Capítulo 20

2401 Words

Corro para dentro da casa e atravesso todos os cômodos sem dar a menor importância aos empregados que me olham atônitos. Subo para o quarto de hospedes e bato a porta. Sou consumida por um ódio descomunal e chuto com toda a força a cômoda ao lado da cama. O móvel se arrasta alguns poucos centímetros, abrindo gavetas e derrubando objetos em sua superfície. Meu pé lateja pelo impacto e sou anestesiada pela adrenalina. A porta se abre no momento em que encontro um vaso de flores sobre a cômoda. O meu pai entra no quarto. Ele não tenta pegar o vaso das minhas mãos e espera pacientemente enquanto eu o arremesso no chão. — Se sente melhor? — ele pergunta impassível. Sinto tanto ódio que me recuso a olhar em sua direção. Me jogo sentada na cama e cubro meus olhos com as duas mãos. Desejo ter al

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