Capítulo 17- Jessica

2511 Words
Jessica da Silva Fomos até o carro em silêncio, eu fiquei assim o caminho todo, procurando as palavras certas, assim que voltamos para minha casa, olhei para o desenho que ela fez para ele e lembrei das suas palavras, meu pai, olhei para o Otávio, que estava me olhando, como se estivesse analisando o terreno. — Otávio, nos precisamos conversar, mas por favor me escuta primeiro, eu quero que você me entenda, entenda a minha visão e outra coisa o que eu vou falar para você, você tem que me prometer que morre aqui. — Eu falei supliquei com o olhar. — Eu prometo Jessica — Ele falou e o convidei para sentar no sofá junto comigo. — Você me perguntou pelo pai da Belinha, mas eu preciso te contar tudo, eu não suportaria se você me olhasse ou me tratasse como uma vagabunda, eu sempre tentei ser forte e disse que não ligava para o que as pessoas falavam, mas desde os meus 14 anos eu escuto que sou uma p*****a e eu preciso que você entenda toda a história para entender o que me levou a não saber quem é o pai da Isabela. — Não precisa, se te machuca não precisa me falar nada. — Ele falou com carinho. — E saiba que eu nunca vou te ver assim. — A questão é que quero te falar toda a verdade, conta a minha história — Falei para ele indo até o meu quarto e peguei uma caixinha me sentei na cama e ele se sentou do meu lado. — Eu sempre quis fazer moda e estudar em Paris era o meu maior sonho sabe, e no meu aniversário de 18 anos o meu pai me procurou, veio a princípio me pedi perdão, ele descobriu que não podia ter mais filhos e estava arrependido por ter me rejeitado, eu não vou mentir para você, eu fiquei feliz por não está mais sozinha no mundo, porque mesmo eu tendo meus avós eu me sentia sozinha eles sempre me cobraram muito, para cuidar das minhas irmãs a minha as vó me tratava como se eu fosse uma vagabunda, eu as vezes via ela fofocando das vizinhas ao meu respeito. — Ele me observava com um olhar como se me entendesse. Peguei uma foto minha com a Beck no colo e os meus avós e pela cara dela na foto dava para entender o que eu estava falando. — Eu comecei a ajudar na padaria desde muito nova e ainda tinha que cuidar da casa e tinha a Beck, e o meu pai quando pareceu na minha vida cuidava de mim de verdade, ele me colocou em um curso de francês e me ajudava a praticar, com ele era tudo fácil eu me sentia feliz, ele fez tudo para mim entrar na universidade em Paris, era um sonho se tornando realidade, mas depois deu está lá a dois anos eu já estava com 22 anos ele me convenceu a princípio a ser sua doadora de óvulos se não eu preferia todo seu apoio, mas como não estava dando certo ele tinha me pedido para ser a sua barriga de aluguel, o meu namorado na época o Pool não ficou muito contente principalmente porque nós não podíamos ter relações até ter dado tudo certo... — Então, espera a Belinha foi gerada assim? — Não, como eu fui a melhor aula do semestre eu iria poder abrir o desfile dos formandos, e eu estava tão feliz era o início do meu sonho, e Pool queria comemorar até tinha reservado um quarto neste hotel, mas eu insiste que não podia eu tinha começado o tratamento a um mês e não fazíamos nada desde então, como ele estava demorando a chegar, eu fui até a casa dele e assim que entrei notei algo estranho e quando cheguei no quarto peguei ele transando com uma mulher que eu considerava minha melhor amiga, eu fiquei sem chão sem rumo eu não esperava aquilo dele, e para pior tinha esquecido a minha carteira então fui andando para o evento e por sorte para não falar outra coisa perde o meu próprio desfile, e resolvi ir beber coisa que eu nem podia por conta dos remédios, mas naquele dia eu não estava nem aí só bebi e tinha um homem do meu lado que estava me acompanhando começou a tocar uma música que eu gostava chamei ele para dança, e daí fomos para um quarto acabamos transando e bom nenhum momento nos tiramos as nossas máscaras, ele até quis tirar porém quando ele falou nas máscaras eu me dei conta do que eu estava fazendo e como eu nunca tinha feito nada parecido estava com uma certa vergonha. — Falei e o Otavio estava pálido, e parecia bem pensativo. — Otavio você está bem? — O mascarado é o pai da Isabela? — Ele