Capítulo 4 - Gabi

729 Words
1 mês e meio depois... Tive um dia de folga e resolvi passar com minha amiga Marcelly. A gente dormiu até tarde, comeu pipoca e um monte de besteira, maratonamos uma série e depois cochilamos de novo. Acordamos depois do meio dia, mas como a mãe da Celly estava em casa, o almoço foi feito por ela. A gente só precisou esquentar e comer. Depois do almoço deitei na cama e a Celly ficou se balançando na cadeira de balanço perto da janela. — Então, você ainda não me contou sobre sua vida amorosa. — ela deu um sorriso m*l intencionado. — É porque eu não tenho amiga. Como vou contar? — ri. — Não me diga que não tem nenhum gatinho de olho em você? Nem um médico... Enfermeiro... — Não... — ri balançando a cabeça. — Mas tinha um paciente... — Sim, um paciente... — ela ficou me encarando ainda m*l intencionada. — Ele ficava me cantando a sessão toda. — E era gato? Como era o nome dele? Ele tá vivo? — Ele é gato e tá vivo doida. — ri. — O nome dele é Felipe. — E você aproveitou a chance? Deu uns pega nele? — Celly ele é meu paciente! — ri com minhas bochechas esquentando. — Claro que não fiz nada. E ele já teve alta ontem. — Não sei como ainda me surpreendo, você é mais parada que um poste. — Celly!!! — fiquei um pouco ofendida e arremessei uma almofada nela. — Pro seu governo ele pediu meu número. — dei de ombros sorrindo. — Ô glória!!! — ela elevou as mãos ao alto. — E vocês estão conversando já? — Ainda não. Duvido muito ele mandar mensagem. Mas mesmo se mandasse, eu não sei se me envolveria com ele. Escutei umas conversas entre ele e seus visitantes e acho que ele é envolvido com essas coisas, sabe... — Como assim? — Traficante. Ela arregalou os olhos e abriu a boca rindo. — Gabriela que isso? Tu sabe que quem atrai cara assim não tem como fugir né? — Como assim? — fiquei assustada. — Ouvi dizer que eles são meio perigosos, obsessivos... Deve ser mesmo. — Então né... Prefiro nem dar corda. — É. Mas se você quiser ver no que dá. — Sei lá. Eu queria viver uma aventura. Mas isso não envolve armas e drogas. — Mas tá com cara de quem quer mesmo assim. — ela comentou rindo. — Para louca. — fiquei com vergonha. O Felipe é uma comédia. Ele é engraçado e cheio de charme. Se não fosse esse medo que eu tenho... Meu celular tocou e eu peguei na minha bolsa. Vi uma mensagem de Oi gatinha na tela de um número não salvo. Abri o app e deixei carregar a foto de perfil. Segurei o riso e arregalei os olhos quando vi de quem era. — Caramba, ele acabou de me mandar uma mensagem. Eu respondo? — Sua chance de viver uma aventura com um cara gostoso. Porque não? — ela deu de ombros. Eu não devia estar dando ouvidos a ela. Ela é muito diferente de mim. Mas se eu ficar me escondendo de tudo nunca vou aproveitar minha  vida. — Tem razão. — comecei a rir. Gabi Oi. Felipe Quando é que tu vem aqui? Minha irmã tá só perguntando. Gabi KkkkKKK Fazer o que aí? Felipe Vir me ver. Ver a minha irmã. Ué. Gabi KkkkKKK Você não existe viu. Felipe Cê achou que eu tava brincando?  Gostei de você mesmo. Gabi Fico lisonjeada. Mas não dá. Felipe Porque eu sou do morro? Gabi Pelas coisas que você faz. Desculpa, mas não pude deixar de ouvir. Felipe De boa.  Mas isso não atrapalha não.  É só um detalhe. Gabi Não posso me envolver com você.  Essas coisas aí são sérias e é perigoso. Tenho medo. Felipe E tu acha que eu vou deixar alguém te fazer m*l?  Fica tranquila que te dou segurança e o que cê quiser. Gabi Felipe...  Esquece isso. Por favor. Felipe Velho eu tô muito afim de você. Sério.  Gostei muito do seu jeito.  Só sai comigo uma vez e prometo que mudo suas ideia aí. Gabi Não sei.  Vou pensar... Felipe Já é um bom começo. Gabi Mas você não tem namorada não mesmo né? Felipe Não. Fica tranquila.  Sou todo seu meu bem. 
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