Refém de Hórus: O Ceo demônio da Yakuza.

Dez anos atrás. Maya acordou naquela manhã com um frio na barriga. Hoje era seu primeiro dia de aula na nova escola, a Roosevelt High School, e ela não conseguia parar de pensar em todas as coisas que poderiam acontecer, era tímida, e tinha demorado quase um ano para fazer amizade na outra escola, agora seria pior, tinha certeza. Ansiosa, ela se levantou da cama e foi se arrumar. Escolheu cuidadosamente a sua roupa: uma camiseta branca simples, jeans e tênis, não usavam uniformes na escola, mas ela preferia que tivessem uma roupa padrão, assim, ninguém sofreria ‘bullying’ pelo seu estilo de roupas. Queria se sentir confortável e confiante, mas sem chamar muita atenção, mas se pudesse escolher, estudaria em casa, não gostava de estar no meio de tantas pessoas, não gostava dos meninos também. Só queria ficar afundada nos seus livros e nada mais, mas infelizmente não podia. Ficou pronta e tomou café sem nenhuma vontade, ainda tentou convencer a mãe de que era melhor o homeschooling, mas sem sucesso. No caminho para a escola, acompanhada por sua mãe, Maya olhava pela janela do carro, tentando se acalmar. A sua mãe, percebendo a ansiedade da filha, tentou tranquilizá-la. — Vai dar tudo certo, Maya. Lembra que você é uma garota incrível e vai fazer muitos amigos novos. E cuidado com as rapazes de sorrisos bonitos, eles são sempre perigosos e só querem uma coisa. S£xo, Maya sabia, na verdade sabia aquilo de cor e salteado, de tanto que havia escutado. A educação sexu@l da mãe a fazia fugir dos rapazes e ter medo de engravidar, sem nem mesmo ter dado um beijo na boca aos quinze anos. Tinha curiosidade, mas medo também. Chegando à escola, Maya respirou fundo antes de descer do carro. A Roosevelt High School era um grande prédio de tijolos vermelhos, com muitas janelas e um gramado bem cuidado na frente. Alunos caminhavam em grupos, conversando e rindo, enquanto se dirigiam para as salas de aula.Ela segurou na alça da mochila, quando desceu do carro, não era boa em novas amizades, ou em se enturmar. Os jovens estavam falando de s£xo, festas e drog@s e ela só tinha para contar, a rotina dela da escola para casa, ou da escola para igreja penteconstal que a mãe frequentava. Caminhou silenciosamente em direção a sua sala, tinha um pequeno mapa que a mãe ganhou quando fez sua matrícula, só precisava segui-lo. Assim que entrou na escola, o som do sinal ecoou pelos corredores, anunciando o início das aulas. Ela verificou seu horário de aulas e se dirigiu para o seu primeiro período: Inglês. A sala de aula estava cheia de alunos, e todos pareciam já conhecer uns aos outros. Maya se sentiu um pouco deslocada, mas encontrou um lugar vazio no fundo da sala e se sentou, pediu que ao menos pudesse ficar quieta, e não fosse provocada pelas líderes de torcidas, esse tinha sido um dos motivos que sua mãe a mudou de escola. Tinha levado uma surr@ de umas das lideres de torcida na última escola, tudo por causa de garoto idiot@, que a chamou para um baile, Maya disse não, mas a namorada dele não gostou e se juntou às outras garotas para lhe bater. Na época ganhou quatro pontos no rosto e ficou com medo de ir para escola, agora fugiria de qualquer garoto, não que estivesse interessada em namoro, não estava, só queria terminar o colegial e fazer um curso que permitisse que ela fosse auxiliar em uma escola de crianças. Não servia para ser professora, não era muito inteligente ou nada do tipo, precisava de esforço, muito esforço para ser aprovada em todas as disciplinas. Se contentava em ser útil em uma escola, se casar e ser feliz, uma casa de cerca branca a agradaria, com uma piscina e uma pequena varanda para os fins de tarde. Era só isso que ela queria, não um jogador de futebol bab@ca e que dormia com todo o colégio.