CAPÍTULO 6
MANUELLA
—Vai sonhando seu bruto—eu digo assim que ele se afasta de mim, o meu corpo parecia estar em chamas, o cheiro dele me invadia, a voz dele me deixava louca, e por um segundo, apenas por um segundo eu quis que ele me beijasse ali mesmo, me segurando naquela parede, os meus pulsos ainda sentiam o aperto forte das suas mãos, e a minha pele ainda estava arrepiada pelo roçar da barba no meu pescoço, esse homem me levaria a loucura.
Assim que ele sai, tomo uma água e tento acalmar todas essas emoções dentro de mim, retiro Segredo da baía, ele já estava com a sela, resolvi cavalgar um pouco com ele, já que essa era a nossa nova vida, quanto mais rápido ele se acostumar com os outros animais seria melhor para ele.
Vejo quando aquele brutamontes coloca as malas na caminhonete branca, e quando a mãe dele entra no carro, acompanho até a saída do haras e quando ela me vê pede para José parar.
—A senhora vai viajar?—inquiro.
—Sim filha, vou passar uns dias com a minha irmã na capital, agora que a casa tem uma nova dona, não preciso me preocupar, sei que apesar das diferenças de vocês, hora ou outra irão se entender—ela diz.
—Duvido muito—digo.
—Ele não é uma pessoa r**m, Manu—ela diz.
—Não acho que ele seja, mas é ignorante e bruto demais e me da raiva—digo.
—Você lida com cavalos menina, pode domar ele também, ah eu já ia me esquecendo, não dê ouvidos ao que a Fernanda diz, ela sempre quis estar na cama dele, e nunca conseguiu, mostre a ela quem você é, a verdadeira dona da casa e dele—ela diz e José coloca o carro em movimento.
Então aquela garota queria mesmo era ele.
Assim que o carro desaparece pela estrada de terra, eu volto até a entrada na grande casa, ele está em pé próximo aos outros peões, e me olha com semblante irritado.
—Não sabia que a sua mãe ia viajar—digo.
—Ela tem a vida dela—ele diz.
Respirei fundo para não dar uma resposta atravessada para ele.
—Fui ver a Pandora, ela está bem e o potro também—digo.
—Eu sei, fui vê-la cedo—ele diz.
—Você trata melhor a égua do que a mim—digo.
—É por que ela não me enche o saco—ele diz.
—Grosso!—digo e ele ri olhando para os lados se certificando de que não há ninguém perto.
—Em breve você saberá o quanto—ele diz e sinto o meu rosto queimar.
Saio galopando para longe dele, ele me irritava demais.
Estava há alguns minutos sentada no pasto olhando os animais, quando ouvi a voz de Fernanda atrás de mim.
—O Pedro mandou te chamar—ela diz.
Olho para trás e vejo a garota, ela usava um vestido e botas, ela não era feia, era uma típica garota do interior.
—Qual é o seu problema comigo?—inquiro me levantando.
—Nenhum—ela diz.
—Engraçado, eu acho que você tem algum,sempre me olhando de cara feia, se quer saber eu nem queria estar aqui—digo.
—Mas esta—ela diz.
—Sim estou—digo subindo no meu cavalo e voltando para a sede.
Quando chego próximo à casa vejo um carro preto estacionado, e um rapaz conversando com Pedro.Desmonto e me aproximo deles.
—Queria falar comigo?—pergunto.
—Vem—ele diz entrando e eu os sigo.
Ele caminha pelo corredor que dá acesso aos quartos, mas para na primeira porta, que eu já havia visto que era o escritório, ele abre a porta e entramos, o rapaz retira alguns papéis de uma pasta e coloca sobre a mesa.
—O que é isso?—inquiro.
—Documentos matrimoniais—o rapaz que agora percebo ser um advogado diz me olhando.
—Você disse que seria amanhã—digo olhando o brutamontes sentado em uma poltrona tão intimidante quanto ele.
—Mudei de idéia—ele diz.
—Não pode decidir isso sozinho, deveria ter falado comigo—digo.
—Posso e já decidi, assine—ele diz.
—Não vou assinar—digo cruzando os braços, o rapaz me olha assustado, com certeza pensando como ousei desafiar aquele homem.
—Posso voltar amanhã se preferirem—o homem diz com a voz trêmula.
—Não, ela vai assinar agora—Pedro diz me olhando, e aquilo parecia uma ameaça.