me perguntou — Sim, ele é o pai da minha filha, mas eu não sei o nome dele, ou até mesmo o rosto, a única coisa que eu lembro é que ele tem um sinal e com certeza é de nascença que parece a letra B. — Por que você acha que é uma marca de nascença? — Ele perguntou. — Porque a Isabela também tem, se você não notou a minha filha não se parece em nada comigo... — Ela tem o mesmo sorriso e as mesmas covinhas lindas — Ele falou alisando minha mão com carinho — Ela é o meu tudo, e me dói tanto ver ela pedindo um pai, mas sei que é normal ela quer ser normal, e todos os amiguinhos dela tem pai e ela não, ela é só uma menininha que não tem culpa das minhas escolhas — Ela falou com lágrimas nós olhos. — Jéssica — o Otavio falou e só aí notei que ele não estava muito bem. — Desculpa eu não queria joga o peso das minhas feridas... — Jéssica o evento que você conheceu o mascarado, foi no dia 15 de dezembro? — Como você sabe? — Perguntei a ele e minha cabeça estava um grande quebra-cabeça. — Você estava usando um vestido vermelho cumprido, com um decote nas costas e uma pequena a******a na perna. — Como você sabe disso Otávio? — Perguntei, com receio da sua resposta e ele. — O seu coração rosa no seu peito também é marca de nascença? — Quando ele perguntou meu coração gelou o Otávio nunca me viu pelada como ele sabe do seu sinal de nascença. — Otávio... — Jéssica, o rapaz que você ficou nesta festa era este cara — Ele perguntou mostrando foto do mascarado, tentei forçar minha memória a única coisa que me lembro, direito, mas me continuei olhando firme para o olhar e flashes de noite vieram na minha mente. — Sim — Falei olhando bem no fundo dos olhos dele e era ele. — É você — Falei quase em um sussurro. — Te achei — Ele falou me puxando para um beijo e logo o retribuir, eu não acredito que é ele, sempre foi ele. — Eu acredito que o destino que nós juntou... — Nos tivemos uma filha — Ele falou com lágrimas nos olhos me abraçando. — Desculpa... — Ela é minha filha, eu sabia que eu já te conhecia, eu te procurei no outro dia, mas eu não sabia o seu nome, e depois tive que ir para Inglaterra... — Eu achei que eu nunca mais fosse te ver, eu acho que agora entendo este amor todo que vejo você tendo pela Belinha e ela por você... — Independe do sangue, eu amo ela, algo em mim já falava que ela era minha filha, nossa eu sou pai, mas não vou mentir para você eu já desconfiava disso desde a festa e do sapatinho eu te achei muito família e depois o beijo — Ele falou todo feliz me abraçando bem apertado. — Mas Jessica você vai deixar né eu ser o pai dela... — Eu não posso impedir isso, mas você deveria fazer um teste de DNA — Falei e ele foi fazendo que não com a cabeça me apertando mais ainda. — Jessica, eu amo a Belinha, eu faria qualquer coisa no mundo para defender está garotinha, ela me faz querer ser uma pessoa melhor, e ela me escolheu para ser o pai dela, mesmo sem saber que eu sou o pai dela, eu não preciso de um teste eu tava lá quando fizemos ela e me perdoa falar isso, mas foi a melhor transa da minha vida eu nunca esquece você. — Ele falou se levantando e logo em seguida se ajoelhado na minha frente. — Otávio o que você vai fazer? — Perguntei e ele sorriu. — Jéssica, eu quero ter direto e deveres, eu quero ser o pai que ela merece, deixa eu registra nossa filha — Ele pediu e não sei é tão bom ouvi isso parece até que estou em um sonho. — Eu não posso negar isso a ela, ela quer muito ter um pai, mas você tem que me prometer pela sua vida que não vai machuca-la que independente de nos dois, ela sempre vai vim em primeiro lugar — Falei e ele olhou nós fundo dos meus olhos, eu ainda não acreditava que ele era o cara que sonhei tantas noites, sempre foi ele eu sou apaixonada a mais de cinco anos por ele. -Eu prometo Jessica, e você está me dando o melhor presente de todos você sabe disso — Ele falou se levantando e me abraçando. – Eu sou o homem mais feliz deste mundo, eu sou pai, eu tenho uma filha ele falou me tirando do chão. — Me coloca no chão, Otávio – Ele me colocou e eu sorri. — Você tem certeza que quer assumir a paternidade dela, isso não é nenhuma brincadeira Otávio, isso é sério? — Perguntei, já que eu tenho uma péssima