O luxuoso banco de couro se afunda sob o meu peso, e Arnold me assusta quando puxa um cinto da lateral e atravessa sobre mim até prender na fivela. Há dois homens nos bancos da frente. O da esquerda usa um chapéu preto e lustroso, o outro têm cabelos curtos e loiros. Ambos usam um terno preto e elegante. Nenhum dos dois fala qualquer coisa comigo enquanto deixamos a clínica. Arnold pega uma caixa que há entre nós e me releva que o seu suborno era real. Com um sorriso de canto, pego um dos doces e me atrapalho com a embalagem. Meus dedos tremem tanto que, ao cruzá-los, sinto a pulsação dos meus batimentos cardíacos. — Animada para chegar em casa, pequena Gail? — Arnold me chama e eu perco os últimos dois segundos que tenho para observar Henry e a garota loira. — O quê? — pergunto perdid