—Que diferença faz—digo pegando a caneta e assinando onde constava o meu nome, vejo que o sobrenome dele foi colocado ao meu nome.
—Está tudo certo—o homem diz saindo do cômodo.
—Não quero deixar de usar o meu sobrenome—digo.
—Você é uma Sanchez agora, vai usar o meu sobrenome, afinal era o que aquele verme tanto queria não era? E eu não quero nada do seu pai aqui, nem mesmo o sobrenome—ele diz.
—Não pode me obrigar—digo.
—Posso, eu posso fazer qualquer coisa com você agora, você é minha, minha esposa, minha mulher—ele diz e o tom na sua voz me faz arrepiar.
Saio do escritório correndo, mas ainda o ouço dizer:
—Pode fugir senhora Sanchez, eu vou te pegar.
Corro de volta até onde deixei o meu cavalo amarrado, monto e saio cavalgando pela imensidão de terras, depois de alguns minutos sinto alguns pingos de chuva sobre o meu rosto, olho ao meu redor e estou longe demais da sede, não sei onde estou, a chuva começa a aumentar, e em pouco tempo o céu está escuro, e os raios cortam o céu, avisto uma grande árvore, e mesmo sabendo que não é o local ideal para me abrigar, não há outro qualquer.
Me encolho embaixo da árvore, enquanto os trovões me assustam, Segredo parecia entender que eu estava com medo, pois deitou-se junto a mim, tentando de alguma forma me proteger.
A noite já caia sobre a cidade, e a chuva aumentava cada vez mais, eu avistava a luz do haras ao longe, eu tremia de frio, e não tinha forças nem para levantar.
Os meus olhos estavam quase se fechando quando ouvi a sua voz próxima a mim.
—Estou aqui—ele diz me erguendo nos seus braços.
Abri os meus olhos quando estávamos chegando à sede.
—Segredo—digo.
—Eu pedi para buscarem ele com o trailer—ele diz.
Então abre a porta do carro e me retira nos seus braços.
—Eu posso andar—digo, mas me sinto mole.
—Está com febre, tomou muita chuva—ele diz.
Ele entra comigo nos braços e diz a garota que estava em pé.
—Me arranje analgésicos e faça um chá.
—Sim senhor—ela diz.
Ele sobe as escadas e passa pelo corredor, mas quando chega a porta do meu quarto passa direto, e abre a porta em frente, o quarto parecia com o que eu estava antes, mas esse tinha tons escuros, mesclados de cinza e preto, a madeira nos móveis dava o toque final, os troféus e medalhas no canto do quarto e o cheiro dele impregnado naquele lugar, deixavam claro que aquele era o seu quarto.
Ele me coloca sobre a cama, eu me sentia fraca, vejo que ele vai até o banheiro e volta para o quarto, ouço o barulho da banheira enchendo, uma batida leve na porta e a garota entra.
—Aqui está, senhor—ela diz colocando sobre a mesa.
—Saia—ele diz e ela assim o faz.
Ele se aproxima de mim e eu instintivamente me encolho.
—Não tenha medo, eu vou cuidar de você—ele diz e começa a desabotoar a minha camisa que está encharcada.
Começo a chorar descontroladamente, que hora perfeita para ter uma crise de ansiedade.
—Eu fiz algo errado?—ele inquire preocupado.
—Eu só quero chorar—digo entre lágrimas.
Eu via nos seus olhos que ele estava preocupado comigo, mas eu não conseguia dizer nada.
—Vem comigo—ele diz me erguendo, retira as minhas botas e a minha calça me deixando apenas de calcinha e sutiã, ele caminha comigo até o banheiro e retira a sua própria calça.
—Não precisa se preocupar, não vou fazer nada que você não queira, só vou entrar ali com você—ele diz entrando na banheira e fazendo com que eu me sente na sua frente.
Mesmo em meio a uma crise de ansiedade a beleza do corpo daquele homem, não poderia passar despercebida, senti as suas mãos no meu cabelo.
—Sabe Manu, fomos vítimas do destino, tanto você quanto eu, cabe a nós fazermos disso um fardo ou algo bom, eu não sou perfeito, mas posso tentar melhorar, desde que você também tente, não podemos negar que sentimos desejo um pelo outro, e se soubermos dosar as coisas podemos viver bem, eu sou cheio de defeitos e você também tem alguns—ele diz e eu me viro de frente para ele.