experiência. — Sim eu tenho certeza absoluta, eu sou o pai dela, está é minha responsabilidade e não se preocupe que não vou machucar a nossa filha, ela as vezes vai me odiar principalmente se ela arranjar um namoradinho... — Ele falou — Meu Deus Otávio, ela é só uma menininha nem tem cinco anos... — Eu sei, eu estou muito feliz, eu sabia quando te vi aquele dia que você é o grande amor da minha vida, a mascarada com cabelos tão escuros quanto carvão, eu te procurei tanto na multidão e a verdade é que eu nunca esquece de você, eu não sei explicar, mas eu sentir algo especial aquele dia, e só voltei a sentir isso quando te vi novamente, ainda bem que você perdeu o seu sapato... Eu o calei com um beijo, um beijo urgente, ele com certeza é o melhor pai que eu podia querer dá para a minha filha, como eu não notei antes que ele era o meu príncipe mascarado Eu o joguei para cama e voltamos a nós beijar eu estava com tanta saudades dele.. — Mamãe — a Beck falou entrando no quarto e nos dois nós levantamos em um pulo. — Desculpa, eu não queria atrapalha... — Jessica eu posso comer um fatia do bolo agora não deu tempo de tomar café — Ele falou e eu rir. — Posso né obrigado, vou te esperar na cozinha. — Ele falou saindo do quarto. — Desculpa mesmo mamãe eu achei que o Otávio já tinha ido não vi o carro dele — Ela falou meio sem jeito. — Tudo bem minha bonequinha, mas você quer o que? — Eu preciso de moedas... — Certo — Falei pegando as moedas e entrei a ela e fomos juntas até a sala de janta e o Otávio estava lá sentado. — Tchau Otávio, e desculpa... — Tudo bem nós só estavamos conversando, a sua mãe no fundo me ama, mas se faz de difícil — Ele falou e eu rir. — Para com isso Otávio, e vem logo, porque se não eu não vou te dar bolo — Falei e ele veio atrás. — Certo, mas depois de tornarmos café, vamos no cartório, antes que você desista — Ele falou se sentando e cortando uma fatia de bolo. — Vocês vão fazer o que no cartório? —A Beck falou com os olhos espantados. — Vamos resolver um probleminha, não se preocupe... — Certo então te amo mamãe, depois quero saber a história completa... — Aí ai, não se preocupem depois conversamos — Falei e ela desceu — E para o seu governo eu não posso desistir, você é o pai da minha filha, por lei eu não posso impedir isso, e eu sei que você sabe disso e sei também que você ama ela, e ela te ama, ela vai ficar muito felizes ela ficava muito triste por ser a única sem pai... — Ela não é mais, não sou o melhor de todos nem sei o que estou fazendo, mas ela é o que tenho de especial e não vou mentir para você desde o dia peguei ela nos braços eu sabia que tinha que dar o meu melhor por ela. — Você até que manda bem, melhor que muitos pais por aí — Falei e ele sorriu um sorriso bobo. — E para ser sincera, nenhum pai sabe o que fazer, as crianças não vem com manual de informações... — Você até que manda bem, melhor que muitos pais por aí — Falei e ele sorriu um sorriso bobo. — E para ser sincera, nenhum pai sabe o que fazer, as crianças não vem com manual de informações... — Obrigado, sério é muito bom ouvir que estou no caminho certo, mas vamos para a próxima pauta da nossa conversa. — Ele falou e me lembrei de um assunto que ficou martelando. — Eu quero saber do par de s***s bonitos, não é assim que você chamou , aquela ... — Já te falei tudo sobre ela, e eu só tenho olhos para você, sério, e os seus são mais bonitos, eu lembro deles - Ele falou e sei que estou vermelha — As vezes eu sonhava com aqueles s***s com um coração... — Só queria ver a sua cara pessoalmente, está tudo certo, afinal eu não sou nada sua... — Você é a mãe da minha filha, e isso até eu morrer você vai continuar sendo, e se você me desse uma chance seria minha namorada, ou até mesmo minha esposa. — Chance eu já dei, você que não me pediu em namoro — Falei e ele sorrir — Vou lavar os pratos para irmos no cartório, vai pegar a certidão de nascimento da nossa filha — Ele falou e parei ali. — Para tudo Otavio Bittencourt, sabe lavar pratos — Falei de boca aberta e ele começou a rir indo lavar a louça e fui pega a certidão da Belinha, isso não tem mais volta, mas sei que ele vai ser um bom pai para ela.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD