Eu e a Vanda estávamos nos divertindo muito e pela primeira vez eu dancei feito louca em uma boate. É uma sensação completamente diferente de tudo que eu já fiz, na verdade eu não fiz nada de interessante na minha vida, até hoje né; é a primeira vez que frequento um lugar assim. Eu vou somente em jantares e sempre é dos sócios do meu avô ou seja música eletrônica é a última coisa que tocaria naquela ocasião. Eu deixo a Vanda na nossa mesa conversando com outros amigos, os amigos dela, que nos acompanharam e vou ao banheiro. Eu estou seguindo distraída quando dou um esbarrão em alguém, eu sempre estou esbarrando nas pessoas, sou muito lerda.
— Ah, me desculpa, eu não vi você — Falei sem olhar pra pessoa.
— Tudo bem. Sem problemas doutora — Ele responde com aquela voz que arrepia cada pêlo do meu corpo.
— Nossa, que surpresa senhor Oliver — Falo com o meu melhor sorriso. Amei esse encontro.
— Uma surpresa boa, espero. — Fala com um sorriso — Pode me chamar de Oliver, já que não sou muito mais velho que você — Ele dá um sorriso que o deixa ainda mais bonito.
— Claro, Oliver — Falo lentamente seu nome — Você também pode me chamar de Alicia.
— Fechado! Você está com seu namorado? — Ele faz a pergunta, muito direto e eu já faço minhas suposições, claro, só pra mim.
— Não. Estou com minha amiga, eu não tenho namorado — Respondi rápido e vejo que sua expressão deu uma leve mudança quando eu disse que não tenho um namorado.
— Então eu convido você e sua amiga pra se sentar comigo no meu camarote. Na verdade estamos eu e alguns amigos — Eu me controlo pra não pular de alegria quando recebo o convite.
— Tudo bem. Só vou ao banheiro e depois chamo minha amiga, claro, se ela quiser — Falo e me afasto depois de me despedi.
Saí andando quase saltitando de alegria, quando volto para a mesa, a Vanda estava também voltando da pista de dança; não espero nem ela se sentar para falar do encontro.
— Você não adivinha quem eu encontrei ali — Falo toda empolgada e puxando ela pra mais perto.
— Não imagino, eu sei quem você encontrou, aliás, eu fiquei até sem ar aqui com aquela proximidade de vocês — Ela pelo jeito está tão empolgada quanto eu, ela sabe dos meus sentimentos por ele.
— Então você viu, mas o que você não sabe, é que ele nos convidou pra ir pro camarote dele. Vamos? — Falo com uma cara de cachorro que caiu da mudança.
— Eu — Ela aponta para si mesma — ir segurar vela? Jamais. Você vai e por favor deixa essa timidez de menina pura de lado, se joga garota! Um deus grego daquele é uma companhia e tanto — Ela é uma boa amiga, faz pouco tempo que nos conhecemos mas parece que somos amigas desde sempre de tanto que ela me conhece.
— Não exagera Vanda, é só um convite por educação. Por mais que eu tenha ficado animada não posso criar falsas esperanças — Falo da boca pra fora porque eu já criei, aliás, o que eu mais tenho esperança.
Nós duas conversamos mais algumas coisas e eu sigo para o camarote. Meu coração está à mil por hora, uma mistura de medo, ansiedade e um sentimento que eu nem sei o que é, pois essa sensação estranha é a primeira vez que sinto. Eu chego na porta e não o vejo, de repente me bate um pânico eu me viro para voltar onde eu estava e novamente dou um esbarrão nele, que me olha com um olhar inexplicável.
— Você nem chegou e já está indo embora — Ele arqueia a sobrancelha — Minha companhia é tão r**m assim? — continua falando e sua voz está um pouco rouca, o que o deixa muito sexy.
— É que.... eu não vi você, então, estava indo. Não quero incomodar — Novamente gaguejo ao falar.
— Você definitivamente não vai incomodar. Pelo contrário, acho que vou gostar muito da sua companhia, já que meus amigos foram embora. Vamos? — Falou e pegou minha mão me guiando até a mesa.
Aquele toque e aquela situação me deixou completamente excitada e essa é uma sensação nova pra mim; comecei a querer muito mais que um simples toque na mão. Quando chegamos à mesa eu me sentei e ele parece que leu minha mente e sentou pertinho de mim. Nós conversamos sobre nossas carreiras e imagina minha surpresa quando ele disse que é ex soldado; se bem que aqueles músculos agora tem uma explicação, ele também é o ceo das indústrias Moretto. Cada nova descoberta me deixa mais interessada nele. Nós conversamos por um bom tempo, até que começa uma música lenta e muito romântica, eu olho pra ele e ele está me encarando com aqueles olhos verdes que parece está enxergando o fundo da minha alma. Ele se aproxima lentamente e quando eu percebo nossas bocas já estão coladas uma na outra. Foi um beijo longo, forte e apaixonado, ele segurou minha nuca com uma mão e a outra apertou minha cintura, eu não lembro nem como paramos aquele beijo de tão excitada e entregue àquele momento, eu estava nas nuvens.
— Desculpe, eu não consegui resistir — Ele falou enquanto recuperava o ar.
— Tudo.... É, está tudo bem. Não tem nada demais, foi bom — Eu estava com minha mente tão perturbada que assumi que gostei sem nem perceber.
— Bom, se você gostou podemos repetir — Ele falou e me beijou novamente só que dessa vez mais forte e dominante.
Suas mãos percorreram o meu corpo e eu me perdi totalmente. Estava tudo maravilhoso e se não estivéssemos em um local público tínhamos passado dos beijos. Esse homem é muito gostoso.
— O que acha de ir pra minha casa? A gente pode continuar lá — Falou com a voz provocante enquanto acariciava minha cabeça. Como eu queria aceitar esse convite.
— Não. Não posso fazer isso, nós nem nos conhecemos. Quero dizer, você não me conhece — Eu me apltrapalhei um pouco para responder, eu queria muito, mas era cedo demais.
— Tudo bem. Nós temos tempo pra isso, muito tempo — Ele sorriu e eu tive que buscar forças no fundo da alma para resisti a vontade de ir até a casa dele.
Essa com certeza foi a noite mais incrível da minha vida. Foi uma sensação maravilhosa está com ele, beijar ele; a verdade é que tudo que eu sentia, agora está milhões de vezes mais forte, a Alicia finalmente se apaixonou e por um homem maravilhosamente perfeito.
Continua...