Capitulo V

1393 Words
Como trabalho demais, tenho pouco contato com meu chefe, o que acho muito bom, porque ficar o tempo todo perto desse deus grego me distrairia bastante, impedindo-me de fazer o meu trabalho, e ficaria a todo o tempo tendo sonhos eróticos com ele. Um dos meus afazeres é sair com ele quando não leva as modeletes com quem termina a noite. Meus dias são sempre tão atarefados, que quando chego em casa m*l tenho energia para as minhas amadas séries. Hoje está se mostrando um desses dias em que m*l terei tempo para respirar. O telefone do meu escritório toca e, tentando alcançar para atendê-lo, desastradamente derrubo o café em minha mesa. — Melissa — atendo, tentando limpar a sujeira. — Venha à minha sala agora — Fernando diz firmemente. — Sim senhor — respondo, enquanto jogo o papel sujo de café no lixo, coloco o telefone no gancho e ajeito o casaco, saindo de minha sala. Bato na porta e entro. — Pois não, senhor? — digo, me aproximando, e ele aponta a poltrona em frente à sua para que eu me sente. — Melissa, hoje você vai sair comigo. É um coquetel da Nacional Factor, um de nossos fornecedores de software, e não posso levar alguém que queira terminar em minha cama, afinal, não poderei dar tanta atenção para minha acompanhante. Você terá que ser receptiva aos presentes, enquanto converso com outros fornecedores, mas prometo que não a deixarei sozinha por muito tempo. Vista-se pra impressionar! Sei que é boa nisso — diz, piscando. — Sim senhor — respondo, observando seus lábios sensuais. Meu Deus, que homem é esse ?! Delícia! Saio da sala dele já pensando no que irei usar. Não tenho nada de alucinante no guarda roupas, então vou sair mais cedo para comprar uma roupa nova e ir ao cabeleireiro. Preciso estar linda. Quero esse homem babando por mim. Ligo para outros fornecedores parar confirmar a presença deles no coquetel e uso meus contatos na mídia para irem à entrada do evento, assim, garantindo uma nota nos jornais e revistas. Saio do escritório e vou direto a uma loja. Ao entrar, fico observando alguns manequins e uma vendedora elegante se aproximar. - Boa tarde senhorita. Posso ajudá-la? - fala, me olhando de cima a baixo, sorrindo. - Boa tarde - respondo, mantendo minha atenção nos modelos, e não nela. - Preciso de um vestido, pois tenho que ir a um coquetel essa noite. Tem que ser algo que realce meu corpo e não seja vulgar. - Vamos ver o que encontro pra você - ela diz, saindo. Algum tempo depois, volta com três vestidos no braço. - Estes vestidos chegaram ontem e ainda não foram vistos. Guardamos para clientes especiais, são modelos exclusivos - fala, mostrando-se orgulhosa e me entregando os vestidos. - Que ótimo, vou experimentar! Onde fica o provador? - digo, olhando a minha volta, tentando encontrar-lo. Ela me acompanha até o provador e fecha uma porta assim que entro. Observo o primeiro vestido e o coloco. Olho no espelho e me sinto velha. É um longo marrom com decote quadrado. h******l, muito reto, não faz jus às minhas formas. Tiro e experimento o segundo. Quando olho no espelho, levo um susto. Apertado demais, nem respirar consigo. Um vestido verde com elastano e muito colante. Pareço uma pamonha amarrada e me sinto deslocada dentro dele. - Meu Deus, será que é tão difícil escolher um vestido? - digo em voz alta, querendo rasgá-lo. Quando coloco o terceiro, cai como uma luva. A cor dele não é tão impactante, mas no corpo é de tirar suspiros. É um tom de cinza claro, decote profundo e frente único estilo sereia, bem marcado no corpo. Definitivamente é este. Saio do provador e entrego minha escolha à vendedora que, sorridente, vai empacotá-lo. - A senhorita vai pagar com cartão? - pergunta a moça no caixa, olhando com a cara fechada. - Sim - respondo, fazendo cara de nojo para ela. "Ninguém merece essas m*l amadas", penso, enquanto entrego o cartão. Depois de sair da loja, entro no carro e vou em direção ao salão que frequento. Nem bem entro e já sou recebida por Eloisa, uma loira espetacular que é uma recepcionista. - Mel, minha