Capítulo Três - O lado sombrio de Madeline - Hope vol1

2092 Words
Chego na escola na segunda feira, avistando de longe meu amigo conversando com a Loira, pelo que eu soube David progrediu muito com a moça, e como eu conheço meu amigo o suficiente me arrisco a dizer que não vai demorar muito para eles estarem junto e em um relacionamento sério, trocando saliva por aí. Mais algo estava em comum, Madeline? Cadê? E porque a Loira está vestindo uma calça e casacos moletom preto, tampando seus cabelos com a touca da blusa. Me aproximo do meu amigo, que de longe se dava pra ver que ele estava completamente atraído pela a garota. Eles me encaram e o David fez o toque comigo, faço um aceno para a garota e Encaro meu amigo, entrando na escola logo depois. Caminho até o meu armário e coloco minha mochila lá dentro pegando os livros de biologia. Caminho até a sala e me sento logo no final, não demora muito pro sinal bater e os alunos começarem a entrar. Vejo meu amigo e a loira entrarem na sala, David se senta a minha frente e a Ana na frente dele. Ele se vira pra mim e faz uma careta, acho legal o David estar interessado em uma garota, digamos que seus amores passados não foram "normais". Só espero que dessa vez ele se aquiete e não faça nenhuma besteira com a Ana, eu conheço meu amigo e o que ele sabe fazer de melhor a magoar as pessoas. — Sabe, você está muito quieto hoje — ele diz e eu reviro os olhos, eu sou quieto sempre, não sou muito do tipo que se socializa com as pessoas, por mais que elas tentem se aproximar. Olho para a porta e entra uma garota ruiva, e o professor se levanta a encarando. — Bom galera essa é a Madson, nova aluna, e filha do diretor — A garota respira fundo passando as mãos sobre o rosto, provavelmente não queria que falassem aquilo. Acho que eu estou bem surpreso, todos estão surpresos na realidade, sempre achei que o diretor fosse gay. Ela olha a sala e se senta a fileira de cadeiras ao meu lado, a única cadeira vaga da sala, que provavelmente pertencia a Madeline. Olho para a Ana que encarava a menina com curiosidade mais logo se volta para frente prestando atenção na aula. Meu amigo se vira ficando de frente pra mim e eu o faço uma careta o encarando. — Cadê a Madeline? — Pergunto baixo para que só ele escute. O professor não havia passado nada no quadro então a sala estava uma completa baderna. — Isso tá virando obsessão Miguel — Dou de ombros eu só quero saber da garota, isso não quer dizer que vou virar um serial killer — Ana não quis me falar, mais ela também está bem estranha, não sei o que tá acontecendo — Assinto e o professor se levanta com o piloto na mão pronto para passar as atividades, assim que todos percebem, ficam quietos e observam atentamente os movimentos do mesmo. Essa história tá estranha, e é isso que está me chamando a atenção cada vez mais, o que será que Madeline é sua irmã escondem? [...] O sinal toca dando início ao intervalo, caminho até a cantina e me sento na mesa de sempre, só que ali estava outra coisa estranha, o time de futebol estava em outra mesma. Assim que David me vê, se aproxima se sentando ao meu lado. — É Aí cara? — Faz o toque comigo e começa a mexer no celular. As últimas duas aulas eu não tive com ele, e nem com a Ana. Falando nela a vejo entrar no refeitório com as mãos no bolso da blusa de frio, ela olha ao redor e seu olhar para na garota nova que estava entrando também, elas começam a conversar. Até a loirinha pegar o celular e da um sorriso ao olhar para a tela do mesmo, novamente ela olha ao redor e seu olhar para na nossa mesa. Da um sorriso para David e se aproxima se sentando com a gente. — É Aí gente — Ana da um sorriso gentil e eu apenas aceno com a cabeça, prestando atenção em meus dedos, a novata estava com ela. — Que dia e hoje? — Eu pergunto e a Ana respira fundo. — 24 de maio — Diz um pouco abatida, o que me chamou a atenção, porque ela está assim? E cadê a Madeline? — Porque a Madeline não veio hoje? — Pergunto e ela me encara por um tempo, percebo a cara de choro dela e logo vejo que aquela não era uma boa pergunta a ter feito, mais como eu iria saber que a minha simples pergunta iria a deixar daquela forma? — Não precisa responder se não quiser — Digo e desvio o