Capítulo 4

1222 Words
Eu não consegui parar de pensar no Oliver, eu acho que me apaixonei por ele desde o momento em que o vi naquele hospital. Fiquei tão perdida em pensamentos que estou meio aérea no café da manhã, só torcendo para vê-lo novamente hoje, mas também fiquei curiosa para saber o que aquela mulher era pra ele. Eu estava tão distraída que meu avô quase gritou para chamar minha atenção. — O que está acontecendo com você, princesinha? Você está se cansando muito naquele lugar. — Ele balança a cabeça — Eu já disse que se você quiser eu arrumo uma vaga para você fazer sua residência médica no Metropolitan — Meu avô falou com uma voz tão preocupada que me fez rir. Ele ainda não concorda que eu fique no San Magno. Ele tentou inúmeras vezes me convencer à ir para o Metropolitan, que é um hospital de renome aqui em Seattle, só trabalha com pessoas da classe média alta. É realmente muito avançado em termos de tratamentos e tem os melhores profissionais, mas isso não é pra mim, então, eu só respondo: — Ah, vovô não se preocupe eu estou ótima. Ontem atendemos pacientes de um acidente gravíssimo que teve lá. Vovô, o senhor não tem noção da adrenalina que foi; isso eu só vou sentir lá — Vi que o vovô sorriu ao vê minha empolgação, acho que ele sabe que eu pertenço àquele lugar. Depois de tomar meu café eu novamente sigo para o hospital e novamente levo muito tempo pra chegar lá. Eu procuro uma vaga e quando termino de estacionar saio do meu carro, já pegando minha bolsa. Quando viro para sair vejo ele, é justamente ele, o Oliver me olhando. — Olá! Tudo bem senhor Oliver? — Eu o comprimento estendendo a mão. — Tudo ótimo senhorita Alicia. Nossa, belo carro! — Falou apontando para o meu carro, que é um Audi último modelo, foi presente do meu avô. — Obrigada! É muito bonito sim e é um ótimo carro — Eu falo e dou um sorriso. — Então, porque a senhorita escolheu esse hospital pra fazer residência? Acredito que se você quiser poderia escolher um lugar mais calmo — Ele fala e vai me acompanhando, vamos conversando até o hospital. — Bom, muitas pessoas já me perguntaram isso. Eu sempre quis fazer medicina para fazer a diferença. Eu não quero ser só uma médica com uma clínica própria que atende quem quer, eu quero lidar com pessoas, sabe — Falo e vejo que ele sorri quando ouve minhas palavras, acho que gostou do que ouviu. — Muito interessante. Acho que você será uma ótima profissional — Ele diz essas palavras com tanta certeza, que eu me arrepio ao ouvir. — Como está sua amiga? Espero que esteja bem — Eu pergunto pela saúde da sua amiga, mas queria mesmo era perguntar qual a relação dos dois. — Ela passa bem. Eu estou aqui hoje para tratar da transparência dela para o Metropolitan. É melhor para ela lá — Eu fico triste ao saber que ele está indo embora mas não demonstro isso. — Que bom — Forcei um sorriso — O Metropolitan é realmente um excelente hospital, tem ótimos profissionais lá, sua amiga estará em ótimas mãos — Falo e me despeço dele — Até mais senhor Oliver. — Até, senhorita Alicia. Esse dia foi tranquilo, claro, tranquilo em partes pois aqui sempre temos muitos momentos complicados. Eu realmente gostei muito da Vanda, ela é uma pessoa muito especial, nós estamos nos dando muito bem, já somos amigas; aliás eu, ela e o Brandon estamos sempre juntos. Eu notei que a Débora está muito interessada no Arthur e fica com ciúmes quando ele implica com a Vanda e ele faz isso o tempo todo. — Oi Vanda, já desmaiou alguma vez hoje? — O Arthur fala assim que a Vanda chega na sala de descanso. — Não, eu ainda não vi você e sua cara de i****a. Essa é a única coisa que me assusta — Ela responde e faz uma careta. — Nossa Arthur, porque você diz isso, a Vanda já desmaiou alguma vez? — A Débora se mete na conversa. — É, ela já deu muitos chiliques na Universidade — O Arthur fala e cai na risada vendo a Alicia ficando vermelha. — Nossa que mico! Você tem certeza que quer ser médica, aliás você tem certeza que tem competência para ser médica Vanda? — A Débora não perde a oportunidade de querer humilhar os outros. — Isso é o que vamos descobrir aqui, todos nós. Na faculdade é tudo diferente, o que manda é a prática e isso nenhum de nós tem — A Vanda arrasou na resposta. — Bom pessoal, vamos parar com as farpas e vamos voltar para o trabalho. Ainda temos muito o que fazer — Eu falei para amenizar a situação. — Claro, vamos sim. Vamos testar nossa competência — A Vanda fala irônica e sai deixando o Arthur e a Débora com a cara grande, na verdade só a Débora, porque o Arthur ficou rindo. Eu já notei que tem algo estranho entre a Vanda e o Arthur, sei lá parece que os dois tem sentimentos um pelo outro mas enquanto o sentimento da Vanda é amor o do Arthur é desdém. Eu sinto pela Vanda porque é muito triste gostar de alguém que não gosta de nós. O dia correu bem hoje e não tiveram emergências que nos fizesse ficar até mais tarde, sendo assim fomos embora no horário certo. Quando eu cheguei finalmente em casa, faltava bem pouco para o jantar e pra minha tristeza minha mãe estava em casa, o que deixa o ar muito pesado pelo menos pra mim. Eu me acostumei tanto com o desamor dela que agora sinto m*l ao conviver no mesmo ambiente com ela, mas pelo meu avô nós evitamos atritos durante as refeições e assim foi. — Então, como foi o dia das minhas princesas? — Meu avô falou depois de longos e longos minutos de um silêncio sepulcral. — Foi bom — Respondemos em uníssono. — Que bom, assim vocês duas podem melhorar essas caras. Estamos sentados à mesa com uma refeição maravilhosa, então um sorriso seria bom — Meu avô sempre odiou o jeito como eu e minha nos damos. — Claro, desculpe vovô. Meu dia hoje foi mais tranquilo, nós aprendemos muitas coisas novas e eu arrumei uma amiga, ela é muito legal — Falei muito animada. — Que bom, fico muito feliz por você. Traga sua amiga aqui qualquer dia — Meu avô falou e olhou para minha mãe, que continuou comendo sem prestar atenção em nós — e você como foi o seu dia, Anabel? — Normal, nada de novo. — Ela como sempre resondeu seca. Nenhuma emoção naquele rosto frio. Assim terminou nosso "maravilhoso" jantar em família. No outro dia se repetiu tudo igual hospital, casa , casa. hospital e assim se seguiu por uma semana, até finalmente chegar minha folga, claro folga da Vanda também e nós marcamos pra sair. Faz anos que não sei o que é diversão e a Vanda também não. Seguimos para uma casa de shows muito bem frequentada da cidade, estava tudo maravilhoso, bem eu achei né até que descobri que poderia ficar muito melhor... Continua...
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