Na dela

1111 Words
Anésio bateu na porta da casa de Maya, e ela abriu com os olhos assustados, sem saber ao certo o que esperar. – Tudo bem? – perguntou ele. Maya hesitou por um momento antes de responder, seu coração batendo acelerado. – Não muito. Minha mãe não gostou muito de saber de você. – confessou ela, desviando o olhar, preocupada com a possível reação de Anésio. – Mas vou falar com ela, mesmo assim, Maya. Não sou um rato para me esconder. – afirmou Anésio, suas palavras carregadas de sinceridade. Maya sentiu um leve alívio se infiltrar em seu peito tenso, pensou que ele desistiria. Ela sabia que não seria fácil, mas o apoio de Anésio significava muito para ela. Com um aceno hesitante, ela o convidou a entrar, sabendo que enfrentariam juntos o desafio de conquistar a confiança de sua mãe. Cícera encarou Anésio. – Não é bem vindo e não apoio o seu namoro com minha filha, ainda por cima é mais velho, deve andar com o carro cheio de garotas. – A única garota que entrou em meu carro foi a sua filha e a amiga dela. E a única mulher que entra é a minha mãe. — E o seu pai? __ Cícera perguntou. – Não sei, senhora. Ele me deixou bem amparado financeiramente, mas minha mãe nunca disse quem era. – É filho bastardo? – Talvez, senhora, muito possivelmente, mas isso não interfere que eu goste da sua filha. Eu vim falar com a senhora, porque a minha me ensinou respeito. — Não o quero perto de minha filha. – Sinto muito, mas se a sua filha disser que me quer perto dela, não posso obedecer a senhora. Posso prometer respeitá-la e não abandoná-la, não importa o que aconteça. – E espera que eu acredite? até mesmo fala como adulto, deve fazer o mesmo com várias moças. – Não senhora , a sua filha vai ser a minha primeira namorada. — Não se depender de mim, vou mudá-la de escola. – mamãe.. — Eu não p**o a escola mais Yuni, para que? – Senhora. Não sou moleque, nem bandido, se a senhora quiser trago o meu boletim para que veja, trago meu histórico escolar e trago a minha mãe para conversar com a senhora. Eu não bebo, não fumo e não estou metido com nenhuma bagunça. Tenho três vagas em universidades me esperando. — Não me importa nada disso, o pai dela também tinha, me engravidou e foi embora. Minha mãe me abandonou, juntei os pedaços sozinha. — Não vou fazer o mesmo. – Vamos esperar para ver. __ Cícera respondeu. Cicera partiu, e Maya chorou. Anésio a abraçou. – Vai melhorar..Maya, ela cede depois. – Vou entender se quiser desistir. – Não vou, Maya, posso conviver com a sua mãe, ela não precisa gostar de mim, você precisa gostar. Maya fechou a casa e partiram. Pegaram Emma na casa dela, e foram estudar. Anésio a abraçou. — Eu sinto muito por ser a causa da briga entre você e sua mãe,mas eu precisava namorar você, pequenininha. __ Não é sua culpa, foi a vida que foi muito injusta com ela, foi isso, Anésio. Tenho prova, então não saio para o intervalo, porque demoro mais que os outros para fazer. — Mas a espero para irmos juntos para casa, espero Emma também, meu amor. – Do que me chamou? – Meu amor.. e ficou vermelha, mas vou esperar você se acostumar. Ela foi para aula. Na hora da prova, Maya fez a prova de maneira paciente, sempre precisando de calma, ou não conseguia. Era uma prova de história, e ela tinha usado o resumo do namorado, Anésio, para conseguir estudar. Sabia que estava indo bem somente por isso. Cada questão parecia mais fácil que a anterior, graças ao resumo de Anésio. E ele era seu namorado. O resumo estava repleto de anotações detalhadas, cuidadosamente organizadas. Anésio era um excelente estudante e suas anotações sempre foram de grande ajuda. Na noite anterior à prova. Enquanto Maya escrevia suas respostas, ela se lembrava das histórias que Anésio contava para tornar os fatos históricos mais interessantes. Ele sabia transformar datas e eventos em narrativas vivas, o que fazia toda a diferença para Maya, que sempre teve dificuldade em decorar informações sem um contexto claro. Ao terminar a prova, Maya revisou cada resposta com cuidado. Entregou a prova e voltou a se sentar para guardar os materiais. Maya estava sentada na cadeira, quando percebeu o exato momento em que a men.struação chegou. Um misto de ansiedade e desconforto tomou conta dela, adiantando tudo. Ela fechou os olhos por um instante, tentando se concentrar e não deixar transparecer o que estava acontecendo. No entanto, ela se viu numa situação difícil. Não podia simplesmente se levantar, pois a calça jeans clara que estava usando poderia revelar manchas e a camisa masculina branca da mãe, que tinha pego emprestada e acabou gostando, não ajudaria a disfarçar. Maya sentiu um pouco de pânico, tentando pensar em uma solução rápida. Enquanto isso, o fim da aula chegou, mas ela permanecia sentada, incapaz de se mover. Foi então que Emma, notou sua hesitação e a chamou. — Maya? — Não posso me levantar, menstruei e acho que a calça sujou. — Não é impressão sua? — Não, não. Eu sei, sempre sei. Emma procurou uma blusa de frio na mochila, não tinha. A blusa de frio de Maya estava no carro de Anésio, porque ela estava com calor quando desceram. Logo, ele apareceu. ___ O que houve? Maya fechou os olhos envergonhada, era muito íntimo. — Conte a ele, Maya. É o seu namorado e vai poder ajudar. Mas Maya se sentiu envergonhada, não convivia muito com homens. Mas respirou fundo. — Estou mens.truada, quer dizer, aconteceu agora, e acho que estou com a calça suja.. Não era para ter acontecido hoje, acho que o embate com a minha mãe me deixou nervosa. Não tenho absorventes na bolsa e Emma também não. Anésio tirou uma necessaire de dentro da mochila. – Comprei para você, tem tudo o que precisa. Anésio tirou a camisa que vestia e amarrou na cintura dela. — Vá ao banheiro, espero e partimos para casa. Emma foi com ela. — Ah, Maya, ele está tão na sua, ele fez uma necessaire para você, comprou absorventes. Emma olhou dentro da necessaire: — lenço umedecido e chocolates. Ele é um amor. – Ele gosta de mim, mesmo, não gosta, Emma? – E muito, nunca vi um garoto fazer isso. Maya se arrumou no banheiro, tinha uma calcinha extra na bolsa e resolveu tudo com o que Anésio entregou. Quando ela saiu, ganhou um sorriso dele.
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