Capítulo 18 - Quem ri por último

1202 Words
Charles no píer e Alfonso no hotel. Ambos não conseguiam enxergar que estavam dentro da maior armadilha. É que esses homens eram orgulhosos e um tanto quanto propensos à presunção. Eles viam seu plano como perfeito e que ninguém jamais iria desconfiar dos dois. Para todos, Charles estava morto. Alfonso era apenas um gerente muito eficiente. Tudo não passava de máscaras. Mas, eles m*l sabiam que estavam caindo na própria armadilha. Anne se deixava levar pelas investidas e conversinhas de Alfonso. Ela deixava que ele a tocasse no rosto e em seus ombros. Enquanto tentava disfarçar o repúdio e o nojo que sentia, Anne fazia a maior cara de frágil e de mulher que estava sofrendo em seu casamento. Já Antony, no píer, deu ordens para que seus homens ficassem posicionados. Assim que Agripa entrou, ambos começaram uma discussão sem fim. De onde Charles estava, ele conseguia ver homens a mando de Antony e a mando de Charles. Ele estava sempre se comunicando com seus homens, até por isso, Diego não havia dado ordens para que seus assassinos entrassem em ação. Charles não era burro. Se ele desconfiar que saiu algo diferente, ele some no mapa e não seria fácil para Antony o encontrar de novo. É por isso que Antony mantinha sua melhor performance no chão, ao discutir com Agripa. Todo aquele assunto de ladrão e de que Agripa queria Anne veio à tona novamente. Exatamente para que Charles não percebesse que já haviam se falado. Somente quando Diego, que estava a poucos centímetros de Charles, ouviu que este ordenou aos seus homens para entrarem em ação, é que ele deu o sinal para que seus próprios homens pegassem os de Charles. E não foi difícil. Como o dia estava terminando, havia pouca luz do sol. Os homens de Diego estavam na escuridão total da sombra do porto causada por navios e contêineres, além dos maquinários. Eles não usaram armas para não alarmar Charles, pelo contrário, haviam apenas quinze assassinos a mando de Diego. Contra quarenta homens de Charles. Mas isso não foi problema para eles. Antony havia deixado alguns de seus assassinos profissionais bem posicionados também. Quando perceberam a movimentação dos homens de Diego, rapidamente entraram em ação para ajudar. No final, Charles não possuía mais nenhum homem vivo. Porém ele continuava achando que estava ganhando, já que os homens a mando de Antony, que estavam de certa forma, mais visíveis e os homens de Agripa, começaram a cair devagar. Um por um. Como se tivessem levado um tiro. Foi então que Antony e Agripa começaram a lutar lá embaixo. O combinado era que a luta seria verdadeira para que Charles não percebesse, porém sem armas, para que um não pudesse ferir de maneira letal o outro. Mas Agripa foi desleal. Ele estava com uma faca que sacou rapidamente, depois de levar alguns socos e chutes de Antony. Isso já era de se esperar. Agripa é orgulhoso. Não aceitaria perder de maneira nenhuma. E, com certeza, queria aproveitar a deixa para eliminar o seu rival. Seus homens que estavam escondidos, também deram as caras com armas. Atirando nos homens de Antony que já estavam caídos e naqueles que começaram a atirar neles. Charles que permanecia escondido, ria muito de tudo isso. Seu plano era simplesmente perfeito. Seu sorriso somente se amarelou ao perceber dez assassinos profissionais saírem de dentro do navio de Agripa e matarem rapidamente os homens a mando deste último. Nesse mesmo instante, uma lâmina afiada apareceu pressionando a garganta de Charles, porém sem cortar completamente. Somente um pouco de sangue escorreu por ela, manchando a espada samurai perfeitamente limpa e afiada. _ Diego! Eu deveria suspeitar. - Charles comentou. _ É bom te ver voltar do mundo dos mortos. Pena que estou incumbido de te enviar de volta pra lá. Só que de uma vez por todas! - Diego disse. O incrível nos atos de Diego era que apenas sua arma era vista. Ninguém lá na frente conseguia ver ele. Somente a espada parada na frente do pescoço de Charles. _ É tudo uma armação, não é? - Charles perguntou sorrindo. Enquanto isso, seu celular foi acionado dentro do bolso, enviando uma mensagem de áudio para Alfonso. Diego não respondeu. Apenas puxou a lâmina e a cabeça de Charles rolou enquanto seu corpo caía. Só então Diego saiu da sombra, atrás do corpo de Charles. Enquanto isso, no cais, Agripa resolveu recuar. Ele fez sinal para que os poucos homens que ainda lhe restavam, parassem de atirar. Antony então parou de lutar com ele. Apesar de Agripa estar bastante machucado, Antony não ficou atrás. É que Agripa era gordo, porém muito forte. Ele conseguiu dar uns bons socos em seu rival e derrubar Antony algumas vezes. O terno cinza claro de Antony e sua camisa branca estavam bem sujos de terra e sangue. Assim como o terno azul marinho e a camisa igualmente branca de seu rival. Quando Agripa recuperou seu fôlego, olhou em volta e viu apenas cinco de seus homens de pé. Todos com lâminas extremamente afiadas dos samurais assassinos de Diego, em seus pescoços. _ O que é isto? O que pensa que está fazendo? Já terminamos! - Agripa perguntou assustado. _ Terminamos? Então você entra no que é meu, planeja me trair covardemente matando de maneira ainda mais covarde meus homens que estavam apenas encenando estarem mortos e acha que vai sair livremente! - Antony falou seco e um tanto quanto ríspido. _ Eu... _ Você! Ah meu caro Agripa! Está na hora de aprender que com a família Ferraz ninguém mexe. Não temos apenas os melhores assassinos, temos simplesmente os melhores amigos! Nessa hora, Diego saiu de trás de Antony. Apesar de Agripa estar olhando para seu rival, em momento nenhum ele percebeu a presença de Diego ali, tão perto. Diego estava impecavelmente limpo. Seu terno era preto e sua camisa também. Devidamente escolhidos para a ocasião. _ O que pensa em fazer? - Agripa perguntou assustado. _ Vou te deixar vivo apenas para espalhar por aí, como fofoqueiro que é, que com Ferraz ninguém mexe. Ou te faço de exemplo picando pedacinhos de seu corpo e enviando para cada um dos nojentos que fazem negócios com você! _ Calma! Não vamos perder a classe. Eu vou embora com os homens que me restaram. E prometo não mexer no que é seu. Aliás, me dê um papel e uma caneta. Antony tinha um bloquinho dentro do bolso interno de seu paletó e uma caneta que entregou a Agripa. Este pegou os dois das mãos de Antony e o assinou. Depois, passou a mão em sua boca cortada, sujando o dedo do sangue e colocou o dedo no papel. _ Veja! Essa é minha assinatura e meu sangue, para provarem a você que eu nunca mais irei mexer com o que é seu. Além disso, estarei sempre a sua disposição para o que precisar. _ Ótimo! - Antony disse sem expressar nenhuma emoção. - Guardarei bem essas suas palavras e essa prova. Antony m*l falou e Agripa já se virou direto para o seu carro. Seus homens saíram correndo atrás do chefe. Diego apenas olhou para Antony com aquela mesma satisfação de sempre.
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