O seu corpo agora molhado parecia ainda mais tentador, o seu cheiro me invadia de tal forma, que eu m*l conseguia raciocinar, e foi só aí que percebi que eu já não chorava mais, eu havia passado por uma crise que costumava durar horas, em poucos minutos, mas por que ele estava comigo, o seu cheiro me acalmava.
—Me beija—digo olhando os seus lábios.
—Manu,não, eu não poderei parar se eu começar—ele diz.
—Não pare—digo me aproximando mais.
—Diaba—ele diz e me puxa para os seus braços, os seus lábios tocam os meus, e o seu beijo assim como ele é bruto, nada delicado, a sua língua me invade, buscando por espaço, os seus braços musculosos me apertam no seu corpo, passo as minhas pernas pela sua cintura e sinto a grande ereção, grande não enorme ereção, aquilo não caberia em mim jamais.
As suas mãos alcançam a minha b***a sob a água, e aquilo me assusta, me levanto e puxo uma toalha.
—Manu, o que houve?—ele inquire.
—Eu não posso, me enrolo na toalha e saio correndo do banheiro, passo pelo quarto e corro em direção ao corredor, tento abrir a porta do meu quarto, mas está trancada, o quarto ao lado da mesma forma, chego a porta do escritório e está aberta, eu entro e procuro algo que eu possa vestir, vejo uma camisa dele na cadeira, tiro a minha lingerie molhada e coloco a camisa, saio descalça pela casa até chegar a cozinha, vejo que o estábulo não está tão longe e a chuva já havia diminuído, ando pela grama e chego ao estábulo, entro e encosto a grande porta, o lugar está em silêncio, caminho devagar, procurando por um lugar em que eu pudesse me esconder até o dia seguinte, encontro uma baia vazia, o feno foi recém trocado, me deito sobre, sinto o cheiro dele na camisa que visto, o meu corpo treme, sinto a minha b****a pulsar, involuntariamente levo os meus dedos até a minha i********e, o lugar está escuro, os raios ainda clareavam o céu trazendo alguma luminosidade para o lugar, e em um desses clarões eu o vi, em pé na porta da baia, olhando enquanto eu me tocava pensando nele.
—Eu te disse que se eu começasse, eu não poderia parar, você me deixou de p*u duro e veio se masturbar aqui—ele diz com a voz rouca, seu peito à mostra, ele vestia apenas uma bermuda.
Olho à minha volta procurando alguma maneira de fugir, mas não havia, a única saída estava sendo preenchida pelo seu corpo.
Ele se aproxima e vejo que tem uma corda na sua mão, eu me levanto e corro para o canto da baia, o que acaba facilitando o seu trabalho.
—Eu disse que quando fosse minha, não poderia mais fugir—ele diz amarrando as minhas mãos acima da minha cabeça em uma madeira me fazendo ficar imóvel, ele abre os botões da camisa calmamente expondo os meus s***s, ele passa os dedos sobre os b***s duros e os aperta, um gemido escapa pelos meus lábios, a chuva volta a cair forte, ele se aproxima do meu pescoço e diz.
—Você me quer também.
As suas mãos passeiam livremente pelo meu corpo, até que sinto quando ele se aproxima da minha i********e, as suas mãos afastam as minhas pernas,e a minha b****a está exposta para o homem ajoelhado na minha frente.
—Vou ver como você está molhada—ele diz e os seus dedos começam a explorar a minha i********e, ele abre com uma mão, enquanto a outra alcança o meu clítoris, ele começa a esfregar forte, eu tento fechar as pernas, mas seus ombros não permitem.
—É assim que você faz, quando está pensando em mim?—ele inquire aumentando os movimentos, sinto que o meu corpo vai explodir, e quando os seus lábios alcançam a minha b****a, não consigo segurar, me sinto jorrar na sua boca, ele levanta uma das minhas pernas e coloca no seu ombro, os seus lábios cada vez mais me invadindo, me sugando, chupando cada pedacinho de mim.
Ele se ergue e captura os meus lábios.
—Sente o seu gosto—ele diz me beijando, ele ergue as minhas pernas me fazendo circular o seu corpo, uma das suas mãos sustenta o meu peso, e a outra desfere uma tapa na minha b***a que me deixa mais louca ainda de t***o.
Eu estava entregue a ele, entregue ao meu carrasco.