Capítulo 11- Jéssica

3226 Words
Na manhã seguinte fiz minha rotina de sempre, levei minha filha para escola e vim para a padaria, porém no caminho de volta um vapor do Alemão me entregou um recado. Você está ainda mais linda com este sorriso, bom você avisar para o riquinho ficar longe da minha quebrada e da minha gata se não vocês vão. Meu coração gelou naquele momento. Voltei para padaria e tentei focar no meu trabalho e não pensar muito naquela ameaça não é de hoje que o Alemão tenta algo comigo desde que eu voltei do Pará ele fazia de tudo para ter algo a mais comigo e eu nunca ia ter nada com um criminoso. Estava tão cansada que aproveitei que o movimento tinha diminuído para sentar e abaixar minha cabeça e já estava quase cochilando quando ouvi uma voz que conhecia bem. - Então está é a famosa padaria - Olhei para frente e vi o Otávio sorrindo com aquele sorriso que eu tanto gosto, e por um minuto eu fiquei feliz, mas quando lembrei do bilhete eu sei que o meu sorriso morreu. - Sim, Otávio, mas olhe ela bem porque é a última vez que quero ver você aqui - Falei, e ele pareceu surpreso, mas este seria o melhor para ele, o Alemão é um perigo, e eu gosto do Otávio não quero que nada r**m aconteça, e a avó dele está certa somos de mundos diferentes. - O melhor para nós dois é que nos afastemos - Falei as palavras doíam em mim, mas era necessário. - Isso é uma brincadeira né? - Ele perguntou - Não, isso não é uma brincadeira, acho melhor você ir porque estou trabalhando. - Certo, não vou te incomodar enquanto trabalha, então vou esperar aqui nesta mesa - Ele falou se sentando na minha frente. - Aí eu fico aqui fazendo o que mais gosto de fazer, te admirar - Ele falou e respirei fundo para procurar minha paciência. - Por que você gosta de complicar as coisas? - Perguntei e ele se levantou - O que aconteceu? - Ele perguntou se aproximando. - O que aconteceu, é que parece que sou a única, que se dá conta que isso é um absurdo e não existe um futuro entre nós dois... - Mas eu não estou pensando no futuro, eu quero viver com você um eterno presente - ele falou passando para o outro lado do balcão. - Você sabe o que sua avó me falou? - Ele fez que não com a cabeça - Que as paixões aguentam as diferenças sociais, porque as paixões são algo que queima rápido que não ver desfeitos, mas quando a paixão vira Amor tudo isso se acaba e a realidade bate a porta... - E o que você pensa? - Ele perguntou já atrás de mim - Que ela tem razão - Falei e ele me abraçou por trás. - Eu acho que podemos ser a exceção - Ele falou, e me puxou para um beijo, e não consegui resistir tem algo nele que mexe com o meu corpo. - Bom dia Jéssica - a dona Josefa falou e ele se afastou de mim. - Bom dia dona Josefa o que a senhora vai querer hoje? - Perguntei tentando me recompor - 2 reais de pão francês, e meia dúzia de ovos - Ela falou e fui aprontar o seu pedido. - Pronto aqui está - Falei a entregando e ela me pagou. - Muito obrigada, Jéssica - Ela falou sorrindo e saiu. - Dona Josefa, está senhora sempre vem e pedi 2 reais de pão e meia dúzia de ovos, e o meu avô sempre coloca oito ovos e oito pães, ela tem sete filhos e os sete ela cria sozinha, não sei como, mas ela trabalha muito ela limpa casas pela manhã, pela tarde, e nunca a vi reclamar de nada, na verdade estas são as pessoas daqui trabalhadoras, fazemos de tudo para dá um futuro melhor para os nossos filhos, este é o meu mundo. - Falei e ele já na minha frente do outro lado do balcão. - Você acha que só no seu mundo as pessoas trabalham, sofrem, estão de bom ou de mau humor? - Ele me perguntou. - Porque a minha avó, não dá ovos ou pão, mas ela sempre está preocupada, para não ter que demitir nenhum dos funcionários em épocas de crise, meus irmão que tanto amo, esta perdido e não tenho a menor ideia de como ajudar, e você também não sabe o que é acorda todas as manhãs e caminhar quarenta passos e chegar no quarto da sua mãe e ver ela em coma, a mais de 15 anos, mas você vai até ela com esperança de que um dia ela vai acorda e te dizer bom dia, mas isso não acontece, então