Jessica da Silva
Assim que desliguei a ligação com o Otávio, eu saí do quarto, fui na cozinha peguei um copo com água e me sentei no sofá, fiquei ali pensando na Isabela e no que fazer.
Eu gosto do Otávio? ou eu só quero dar um pai para minha filha? fico ali naquela escuridão, me permito chorar um pouquinho, limpo meu rosto quando escuto passos.
— Mamãe, você ainda está acordada?
— a Beck perguntou.
— Sim, e você não deveria está dormindo?
— Perguntei, mas logo notei que a cara dela não estava muito boa.
— Vem cá com a mamãe
— Falei batendo no sofá e assim que ela sentou coloquei sua cabeça no meu colo.
— O que aconteceu minha bonequinha?
— Perguntei e ela ficou calada por um tempo.
— Como você fez na época da escola, quando todos te perturbavam por achar que você era minha mãe?
— Ela perguntou meio triste.
— Eu não ligava para o que falavam, mas o que está acontecendo minha bonequinha? Você ultimamente quase não fala comigo.
— Eu só não quero te trazer mais problemas
— Ela falou meio triste.
— Você não me trás problemas, pelo. Contrário, mas agora me conta o que está acontecendo? você me contava tudo, eu sei que adolescência é difícil...
— Espalharam um boato pela escola, começaram a inventar varias mentiras sobre mim, e eu não sei o que fazer
— Ela falou se encolhendo e eu a abracei mais ainda.
— O que eles estão falando de você minha bonequinha?
— Bom que eu sou fruto de um estrupo, tem uns que falam que eu sou resto de aborto e o Murilo espalhou para a escola que eu tenho AIDS, porque eu não quis beijar ele, e para ser sincera, eu quero sair desta escola, por favor Mãe, eu sei que estamos no meio do ano, mas eu não tenho nenhum amigo nesta escola, eu falei com o tio Manoel, e ele disse que se você deixasse ele pagaria para mim estudar em uma escola particular, por favor
— Ela pedia com os olhos marejados, e eu abracei mais ainda, eu não gosto muito de aceitar dinheiro dos meus tios, mas para educação é sempre bem vinda.
— Vamos fazer assim, amanhã eu vou falar com o meu padrinho, e vou procurar uma escola, mas você tem que me prometer que sempre vai vim falar comigo, eu sei que nunca vou substituir a nossa mãe, mas para mim você sempre vai ser minha bebezinha, eu te amo muito você minha filha
— Falei e ela me abraço mais apertado.
— Você é a melhor irmã, do mundo sabia, eu tenho sorte de ter uma mãe assim maravilhosa
— Ela falou me dando um beijo na bochecha.
— Vamos para cama que faço cafuné até você dormir minha bonequinha
— Falei e ela foi até o quarto e deitou na cama fiquei ali por um tempo, ninando ela até ela dormir, deposite um beijinho na testa dela e cobrir a Jack.
Fui para o meu quarto, e fiquei por um tempo vendo a minha princesinha dormindo, ela parece tanto com o Otávio, seria muita loucura se ele fosse o pai dela, mas tenho certeza que ele seria um ótimo pai, ela começou a procurar o meu seio e ela se aconchegou em mim e fiquei sentindo o seu cheirinho e acabei pegando no sono.
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A minha manhã estava a todo o vapor e ainda não eram nem 6 horas, acordei as meninas a Beck me implorou para não ir para a escola e permiti que ela faltasse, arrumei a Belinha para ir para a escola ela estava tão empolgada porque o Otávio vinha, para levar ela para a escola.
— Mamãe o Otávio já está chegando?
- Ela perguntou pela 3 vez e dei a mesma resposta.
— Eu não sei meu amor.
Quando eu me calei a campainha tocou e a Belinha, saiu correndo para abrir a porta.
— Otavio
— Ouvir ela gritar e ele já a pegou no colo e entrou.
— Eu estava com muita saudade
— Ela falou o abraçando apertado.
— Eu também estava com saudades das minhas garotas.
— Ele falou vindo até mim e me beijou, eu retribui amo os beijos dele e já que estou na chuva porque não me molhar.
— Bom dia Beck, olha o que eu trouxe para as minhas garotas
— Ele falou dando um barra de chocolate da Master cacau para mim, para a Belinha e para a Beck
— Obrigada
— nós falamos ao mesmo tempo.
— Não foi nada, e você Beck, também quer uma carona?
— Ele perguntou para ela sorrindo.
— Não precisa Otávio, hoje eu não vou para o colégio, e sabe de uma coisa já que eu sei que vocês tem muita coisa para conversar, eu vou ajudar o vovô na padaria, pode ser mãe aí você aproveita para namorar um pouco
— Ela falou saindo e cumprimentou o Otavio que sorriu empolgado.
