Teste

1504 Words
Kate Madson As palavras saíram dos meus lábios com mais confiança do que realmente sentia. Um silêncio tenso se instalou por um momento enquanto Diana ponderava suas opções. Finalmente, ela assentiu, um esboço de um sorriso se formando em seu rosto. - Muito bem — ela concordou. - Precisamos ir falar com Sawyer. Vou ver se ele está livre agora, espere aqui. Assim que Diana saiu do camarim, Emma me puxou discretamente para um canto, longe do olhar afiado e dos ouvidos curiosos de Amber. - Você está certa sobre isso? - Emma perguntou, sua voz carregada de preocupação. - Certa, sim. Preparada, não. Como é este Sawyer? — minha voz tremia ligeiramente, revelando minha ansiedade. Emma aproximou-se ainda mais, baixando a voz a um sussurro quase inaudível, o rosto sério. - Sawyer é legal. Quando ele perguntar se você tem alguma experiência, diga a verdade. Honestidade e lealdade são importantes para ele e, contanto que você seja sincera, você se dará bem. - Ela fez uma pausa, olhando ao redor para garantir que ninguém mais estava ouvindo. - Aqui nos bastidores, você não vê, não ouve e principalmente, não fala sobre nada do que acontece. Sawyer parece ter olhos nas nucas, se ele descobre alguém falando algo que não deveria, esse alguém terá sérios problemas. Acenei, absorvendo cada palavra como se fossem diretrizes para minha sobrevivência neste novo mundo. - Você está bem, Kate? — Emma perguntou, sua expressão suavizando-se um pouco. Respirei fundo, sentindo o peso da realidade do que estava prestes a enfrentar. Eu havia cruzado um limiar, comprometendo-me com uma escolha que poderia muito bem mudar minha vida. Com um gesto automático, puxei meu cabelo para trás e o torci em um nó atrás do pescoço. - Sim — respondi, tentando infundir minha voz com a confiança que eu precisava naquele momento. - Vamos —Diana chamou da porta. Olhei para Emma, buscando em seus olhos algum sinal de apoio. Ela me ofereceu um sorriso sutil, um gesto que me encheu de coragem. Segui Diana através dos corredores que ecoavam com o som abafado da música do clube. Confesso que eu estava bem nervosa em conhecer o tal Sawyer. Quando Diana abriu a porta do escritório, eu estava preparada para encontrar algum tipo de gangster, com jeans rasgado e correntes de ouro. No entanto, o homem que vi atrás de uma imponente mesa de madeira era completamente diferente do que eu esperava. Sawyer estava elegantemente vestido com terno e gravata, recostado em uma cadeira de escritório de couro preto, seu olhar fixo através de uma parede de vidro que, percebi, era o espelho grande atrás do bar do clube. Ele tem por volta de cinquenta anos e é razoavelmente bonito para um cara mais velho. Seu cabelo preto está penteado para trás e ele tem três rugas profundas na testa, sobrancelhas grossas e olhos castanhos intensos. Sawyer olha para nós com um telefone pressionado no ouvido. Seu olhar inicialmente severo suavizou-se ao ver Diana e ele acena para entrarmos. - Sim... Eu cuidarei disso. Obrigado, Rony — disse ele antes de desligar e se voltar para nós. - Então, esta é a garota que Emma trouxe para dançar aqui? - Sim. Seu olhar sobre mim não tinha nada de sexuąl. Era um olhar profissional, avaliador, como se eu fosse um carro que ele está pensando em comprar. Ele acenou para o sofá ao lado de sua mesa. - Sente-se. - Ele gira a cadeira em nossa direção enquanto nos sentamos no sofá. - Qual seu nome? - Katherine Madson. - Você já dançou profissionalmente, senhorita Madson? - perguntou diretamente. - Sim, dancei balé por anos. - E o que faz você pensar que está qualificada para este trabalho? Alguns pliés? A pergunta era incisiva, e senti a pressão aumentar. - Bem... sempre gostei de dançar. Sou boa nisso, então... acho que consigo me adaptar... Sawyer me estudava com um olhar aguçado, como se tentasse ver através das minhas palavras. - Você precisa ter certeza absoluta de que é mais do que 'boa nisso' quando estiver em um palco de um salão lotado vendendo a fantasia que os clientes cobiçam. - Como eu disse, senhor, já dancei em muitos palcos, mas nunca de um clube. Não sei como vou me sair, mas estou disposta a dar o meu melhor. Ele então olhou para Diana. - Qual a situação? - Liguei para todo mundo, e nenhuma delas pode vir — disse ela, parecendo frustrada. - Por que, hoje em dia, é tão difícil encontrar alguém confiável? — Sawyer