Jessica as pessoas são pessoas em qualquer lugar, ricas ou pobres elas continuam sendo pessoas, dinheiro não dá nem tira felicidade - Ele falou e ele tinha razão, estou com tanta medo de me machucar, que estou jugando o mundo dele . - Jéssica, se você sente nem que seja a metade do que eu sinto por você eu acho que vale a pena tentarmos. - Você acredita? - Perguntei - Eu posso apostar a minha vida, e prometo ir com mais calma - Ele falou voltando a passar do balcão e veio até o meu lado. - O que você está fazendo -Perguntei e ele me beijou - Que pouca vergonha é estar aqui na minha padaria - Ouvir a voz do meu avô e não estava só vermelha, estava parecendo um camarão, assim que virei para ele vi a Vera ajudando-o a ficar em pé e o Otávio foi o primeiro e ir ajudá-lo. - O que aconteceu? - Perguntei já indo até eles - Não mudem de assunto quero saber o que este cara está fazendo aqui? - Para com isso compadre, não notou que eles se gostam, deixe a menina namorar em paz, e Jessica o Alemão mandou um dos caras deles dar uma surra no seu avô, disse que é um recado. - Eu olhei para ela assustada. - Isso é culpa minha - Falei. - Claro que não minha filha e eu prefiro morrer ao ver aquele homem tocar um dedo em você - Meu avô falou com dificuldade e o Otávio olhou para mim sem entender e tirei o bilhete do bolso o entregando. - Victor - Chamei - Toma conta da padaria que vou levar o meu avô para o hospital - falei e o Otávio pegou o meu avô no colo, e parecia já ter entendido. - Jéssica você tem que ir na delegacia presta queixa - o Otavio falou, depois que colocou meu avô no carro e a dona Vera entrou. - Se eu fizer isso, o Alemão manda matar, entendeu, mas vou levar ele para o hospital - Falei estava nervosa, o Alemão é muito perigoso chegamos no hospital o Otávio resolveu tudo e em pouco tempo o meu avô já estava sendo atendido a dona Vera pediu para entrar com ele eu já estava nervosa. O meu celular começou a tocar e não sei porque algo me falava que não era coisa boa, quando vi era uma ligação da Bernarda. Ligação on - Oi Beck - Falei e notei que ela estava chorando. - Mãe, levaram ela, desculpa eu não consegui protege-la - Ela falou no meio das lágrimas. - O que aconteceu Beck? - Meus olhos já estavam cheios de lágrimas. - O Alemão levou a Belinha, eu juro que tentei defender, mas eles eram mais fortes - Quando ela falou isso, eu caí no chão em lágrimas. - Não, não, minha filha não - Falei chorando e o Otávio correu para me ajudar. - O que aconteceu? - Ele pegou meu celular, e falou com a Beck ouvi ele pedindo para se trancar em casa e mandar fechar a padaria, ele pediu um calmante para as enfermeiras, mas eu não queria. - Eu não quero me acalma Otávio, eu só quero a minha filha - Falei chorando - Você precisa se acalma para nós recuperamos ela - Ele falou me fazendo tomar o calmante meu telefone tocou de novo e era um número desconhecido, o Otávio me pediu para colocar no viva voz - Jéssica, Jéssica, Jéssica, me escute bem, estou sabendo que o papai da sua filhinha apareceu, e ele tem um carrão, então escute bem, eu quero 50 mil até às três da tarde, se não a sua filhinha pode não está respirando, sabe você sabe que nada disso estaria acontecendo se você aceitasse pertence ao meu harém, e sabe mesmo depois de ter duas filhas você ainda tem um corpão, então você escolhe ou vem me trazer o dinheiro ou vem ser minha se não aparecer eu acabo com a menina. - Não, não encosta um dedo, na minha menina - Falei em prantos, e ele riu no outro lado. - Pensei que você não chorava - Ele falou. - Presta atenção vou mandar o endereço , espero que venham logo, pelo visto a menininha tem medo de escuro. Ligação off - Onde eu vou arrumar 50 mil - Falei no meio do choro, e o Otávio beijou a minha testa. - Só se eu vender a padaria ... - Vamos no banco, eu preciso tirar o dinheiro, me escuta eles não vão machucar ela, mas ela precisa que a mãe dela esteja forte, imagino que esteja doendo muito, mas você não está sozinha - Eles falou e fomos até o banco ele não pode simplesmente tirar este valor então ele tinha que falar