— Obrigada filha, mas eu preciso resolver muita coisa hoje e nos vamos conversar
— Falei para ele.
— Otávio já tomou café? A mamãe fez bolo de laranja, quer?
— a Belinha falou sorrindo
— Quero sim minha princesa
— Ele falou se sentando e colocando a Belinha no chão.
— Eu vou pegar minha mochila
— Ela falou saindo.
— Bom dia
— Falei e ele sorriu
— Bom dia, nem falei direito com você
— Ele falou me puxando para o colo dele.
— Eu estava com muita saudade, não me chame de louco, mas eu estava louco para sentir teu cheiro, te beijar ver os seus lindos olhos castanhos, você tem olhos tão divinos, sério seu olhar me provocar muito
— Ele falou me puxando para um beijo, nossas línguas estavam em um dança, eu amo o seu gosto.
— É melhor você parar com isso, antes que uma certa pessoinha volte
— Falei me afastando dele que sorriu.
— Otávio, fecha os olhos
— a Belinha falou vindo e saí às pressas do colo dele, e ele obedeceu o que ela pediu, ela colocou o desenho na sua frente.
— Pode abrir
— Ela falou e ele se abaixou para pegar.
— O seu presente, gostou?
— Ela perguntou sorrindo e ele pegou o desenho com muito cuidado pode ver a emoção no seu olhar, ele abraço ela.
— Otávio, fecha os olhos
— a Belinha falou vindo e saí às pressas do colo dele, e ele obedeceu o que ela pediu, ela colocou o desenho na sua frente.
— Pode abrir
— Ela falou e ele se abaixou para pegar. — O seu presente, gostou?
— Ela perguntou sorrindo e ele pegou o desenho com muito cuidado pode ver a emoção no seu olhar, ele abraço ela.
— Claro que eu gostei vou colocar em uma moldura, você é muito talentosa, este é o presente mais especial que já ganhei vou guardar no meu coração para sempre
— Ele falou com lágrimas nos olhos.
— Otávio acho melhor nos irmos, quando volta você come o bolo, se não está princesinha vai chegar atrasada na escola
— Falei e ela pegou ela no colo.
— Vou deixar o meu presente aqui, quando eu volta eu pego, certo minha princesa, vamos minha rainha?
— Ele falou olhando para mim, peguei a mochila e a lancheira da Belinha para irmos até o colégio, ele foi todo um cavalheiro, abriu a porta do carro e fiquei ali só assistindo os dois ele estacionou o carro e tirou ela, entramos junto com ela, que queria mostrar tudo para o Otávio, a sala dela, onde ela sentava, a professora, ela estava com o sorriso tão lindo os seus olhinhos brilhando, e ele prestava atenção em tudo, ela foi com ele até o parquinho e ele pegou ela no colo eu estou um pouco distante, mas pode ouvir o que a Belinha falou.
— Gente olha quem veio me trazer hoje para a escola
— Ela falou com um sorriso lindo
— O meu pai veio me trazer, viu que eu também tenho um
— Ela falou animada, mas as suas palavras eram como facas entrando em mim.
— Olá, tudo bem crianças?
— o Otávio falou sorrindo, todo orgulhoso.
— Oi pai da Belinha
— Todos falaram juntos.
— Você é mesmo pai da Belinha?
—Uma menina perguntou com a sobrancelha levantada.
— Sim eu sou o pai da Isabela
— o Otávio respondeu sorrindo.
— É claro que ele é o meu pai, Débora
— a Belinha falou.
— Você estava na onde este tempo todo?
— outra menina perguntou
— E por que você só apareceu agora?
— Você tem quantos anos?
Começaram a vim muita pergunta e eu fui me aproximando para tirar ele dali, mas ele me surpreende com a paciência com as crianças.
— Sabe crianças, nós adultos somos muito complicados, e infelizmente, eu não pude está com a minha filha desde o dia que ela nasceu, más agora eu não vou para lugar nenhum, né filha
— Ele falou e a Belinha o abraçou com força, eu podia ver os sentimentos que os dois tinham e queria muito que ele fosse o pai dela, ela merecia um pai assim.
— Otávio, vamos que a aula já vai começar
— Falei e ele colocou ela no chão.
— Sua mãe tem razão minha princesa.
.— Ele falou sorrindo e beijando a testa dela.
— Tá bom, mas vocês, podem vim me buscar os dois?
— Ela perguntou
— Vamos ver, tenha um ótimo dia
— Falei beijando sua testa, e ela me abraçou e depois abraçou o Otávio.
— Tchau papai, tchau mamãe
— Ela falou sorrindo e saiu com os amigos, o Otávio foi fazer o p*******o para o dia dos pais, ele está muito feliz.
Eu podia ver nos olhos dele que ele estava muito feliz de ter ganhado o título de papai, ele estava com um sorriso enorme e tinha lágrimas nos seus olhos.
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Continua...