murmurou, mais para si mesmo do que para nós. Diana parecia tentar suavizar a situação. - Desculpe, querido, - ela diz, colocando uma mecha de cabelo atras da orelha - mas esta noite teremos apenas duas de seis no palco. Sawyer me encarou novamente. - Humm, se você acha que pode fazer isso, vamos te dar uma chance hoje à noite. Será o seu teste. Isso significa que qualquer erro, mando você para casa na hora apenas com p*******o. Sem gorjeta. - Posso perguntar... qual é o p*******o? — hesitei. - 50 por noite — respondeu Sawyer, recostando-se na cadeira e entrelaçando os dedos sobre o estômago. Minha expressão deve ter revelado minha surpresa, porque ele rapidamente acrescentou: - As gorjetas aqui são altas. A casa fica com metade de tudo que você ganha no palco, parte disso vai para o DJ e para nossos seguranças. O resto é seu. - Isso é exatamente quanto? — perguntei, precisando entender bem como as coisas funcionavam. - Em média, cerca de trezentos em dias de semana. Os fins de semana podem chegar até mil dólares. Tudo depende do quanto você consegue agradar. Minha boca se abriu em surpresa. - Mil em uma noite? — eu m*l pude acreditar. - Para nossas melhores garotas, sim. E então, você vai dançar ou não? - Sim — respondi, finalmente tomando minha decisão. Sawyer se levantou, indicando que a conversa havia terminado. - Senhorita Madson, a partir de agora você responde à minha esposa, Diana. Ela gerencia o palco e vai preparar você. Eu assenti, ainda digerindo a velocidade com que tudo estava acontecendo. Diana, que até então se mantivera mais calada, agora tomava a frente, assumindo um papel que eu não havia completamente percebido até aquele momento. - Vamos, garota. Vamos trabalhar — disse ela, abrindo a porta para me guiar de volta ao camarim. Ao chegarmos, Diana começou a me explicar os detalhes práticos do trabalho. - Então, regras básicas — Diana começou. - Este não é um clube de strip. Vamos encontrar para você uma fantasia que funcione e ela ficará no seu corpo a noite toda. - Bom, — respondi, sentindo uma ponta de alívio. Ela me observou atentamente, como se avaliasse minha reação. - Eu espero que sim, porque isso foi um problema no passado. - Sério? — perguntei, meus olhos se arregalando em surpresa. - Algumas das garotas descobriram que ganham gorjetas maiores se mostrarem um pouquinho a mais, mas nós não somos esse tipo de clube. - Bom, — repeti, ainda mais aliviado. Diana acenou com a cabeça e continuou. - Além disso, não há toque. Eles podem se aproximar, oferecer gorjetas e, no máximo, prender algo na sua fantasia, mas se alguém tentar algo mais ousado, Marcus e Scott estarão neles como dois cães raivosos. - Marcus e Scott? - Nossos seguranças. É por isso que você compartilha suas gorjetas com eles. Eles protegem você o tempo todo. No final do seu turno, peça a um deles para acompanhá-la até o seu carro ou ponto de ônibus, ou qualquer que seja o seu meio de transporte. Eu assenti, processando a informação e sentindo-me um pouco mais segura sabendo da presença deles. Diana então retirou do armário um vestido de melindrosa branco, repleto de brilho e uma saia curtíssima cheia de franjas. - Experimente isso. Dirigi-me ao trocador onde Emma havia se arrumado mais cedo. Com cuidado, troquei minha roupa pelo vestido, dobrando minhas roupas e as colocando de lado. O vestido deixava as alças do meu sutiã visíveis, mas felizmente não possuía um decote profundo, mantendo minha cicatriz totalmente oculta. Senti minhas bochechas corarem de vergonha ao sair do trocador, a barra do vestido m*l cobrindo minha bundä. - Sem sutiã, — Diana instruiu assim que me viu. — Seu trabalho é excitar. Nunca mostramos tudo a eles, mas uma pequena insinuação ajuda. Cautelosamente, desabotoei meu sutiã e o deslizei pelos ombros sem retirar o vestido. - Vire-se, — pediu Diana. Girei lentamente, temendo que um movimento brusco pudesse fazer a saia subir mais do que devia. m*l levantei os braços até a metade antes que minha calcinha de renda branca ficasse totalmente à mostra. Rapidamente, puxei a saia para baixo, encolhendo-me. - Oh, não, menina, — Diana disse, balançando a cabeça. - Você tem curvas demais para essa fantasia. Ela voltou ao armário, sinalizando para que eu a seguisse. - Veja se você consegue encontrar algo aqui que se ajuste melhor.
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