com a gerente, este momento recebo uma mensagem com o endereço, de onde eles vão está em duas horas. Vi o Otávio ligando para algum, 20 minutos depois ele tirou o dinheiro, e assim que saímos do banco tinham quatro carros preto do lado de fora com o total de 12 seguranças armados - Eles vão ficar longe, é só se ele tentar fazer alguma coisa, ele já te mandou o endereço? - Ele me perguntou e fiz que sim ele colocou o endereço no GPS e traçou um plano eu não sabia como reagi estava com medo, de acontecer alguma coisa com a minha filha era a única coisa que eu pensava. Quando chegamos no local vimos que era um prédio abandonado, podíamos ver vários capangas, e me aproximei do Otávio um dos capangas nos levou até onde o Alemão estava com a Belinha e tinha uma arma apontada para a cabeça da minha filha. - Mamãe... - O dinheiro está aqui deixa, a menina ir com a mãe - o Otávio falou firme - Daqui vocês só saem quando eu contar este dinheiro - Eles falou e dois capangas se aproximarem pegaram a maleta para começar a contar, a Belinha chorava muito. - Mamãe eu estou com medo - Ela disse e eu estou com uma dor enorme no peito. - Por favor, deixe a menina com a mãe, elas não vão sair daqui, ela é só uma criancinha, por favor, eu fico neste lugar. - O Otávio falou e o Alemão parecia estar pensando e soltou a Belinha que correu para os meus braços peguei ela a abraçando apertado. O Otávio ia para onde a Belinha estava antes mas os capangas não deixaram, e ele se aproximou de mim fez carinho no rosto das Belinha limpando uma lágrima. o Alemão começou a contar o dinheiro parecia uma eternidade tínhamos umas 10 armas apontadas para nós eu me tremia toda, mas a minha menina estava inteira, e não estava machucada. - Esquadrão especial de sequestro, coloquem as armas no chão e levantem a mão - Quando vi tinham mais de 30 polícias armados fora os seguranças dele, o Otávio nós jogou no chão ficando em cima da gente os capangas do alemão até tentaram trocar bala, mas no fim não conseguiram. Os policiais perderam todos o Alemão e os 35 homens que trabalhavam para ele, tivemos que ir para a delegacia a Belinha estava agarrada em mim e eu nela, nem quero pensar se acontecesse alguma com a minha pequena, o Otávio ligou para os outros advogados da empresa ele foi tão corajoso. O Otávio saiu da sala com o delegado, e sentou em uma cadeira e me aproximei dele. - Você não estava com medo? - Perguntei para ele e ele olhou para nós duas e passou a mãos com cuidado nos cabelos loiros da Belinha que dormia, acho que por conta de tanto susto o da demora para terminar de resolver tudo. - Sim eu estava morrendo de medo, mas não sei como explicar e não soar feito um louco, mas a verdade é que eu faria qualquer coisa por vocês, você ficou surpresa? - Ele me perguntou com uma voz calma. - Sim um pouco, mas eu tenho que te agradecer você salvou a vida da minha filha, muito obrigada. - Falei e ele sorriu. - Senhor Bittencourt, resolvemos tudo, vamos levar o dinheiro para sua conta. - o advogado falou e o Otávio apenas afirmou com a cabeça e agradeceu a eles. - Vamos para casa - Ele falou para mim e apenas afirmei. - Quer me dar ela um pouquinho? - Ele me perguntou mesmo eu não querendo me afastar dela, a verdade era que meus braços estavam doendo, então a entregue a ele que a pegou com tanto cuidado e não demorou para ela se ajeitar no colo dele. Fomos andando pois não era muito longe da minha casa e o Otávio tinha esquecido o carro no local do sequestro seu segurança ficou de levá-lo para minha casa, já estava de noite quando pisamos na rua. ... - Acabou, Jéssica, Ele nunca mais vai perturbar ninguém - O Otavio falou e era verdade, eu sorri finalmente o pesadelo tinha acabado. Chegamos na vila, e assim que eu abrir a porta vi tantas pessoas, muitos vizinhos estavam lá e fizeram tanto barulho que acordaram a Belinha que nem ligou de estar no colo do Otávio. - Mamãe eu estou com fome - Ela falou e eu sorri, a Jack trouxe uma vitamina no copo de sugar das princesas e ela começou a tomar ainda no colo do Otávio. Meu avô que estava sentado do