AYLA NARRANDO
Tudo estava bem, tudo estava perfeito como eu nunca jamais imaginei que seria, eu pensei que seria assim pra sempre dessa forma, com tudo as mil maravilhas, mas não, tudo isso foi quebrado no momento em que muitos homens mataram o pessoal da frente da casa do senhor Terror, e acabaram invadindo a mansão, eles estavam dispostos a levar a mim, e a Aysha, mas falharam em pegar a minha irmã, por sorte ela foi resgatada, mas infelizmente eu não tive a mesma sorte, eu fui pega por esses homens, eles não tiveram nenhuma piedade, me bateram e ainda me deram algum tipo de remédio para que eu não conseguisse gritar ou até mesmo tentar fugir, eu não sei por quanto tempo eu fiquei desacordada, mas quando eu acordei eu vi que estava em alto mar, eu sentia um enjoo tremendo, era algo que eu nunca havia feito na vida, andar sobre o mar, isso acabou me deixando enjoada, e quando eu tentei me levantar estava amarrada sobre a cama, o que me fez ficar muito pior do que eu já estava. Aquelas amarras em meus braços estava me deixando agoniada, eu me mexia bastante na cama, até que um homem entrou no quarto, e como eu ainda estava grogue eu não reconheci de imediato, mas quando pisquei meus olhos por alguns segundos eu notei quem era, e lá estava o meu pai, e eu não conseguia entender o que estava acontecendo.
Demir: A cinderela acordou. — diz irônico.
Ayla: Pai? — digo surpresa. — O que tá acontecendo? — pergunto tentando entender.
Demir: Não consegue entender? Eu vou te explicar, eu te vendi com a vagabunda da sua irmã para que vocês fossem feitas escravas sexuais para muitos homens, para mafiosos da Jamaica, mas recentemente eu descobrir que as meninas que eu vendi, não estavam sendo feitas de vagabundas, estavam muito bem até. — ele diz cheio de ódio.
Ayla: Eu não tô entendendo. — digo sentindo um medo enorme.
Demir: Ainda não entendeu? Eu vou ser mais especifico, eu queria ver vocês sofrendo o pior de tudo, mas não foi assim, então eu resolvi tomar vocês de volta, então contratei mercenários para que eles fizessem o trabalho para mim, ai não ficaria visível que eu estava por trás de tudo isso, mas infelizmente eles só conseguiram você, então eu preciso me contentar com você. — diz nervoso. — Agora você voltará para casa, e será a minha escrava, até completar a idade de 21 anos, para que eu possa vender você para um cabaré, não vou te vender agora porque como estou sem empregada, e não tô afim de gastar dinheiro contratando uma, você vai servir bem. — diz sério.
Ayla: Pelo amor de Deus, me deixa ir embora, me deixa sair daqui. — digo com lágrimas nos olhos. — Me solta, eu não vou com você a lugar nenhum. — digo tentando me soltar, mas as amarras estavam fortes demais, e isso estava machucando meu braço.
Demir: Não vou te soltar p***a, você vai comigo e ponto, nunca mais vai ver aquela família, e ainda darei um jeito de trazer a vagabunda da sua irmã também, não vá pensando que eu vou deixar ela lá. — ele fala sério, e da uma gargalhada.
Ayla: Porque você tá fazendo isso conosco? Nunca fizemos nada para você. — digo chorando, e o medo por dentro de mim, estava tão grande que eu não conseguia conter as lágrimas.
Demir: O m*l de vocês foram ter nascidos com uma b****a, invés de um p*u no meio das pernas. — ele fala e tudo aquilo me dói saber disso, eu nunca imaginei tantas atrocidades que a minha irmã passou, mas pelo jeito agora eu vou pagar por tudo o que ela sofreu no meu lugar, e eu apenas quero sair daqui, eu quero o Luigi.
Ayla: Me deixa ir embora, eu nunca vou dizer nada a ninguém. — digo chorando. — Por favor. — imploro, e ele rir.
Demir: Jamais, você não vai a lugar nenhum p***a. — ele grita nervoso, e então ele pega uma seringa e pega um líquido com ela, o mesmo sorrir e vem em minha direção, fico me debatendo sobre a cama, com as amarras em meus braços. — Já estamos chegando, e eu vou te dopar, para que possa ficar quietinha, e não grite para que possamos sair daqui direto para casa. — ele fala sorrindo, o mesmo segura meu braço, e aplica a agulha com aquele líquido em minha veia, o que me faz chorar, eu até tentaria gritar para tentar escapar, mais eu não conseguia, o remédio que ele aplicou estava começando a fazer efeito, era um efeito rápido, eu tentei lutar para ficar acordada, mais não conseguir, eu acabei apagando.
