4 - Resgate parte 2

1039 Words
Veigh Pensei que o bagulho do Russo ia demorar um pouco mais, tá ligado, mas quando o Barata me passou a visão de que ele ia ser transferido, eu já fui pegando as minhas armas e me preparando para invadir o hospital. É claro que nós vamos tentar fazer o bagulho sem dar nenhum disparo, até porque tem várias pessoas doentes lá dentro. Mas se for preciso, a gente manda geral arrastar pra cima para tirar o mano de lá. Eu tô devendo a minha vida pra ele, isso nunca vai ser esquecido. Subi pro quarto, peguei a minha Glock, o meu colete à prova de balas e desci a mil. Só que eu me esqueci que o camburão tava na minha sala, tá ligado, e que eu deveria ter saído na encolha, porque a Dona Sandra tá pior que os cu azul atrás de mim. - Tu tá indo para onde armado, Thiago? Quanto mais eu oro, pior você fica, não é possível. Você m*l saiu do hospital e já vai se enfiar de novo em confusão? - Mãe, o bagulho vai ficar sério e eu não quero a senhora apertando a minha mente. Até porque não vai adiantar, já te passei a visão que uma vez dono de morro, sempre dono de morro. - Você não sabe o quanto eu me arrependo de não ter te dado uns tapas quando você era pequeno. Talvez se eu tivesse batido com a sua cabeça na parede, o parafuso solto tivesse voltado para o lugar. - Não tem parafuso solto aqui, coroa. O bagulho é o seguinte: não quero que tu fique moscando na rua, não. Já passa essa visão pro Flávio também. Nós estamos indo pegar o mano que está no hospital e se o bagulho der errado, os "botas" vão vir atrás de nós. Então, nada de marolar na fofoca com a tia aqui do lado, porque eu já tô ligado que vocês ficam falando da vida de todo mundo. - Eu fico falando da vida dos outros, Thiago. Olha a calúnia que você tá levantando contra a minha vida, falando que eu fico fazendo fofoca. Você não tem vergonha não? - Calúnia quem faz é tu e a vizinha juntas. Agora me deixa ir lá que eu já tô atrasando a tropa. Vê se não sai de casa, se quiser falar m*l dos outros, fala pela janela lá de cima - falei saindo correndo porque ela me tacou o chinelo. Quando cheguei na barreira, a tropa toda já estava me esperando. O Barata me olhou boladão e falou: - Já tava quase me adiantando sem tu, irmão. Demorou mó cota para poder descer. - Esse bagulho da minha coroa morar na mesma casa que eu não tá dando certo, mano. Ela fica batendo várias neuroses pra cima de mim. - Sei bem como é, mano, mas valoriza, tá ligado? A minha coroa batia várias neuroses e eu ficava reclamando. Quando ela morreu, até senti falta de quando ela me dava a vassourada pra mim não entrar para o tráfico. Eu senti falta. - Valorizo mesmo, até porque agora é amor só de mãe. Esse bagulho de fiel não tem futuro não - falei entrando no carro. Ficamos muito tempo fora do hospital esperando a Gigi dar o ok. A gente não queria dar tiros, como eu falei mais cedo. Então, o esquema é de madrugada, quando ela for sair, para o cara nós pega o Russo e se adianta antes dos outros chegarem. ..... Acabamos pegando no sono com a demora e foi aí que o celular do Barata começou a tocar. Quando ele atendeu, era a Gigi, dizendo que o cara topou e para irmos para o quartinho com ela. Barata: atividade em porr@, o bagulho tem que ser rápido. A Gigi botou a cara do lado de fora e entregou umas roupas de enfermeiro para a gente entrar sem ninguém ficar fazendo perguntas. Depois, ela se adiantou para distrair o cu azul. Eu e o Barata entramos vestidos de enfermeiros e os amigos ficaram do lado de fora dando contenção. Já tínhamos avisado que se eles ouvissem algum disparo, era para entrar metendo bala. Fomos seguindo as coordenadas que a doidona deu para a gente até chegar no quarto do Russo. Só que tinha um porém: o policial ainda estava parado em frente à porta. Foi aí que me aproximei dele e disse que tinha que medicar o paciente. Ele falou que tudo bem e me deixou entrar. O barata ficou parado no corredor, fingindo que estava trocando uma ideia com a recepcionista que ele nem conhecia, mas estava se abrindo toda para ele. Quando entrei na sala, o Russo estava apagado, mano. Eu comecei a sacudi-lo e ele abriu os olhos, puto, querendo me xingar, mas quando viu que era eu, abriu um sorriso de felicidade do caramba. Russo: "O que está fazendo aqui, viado?" Veigh: "Vim te dar tua liberdade, p***a! Ou tu achou que eu ia deixar eles te levarem pro inferno de novo?" Russo: "Já estava sem esperança, irmão." O barata entrou no quarto dizendo que estava limpo, então dei uns tiros nas algemas que estavam prendendo o Russo na cama. Coloquei ele na cadeira de rodas que estava ali, pois ele estava com dificuldades para andar. O barata veio me ajudar e eu fui saindo com ele devagar. Mas como nada é perfeito, quando estávamos na porta, um cu azul começou a gritar: - O preso tá fugindo, c@r@lh0! O cara que tava comendo a Gisele veio correndo com as calças arriadas, dando tiro em cima de nós, e o Barata foi trocando com ele. O bagulho virou mó correria, mas nós conseguimos colocar o Russo no carro. - Atividade em porr@, vamo trocar de carro porque esse já tá visado. Paramos no posto, trocamos de carro e fomos tranquilos, tá ligado? Mas quando chegamos na avenida Brasil, tinha uma blitz. O Russo começou a suar frio e o Barata também. Eu mantive a minha postura, mas o c* não tava passando nem wi-fi. - Pô mano, fudi vocês - o Russo se lamentou. - Fica suave, ou nós saímos dessa juntos ou toda geral - o Barata falou confiante.
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