lado da Vera se aproximou com dificuldade e sua cara não era das melhores. - Otávio, eu quero dizer que te julguei m*l, e quero te agradecer pelo que fez pela minha neta e minha bisneta, mas quero que te pedir que vá embora, você está bagunçado as nossa vidas e isso jamais teria acontecido se você não tivesse aqui então saia da minha casa, e que pare de correr atrás da minha neta - Ele falou e todos ficaram surpresa principalmente o Otávio. - Eu não quero que você chegue perto da minha neta, entendeu - Meu avô falou. - Me desculpa senhor, mas com todo o respeito a única que pode me dizer isso é sua Neta - Ele se virou para mim - Jessica se você me pedir isso aqui na frente de todos, eu sumo da sua vida, agora pense bem porque se me pedir para ficar não vai conseguir me tirar da sua vida nunca mais - Ele falou e só via todas suspirando, a Jack pegou a Belinha do colo dele que saiu contra gosto. - Quem você pensa que é para fazer um ultimato para minha neta - Meu avô falou um pouco alterado. - Mas foi o senhor que me deu um ultimato, Jéssica você tem a última palavra, se quiser que eu vá eu vou, eu não sei como te mostrar que eu te amo. - Eu exijo respeito na minha casa - O meu avô falou - Jéssica, desde o minuto que te vi a minha vida mudou e não consigo imaginar um futuro sem você do meu lado, mas vou entender se você não sente o mesmo que eu sinto por você - o Otávio falou calmo e via tanta verdade no seu olhar. - Você está falando sério? - Perguntei porque estou em uma briga interna entre o meu cérebro e o meu coração - E eu estou aqui invisível -O meu avô falou - Você quer que eu vá? - Ele me perguntou. - E se as coisas não funcionarem - Eu falei, mas sentir um dor tão grande com estas palavras - Então é para mim ir embora? -Ele me perguntou - Sim, e feche a porta quando passa - o meu avô falou, e ele se virou só aí notei que eu estava chorando e quando eu o vi saindo eu entendi o que eu queria. - Otávio - Gritei ele se virou e correr até ele o beijando e todos começaram a bater palmas - Isso é um Adeus ou ... - Não quero que você saia da minha vida - falei e ele me girou pelo ar. - Eu não sabia que eu era tão importante para você - Falei no seu ouvido. - Tem certeza que não notou que eu sou louco, por você - Ele falou - Que você é louco sim - Falei e ele me beijou - Vamos deixar desta pouca vergonha na frente da criança - O meu avô falou, e o pior é que tinha esquecido que tínhamos plateia. - Vou fazer a janta - a Vera falou - Beck ajuda o seu avô - Ela falou - Jack você arrume a mesa - Ela saiu e peguei a minha filha. - Vamos tomar um banho meu amor - Falei e ela assentiu. - Otávio, você espera ali, porque você é homem e não pode me ver pelada - a Belinha falou e ele sorriu e foi sentar Escolhe a roupa da Belinha e levei ela para o banho, assim que ela entrou no chuveiro ela falou - Mamãe, o Otávio é seu namorado agora, ou você ainda não quer ser namorada dele? - a Belinha pergunto - Não o Otávio ainda não é meu namorado, você gosta dele? - perguntei e ela sorriu. - Ele é igual aos príncipes, bonito e corajoso - ela falou. - Os caras malvados falaram que ele é o meu pai, os caras malvados foram embora mamãe? - Sim minha vida, eles foram embora estão presos e vão ficar lá por um bom tempo - falei e ela sorriu, penteie os seus cabelos e fiz duas chuquinhas, assim que saímos do banheiro ela correu até o Otávio. - Olha como eu estou cheirosa - Ela falou toda animada e amo ver a minha filha assim. - Sim você está muito cheirosa - o Otávio falou colocando ela no seu colo e ela o abraçou, e olhando eles dois lado a lado eu vi que eles são realmente muito parecidos. - Obrigada - Ela falou e pude ver o sorriso bobo nos lábios dele. ©©©©©©©©©©© Continua... Oi de novo queria novamente agradecer pelo carinho. Este capítulo foi muito intenso cheio de acontecimentos, aja coração para a Jéssica. Meus amores eu desafio se este capítulo chega a ter 10 comentários eu vou fazer uma maratona hoje com 10 capitulo ( no domingo não pretendo atualizar outras obras)
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