Capítulo 17 - Planos

1142 Words
Alfonso não caiu muito bem na de Anne Livy, mas mesmo assim ele foi. Ela lhe deu uma informação preciosa de que Antony estava brigando com Agripa. Se ele resolver ir atrás para acabar com o rival, ambos acabarão se matando. Ele e Charles terão a chance perfeita de terminar tudo exatamente nesse dia. Então, como os Ferraz suspeitaram, Charles realmente estava espionando Antony e suas atitudes. Alguns homens dele foram vistos perto do hotel. Antony evitou ficar muito lá já que podia ser suspeito. Ele m*l entrava e logo saía. Sempre aparentando estar nervoso. Não usava mais a entrada do esconderijo por fora, sempre a de dentro. E, quando podia, discutia com Anne Livy na frente dos empregados. Tudo tinha que parecer exatamente o caos que Anne descreveu. E assim, quando Alfonso chegou, ele não desconfiou mais. É claro que ele perguntou a um ou outro funcionário sobre a quantas anda o casal. Eles sempre lhe respondiam o mesmo. Que m*l eram vistos juntos e quase sempre que eram, estavam discutindo. Mal sabia eles que, em todas as vezes que Antony entrava no hotel e subia para o seu quarto, ele e Anne faziam amor loucamente. Teve, inclusive, uma vez em que quase foram pegos por um funcionário fiel a Alfonso. É que eles m*l chegaram no andar da suíte. Começaram a se pegar no elevador. Porém a porta se abriu antes do previsto para outro hóspede entrar. Como sempre havia um funcionário parado na porta do elevador em cada andar, para facilitar a vida dos hóspedes, os dois quase foram pegos. Ainda bem que o homem não desconfiou, pois os dois trataram de deixar um clima estranho lá dentro. Só que, depois de uns poucos minutos, m*l entraram na suíte e já estavam nus. Se amando em cima do sofá. Na mesa da sala de estar. E onde lhes desse vontade de demonstrar o seu amor. Os dois sempre estavam com as crianças, agora que estavam sozinhos, trataram logo de aproveitar. E fizeram. Era incrível como Antony e Anne se amavam como se fosse a primeira vez juntos. Era sempre o mesmo sentimento, sempre a mesma paixão queimando e os consumindo. Antony fazia questão de ser carinhoso com Anne no começo. Ele sabia de tudo que ela tinha passado antes dele. E ele jamais iria despertar nela aqueles sentimentos de novo. Mas seus beijos íntimos e seus carinhos acabavam por fazer Anne pegar fogo em suas mãos. O difícil era conter esse amor diante de todos. Mesmo que eles sabiam que não passava de armação, Antony se sentia m*l por ser grosso com Anne. Mas seria por pouco tempo. Quanto antes pegarem os dois, mais cedo eles iriam parar com esse fingimento. E assim fizeram. Antony saiu do quarto sozinho. Ele havia ligado para Agripa e dito a ele o que faria. O outro homem ficou esperando. Quando foi entrar no elevador, o rapaz que tomava conta da porta ouviu o telefone de Antony tocar. Ele avisou ao seu patrão que, ao pegar o telefone, viu escrito o nome Agripa. Antony já se sentiu nervoso. E atendeu com voz de poucos amigos. Do outro lado, Agripa também estava falando alto. O homem podia ouvir que Agripa chamava Antony de ladrão e o ameaçava de morte. Pouco antes de entrar no elevador, Antony deixou escapar que estaria em seu píer e que se Agripa quiser resolver isso, que vá para lá. Antony m*l entrou e o rapaz da porta do elevador telefonou direto para Alfonso. Esse pode relaxar e sorrir. Era verdade então que eles estavam brigando. Ele avisou seu sócio Charles para ir com seus homens até o píer da família Ferraz. Charles conhecia bem o lugar. Ele iria colocar seus homens em pontos estratégicos. Todos voltados para matar Antony, já que ele sabia que não teria como Agripa vencer o seu rival. Agora era a hora de Alfonso executar o seu plano de conquistar Anne. Isso não seria difícil para ele. Seu tipo charmoso chamava a atenção das mulheres. Anne estava frágil, discutindo muito com o marido. Não seria difícil para ele consolar ela. Quando Anne desceu até a sala da gerência, ela estava com cara abatida e preocupada. Dessa vez, não era fingimento. Ela realmente se sentia assim por seu marido. Mesmo sabendo que Antony não estava sozinho, ela não confiava em sua segurança. Principalmente porque Agripa estaria lá. Ela nunca confiou nele e no fato dele ter concordado fácil com essa aliança estranha. Mas o que Anne não sabia era que Antony também não confiou. Ele pediu que Diego colocasse os homens que um dia ele treinou nos pontos onde Charles deixaria os seus homens. Assim, quando eles chegarem ao local, seriam surpreendidos no momento exato pelos homens a mando de Diego. Já Agripa, os juízes que investigaram tudo estariam de olho nele, com seus melhores assassinos. Isso tudo, além dos homens a mando de Antony. Que estavam lá para encenar uma guerra primeiro, mas para depois fazer uma verdadeira carnificina. Enquanto isso, no hotel, Alfonso m*l desconfiava que Anne não estava lá sozinha. E que tudo que ele estava fazendo para tentar conquistar a esposa de Antony Ferraz estava sendo visto pelo próprio Marcelo Ferraz. É que Marcelo, sem que Antony soubesse, colocou câmeras nos pontos mais estratégicos do hotel. Inclusive na sala da gerência. Porém ele o fez sem que Alfonso pudesse desconfiar de nada. E olha que o homem procurou por essas câmeras. Mas não as viu. Marcelo era acostumado a monitorar tudo e todos já que, quando ele precisou ganhar a confiança do pai de sua mulher para se tornar o chefe da máfia e marido de Ariadna, ele teve de espionar os aliados de seu sogro por meses. Marcelo era mestre na arte de espionagem. Se não fosse um mafioso, com certeza seria contratado pelo FBI ou a CIA. Era por isso que a família Ferraz era tão forte e temida. Marcelo era um espião e tanto. Antony um matador profissional cujo apelido dava medo até nos maiores mafiosos de outros países. E, agora, de volta a ativa, Diego. No passado, Diego fez coisas consideradas impossíveis. Ele, sozinho, derrubou governos e implantou homens de Ferraz no lugar. Ele era capaz de se esconder em plena luz do dia e só ser visto se quisesse mesmo que o achassem. Ou então, a pessoa caía morta sem nem perceber de onde vinha o ataque. Isso quando ele não resolvia usar seus piores métodos de tortura apenas para ver o quanto os canalhas que ousavam atacar os Ferraz, iriam. Não é atoa que seu apelido era Escuridão. Sua alma, se é que ele tinha uma, era exatamente tão escura quanto o que ele fazia. E, graças a ele e seus métodos negros que Antony ganhou o seu apelido. Pois os dois eram inseparáveis. E letais.
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