linda! O que vai fazer hoje? - ela diz, me liga. - Elô, minha querida, preciso de uma escovinha básica - responder sorrindo. Ela me acompanha até uma cadeira, sento-me e uma moça diferente se aproximada. - Boa tarde, Senhorita Melissa! Trabalho aqui há pouco tempo, meu nome é Clara - diz, mexendo em meu cabelo, e questiona: - Posso atendê-la? - Pode sim - falo, observando sua simpatia ao me atender. Ela lava meu cabelo e, muito experiente, faz minha escova rapidamente, fazendo sorrir com o belo resultado. - Nossa! Ficou ótimo, Clara! Obrigada, minha linda. - Gosto do que vejo refletido no espelho. Abraço-a em sinal de agradecimento, pago e saio. Preciso correr para casa, tenho menos de meia hora pra tomar banho, me vestir e maquiar. Fernando é muito pontual e não quero deixar-lo esperando. Tento ser o mais rápido que posso e fico pronta no tempo exato. Desço e Fernando já está a minha espera. Ao entrar no carro, vejo seu olhar de aprovação. - Realmente sabe como impressionar, Melissa. - Depois de me lançar seu olhar predador, ele se dirige ao motorista: - Pode ir, Nereu. Em nenhum momento ele volta a me olhar, fica observando o caminho e olhando a paisagem pela janela. Quando chegamos, o motorista abre uma porta e saímos. Na entrada do evento há muitos fotógrafos e jornalistas, e tento responder a várias perguntas, enquanto Fernando é fotografado. Quando ele termina, pega em meu braço e me conduz para dentro. Está tudo maravilhoso, com muita gente bonita. A decoração é de muito bom gosto, uma luz mais suave e os garçons oferecem champanhe francês a todo o momento. Tento dar atenção a todos que me abordam, enquanto Fernando fala com outros empresários e fornecedores, mas sempre me observando de onde quer que esteja. - Posso lhe fazer um elogio, senhorita? - pergunta um homem que se aproxima, sem que o tenha notado. - Oi? - indago, sem sentido o que disse. - Perguntei se posso fazer um elogio - diz, sorrindo e sorrindo. - Elogios são sempre bem vindos - respondo sorrindo, além de muito curiosa. O homem é muito bonito, loiro, olhos claros, forte e bem alto, alinhado e um olhar arrebatador. - Sou Vagner Levinsk, irmão do Fernando. Não sabia que ele tinha uma RP tão linda - fala, me estendo a mão. - Prazer, sou Melissa Navarro - digo, gaguejando e apertando a mão dele. Irmão do Fernando? Que homem lindo! A mãe deles sabe como fazer filhos que me deixem com t***o. Minha imaginação já está trabalhando rapidamente. - Me faz companhia enquanto seu chefe faz companhia a esses velhos? - pergunta, me dando o braço. - Claro - respondo sem pensar direito. Este homem me hipnotiza. Enquanto rimos e conversamos, Fernando se aproxima com a cara fechada. - Vagner ?! - Faz um leve meneio com a cabeça em direção ao irmão. - Pelo visto já conheceu minha RP. Cuidado Melissa, meu irmão costuma ser muito galanteador - fala com tom de ironia, tentando transparecer naturalidade. - Que isso, irmão! Se não te conhecesse bem, diria que está com ciúmes de sua funcionária - Vagner fala sorrindo, como se estivesse se divertindo com os ciúmes do irmão. - Fique tranquilo senhor Fernando. - Afirmo, tentando amenizar o ambiente. - Estávamos só conversando. Seu irmão é um cavalheiro. - Acabo ficando desconcertada com o olhar de Fernando. - Viu só, irmão? Sou um cavalheiro. Se quiser, posso te levar pra casa depois do evento, Melissa - Vagner diz, beijando minha mão, e sai. - Você não vai embora com ninguém, entendeu Melissa? - Fernando diz, olhando com raiva e segurando meu braço com força. - Calma, Fernando! Foi só uma gentileza do seu irmão. Não vou a lugar algum, vim com o senhor e vou embora com o senhor. Agora, por favor, solte meu braço - falo calmamente, enquanto tento me desvencilhar de sua mão. - Desculpe, meu irmão sabe como me descontrolar. Agora venha, não a quero sozinha. Fique ao meu lado a partir de agora. - Pega meu braço, delicadamente dessa vez, e continuamos ali conversando com os presentes, tentando disfarçar a raiva dele.
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