Eu não sei por quanto tempo eu dormir, eu não sabia nem onde eu estava, quando acordei desorientada, eu olhei todo o local, e eu claro o local não era desconhecido, eu sabia onde eu estava, aquilo me partiu o coração, eu estava longe, eu não sei o que iria fazer a partir de agora, tudo estava indo de m*l a pior, e a minha cabeça girava, eu não conseguia me centralizar, e tudo o que eu vou passar ou que já comecei de agora, não é fácil, a saudade da minha irmã, do meu namorado, da família que me acolheu tão bem, tudo isso vem como um pesadelo, eu não sei se vou aguentar, não sei por quanto tempo eu vou suportar isso, eu preciso me manter com fé, e ter esperança que tudo vai ficar bem, que a minha irmã vai conseguir me ajudar com o Luigi, mesmo que ela não tenha esse poder, mas o Liam, e toda a família pode, e eu creio que tudo vai dar certo. Com isso foram se passando os dias, e o meu pai me maltratava muito, o mesmo chegava em casa tarde da noite ou até mesmo cedo, mas ainda sim queria que eu cozinhasse, lavasse, passasse, e se eu não fizesse nada disso ele me batia, mas mesmo que estivesse feito ou não ele sempre arrumou um jeito de me bater, o que me deixava triste, só sei que estou presa nesse inferno de casa a uns 3 meses ou mais, e eu nem sei como estou aguentando tantas humilhações, tantas provocações, e tantos desaforos que o meu pai me faz passar, e o meu pior medo é quando ele trás uns homens aqui para casa, eles ficam me olhando, e só não tentam nada porque o meu pai de alguma forma não permite.
Olga: Ayla? — ouço uma voz vindo por trás da janela, e sei que é a Olga, ela sempre me ajuda como pode, mas ela não consegue entrar na casa.
Ayla: Oi, Olga. — digo me aproximando da janela.
Olga: Eu vou tentar te ajudar, eu não sei como eu vou conseguir, mas eu preciso dar um jeito de te tirar dai minha amiga. — ela fala e apenas a ouço, eu fico olhando ela por uma pequena frecha que tem na janela.
Ayla: Queria muito sair daqui, e ser resgatada pelo o homem que eu amo. — digo sentindo minhas lágrimas molharem meu rosto.
Olga: Seu pai é um monstro, ele não devia fazer isso com você. — ela fala com um tom triste.
Ayla: Ele deixou de ser meu pai a muito tempo, ele me vendeu, depois me sequestrou, isso não é de pai, isso é um monstro, ele me escraviza aqui dentro, e eu não tenho vida, eu vivo aqui dentro vegetando. — digo chorando. — Eu só quero sair daqui e ser feliz com a família que me acolheu. — digo soluçando.
Olga: Você consegue me falar o que lembra de lá? Talvez eu consiga entrar em contato com alguém lá, ou até mesmo um dia eu consiga sair daqui da Turquia, você sabe que não tenho condições. — diz triste.
Ayla: Não se preocupe com isso, eu sei que você quer me ajuda. — digo mas acabo ouvindo um barulho. — Melhor você ir embora, outro dia eu te digo o que lembro, acho que meu pai chegou. — digo e me afasto da janela, volto para o balcão da cozinha, e ele chega ali.
Demir: Minha comida já está pronta p***a? — pergunta e rapidamente eu começo a servir ele, tento me controlar para não chorar, mas ele ao ver meus olhos vermelho me da um tapa no rosto me fazendo cair no chão. — Eu já te falei que se eu te pegar chorando, sem eu te bater eu vou te bater o dobro vagabunda. — ele grita e pega o cinto, o mesmo começa a me bater enquanto estava no chão, coloco meus braços na frente do meu rosto para não ser atingido.
Ayla: Por favor, para com isso. — digo soluçando, e ele continua a me bater.
Demir: Não aprende nunca p***a, tu nunca vai aprender, eu nunca vou te deixar sair daqui, eu te mato antes de te deixar sair daqui, só vai sair para um puteiro c*****o. — ele grita me fazendo chorar ainda mais.
Até quando eu vou aguentar essas humilhações dele, a vontade de fazer algo contra mim mesmo, é tão intensa que eu não sei como estou conseguindo lidar com tudo isso, mais eu sei que vou ficar bem, eu confio em Deus, e sei que ele tem proposito para mim, as lembranças com a minha irmã, e as lembranças felizes que tive com o Luigi são as melhores e que sempre vou deixar isso bem focado na minha vida, não vou deixar nada e nem ninguém tirar isso de mim, enquanto eu respirar eu vou lutar pela minha vida, mesmo que eu sofra com esse monstro, mesmo que eu fique o tempo que for aqui dentro, eu sei que tudo tem um propósito, e é a minha fé que vai me manter bem. Então quando o meu pai parou de me bater ele gritou me mandou ir para o meu quarto, e assim eu sair correndo chorando em silêncio até o meu quarto, quando entrei no mesmo, tranquei a porta e fui para o banheiro, tirei a minha roupa e comecei a tomar um banho, a água que caía sobre meu corpo ardia pelo meu corpo, mas eu tentava me manter firme, mas as dores físicas era maiores, depois de um tempo, acabei o meu banho e mesmo com algumas dores pelo meu corpo, me enxuguei e sair do banheiro, peguei um pijama e vestir, seguir para a minha cama, e me deitei na mesma, me encolhi na cama e fiquei deitada ali por um tempo, até que acabei dormindo.