— Ah! — exclama Andrea, me envolvendo em mais um abraço. — Você se lembrou! Isso não é incrível? Somos uma verdadeira família agora! Andrea solta um dos braços ao meu redor e prende o outro com força em meus ombros. Seu movimento brusco puxa os meus cabelos acidentalmente. Meu pai nos encara fixamente e, por um momento, juro ter visto a máscara impassível escorregar de seu rosto. Sua expressão em uma clara carranca, logo se transformando em sua habitual cara de boneco de cera. Ele chama Arnold acenando com uma mão e ordena algo que não posso ouvir. As pulseiras de diamantes nos pulsos de Andrea fazem um tilintar que exige todo o meu bom senso para não arrancá-las. Nesse momento meus olhos encontram os seus longos dedos. As unhas grandes e redondas são pintadas de um vermelho tão escuro