia puxando Estela para seus braços, ele nunca havia pensado que gostaria tanto daquele tipo de contato, mas depois que experimentou o que era acordar ao lado dela seu corpo não desejava outra coisa. Dando um beijo delicado nos seus lábios adormecidos, Ricardo se permite vagar para o mundo dos sonhos.

Um toque suave se espalhava pelo rosto de Ricardo, ele podia sentir dedos trêmulos contornando a suas sobrancelhas e descendo por seu nariz, aquele contato era bom, ele gostava. Lentamente ele abre os olhos no momento em que aqueles dedos traçavam os seus lábios. Ele percebe o olhar de surpresa de Estela quando encara os olhos de Ricardo, ele sorri ao perceber o constrangimento dela.

_ Me observando dormir? - pergunta ele com uma voz rouca fazendo o corpo de Estela se arrepiar.

_ Você fica tão tranquilo quando dorme. - diz ela com as bochechas coradas.

_ Isso é por que sei que a minha linda esposa está ao meu lado. - as mãos dele acariciam o seu delicado rosto.

Estela sempre o descontrolava, Ricardo desejava ir mais devagar com ela, mas sempre que estavam juntos era como se uma chama ardente se acendesse no seu interior, fazendo o seu desejo pela pequena mulher nos seus braços crescer a ponto de ser doloroso.

Ricardo a desejava como nunca, ele queria saber qual era sensação dos seus corpos colados, qual era seu gosto, e os sons que ela faria quando alcançasse o ápice do prazer. Aquele mero pensamento o fazia ficar duro, Estela era sua perdição, uma tentação que havia surgido para tirar sua paz e sanidade, e ele entendia que enlouqueceria se não a provasse.

Lentamente ele se inclina sobre ela, a sua mão nunca deixando o seu rosto, os olhos de Estela não estavam assustados como antes, naquele momento eles possuíam um brilho diferente, que fazia com que Ricardo alcançasse os seus lábios tentadores, ele geme com a textura dos seus lábios, a sua língua os contornando apreciando a maciez, o beijo de Ricardo era delicado e lento, ele queria que ela soubesse que poderia parar a qualquer momento, que ela tinha controle sobre o que estava acontecendo, então foi com surpresa que ele sentiu as mãos de Estela envolver o seu rosto o puxando mais para ela, a sua pequena língua encontra a dele e naquele momento a sua delicadeza foi para o espaço, ele queria senti-la de forma profunda e que nenhum homem jamais sentiu.

Agora o beijo de Ricardo era voraz, cheia de desejo e paixão, a sua língua mergulhando fundo na boca cálida de Estela extraindo a sua doçura como se dependesse daquilo para viver, ele só para quando a pressiona contra a cama e a ouve gemer, mas não era de prazer e sim de dor, ao se afastar Ricardo vê o seu rosto pálido.

_ Eu a machuquei? - pergunta preocupado tateando o corpo dela.

_ Minhas costelas. - responde ela puxando uma grande lufada de ar, quando a dor diminui ela dá um sorriso triste para Ricardo. - Desculpe.

_ Eu é que tenho que me desculpar, gosto tanto de beijá-la que me esqueci dos seus ferimentos. - diz ele passando a mão pelos cabelos, Estela puxa a sua mão a segurando.

_ Também gosto de beijá-lo. - diz ela desviando o seu olhar do dele. Antes de viajar ela havia tido uma longa conversa com as suas cunhadas, e elas havia-a estimulado a dar uma oportunidade a sua felicidade, o que incluía dar uma chance a Ricardo, o que não seria difícil já que ele sempre a tinha tratado com carinho. Ele agora era sua família, era para onde ela correria sempre que precisasse, e acima de tudo ela estava se apaixonando a cada dia mais por ele, por seu jeito de cuidar dela e carinho por sua família, Ricardo era uma joia rara que mostrava mais o seu brilho para ela a cada dia.

_ Não sabe o quanto fico feliz em ouvir isso. - diz ele dando um beijo na sua testa, Estela ri. - Esse é o som mais lindo que já ouvi.

_ Está ficando galante. - diz ela.

_ Deve ser influência de Aurélio. - diz Ricardo sorrindo para ela ao se lembrar das cantadas de Aurélio.

Ele se levanta e arruma as coisas no banheiro para Estela tomar um bom banho, depois que ele coloco um banquinho debaixo do chuveiro ele vai até a cama e pega Estela no seu colo e a coloca no banquinho.

_ Aqui tem tudo do que você precisa, quando precisar de mim basta me gritar. - diz ele saindo do banheiro e encostando a porta, ele tinha um bom plano para passarem o dia e esperava que Estela gostasse.