olhar dela para a mesa de líderes de torcida aonde Angela me olhava, volto a encarar a Ana. — Não, tudo bem, ela precisou sair da cidade, volta depois de amanhã — Ela fala batendo as unhas sobre a mesa, visivelmente nervosa. Mais ainda não consegui engolir essa história, será que a Ana está assim por causa da falta da irmã? Ou tem outra história por trás? Pelo que eu percebi nesse pouco tempo que as conheço, Madeline demonstra ser a mais forte entre as irmãs, e está sempre tentando proteger a irmã de tudo. O sinal do intervalo toca mostrando que o mesmo havia acabado, me levanto ao mesmo tempo que David e as Meninas. Agora eu teria aula de zootecnia, não sei porque a gente ainda tem isso mais tudo bem. Entro na sala de aula e me sento na última cadeira da sala, a mesma de sempre. Assim que toca o segundo sinal o professor entra na sala fazendo todos ficarem em silêncio, eu conheço ele e ele concerteza me conhece. Senhor Adams, o professor mais chato que alguém pode conhecer, diferente de todos os outros professores ele pega no meu pé e no pé de David. O que me faz ter um pouco de simpatia por ele, mesmo ele sendo completamente chato, e um completo s*******o, qual o sentindo da aula de zootecnia? Isso mesmo nenhuma! — Boa tarde alunos — Ele caminha até a porta fechando a mesma e para de pé de frente para todos os alunos, e eu vejo a Ana sentada na primeira cadeira da primeira fileira ao lado da porta. Não sabia que ela tinha aula de zootecnia comigo, e provavelmente ela também não já que me encara e da um sorriso f*****o de lado. Ela estava estranha, mesmo de longe no primeiro dia pude perceber que ela aquele tipo de garota completamente alegre, saltitante, que parece que engoliu um unicórnio, e solta arco-íris pela traseira. Mais hoje ela está completamente diferente, esse jeito não é dela, esse jeito é da Madeline, mais o que aconteceu pra gêmea gótica ter faltado, e a gêmea alegre estar pior que a gêmea gótica? — Não é mesmo Miguel? — Tomo um susto com o professor falando o meu nome e só aí eu percebo que encarava seriamente a Anna, só espero que ela não pense que eu sou um psicopata. — Hum? — Todos começam a rir e o professor fecha a cara, e se senta me encarando diretamente, o Encaro de volta com um sorriso no rosto. — Vou passar um trabalho em dupla para amanhã — Arregalo os olho, agora ele passou dos limites, tem exatamente uma semana que as aulas voltaram. — É essa trabalho vale quanto? — Pergunta a Anna e eu prendo o riso, m*l sabe ela que só por essa pergunta, por ter interrompido o professor que ele irá, pegar no pé dela até o final do ano. O professor aperta os olhos a encarando sério. — Doze pontos — Ele diz e eu respiro fundo — Será em dupla — Respiro fundo ao lembrar que David não é da mesma turma de zootecnia que eu — Quero a senhorita com o Martinez — Arregalo os olhos e vejo a Anna fazer uma careta, provavelmente não sabia meu sobrenome — Vocês terão um dia para me entregar — Ele diz e o sinal toca encerrando assim a aula. Me levanto da cadeira, e saio da sala logo depois, mais escuto a Ana me chamando, paro e a Encaro e ela para em minha frente. — Você sabe quem é Martinez? — Seguro o riso e Encaro de volta. — Vai por mim e um garoto h******l — Ela fecha e abre a boca várias vezes, dou um sorriso de lado ao perceber que ela tinha as mesmas expressões faciais que a irmã, mesmo sendo diferentes. — Aí Miguel para, o que o garoto fez de tão r**m assim? — Ela aperta os livros em seus braços, e eu dou um sorriso pronto a continuar com a brincadeira quando o coordenador nos interrompe. — Martinez, seu pai está na secretaria a sua espera — Ele fala e logo sai de perto para poder falar com alguns garotos que estavam fumando pelo corredor, Encaro a Ana com tédio por saber que o Arturo acabou de estragar a brincadeira. — A então é você — Ela diz sorrindo e logo fecha a cara me dando um soco no braço — É você seu palhaço — Dou uma risada — Amanhã as duas da tarde lá em casa beleza? — Assinto e a vejo sumir por aquele mar de alunos no corredor. Respiro fundo ao me lembrar que meu pai está na secretaria, o que será que ele que comigo que n******e esperar eu voltar pra casa? Gelo mais uma vez ao lembrar que amanhã eu terei que ir a casa de Madeline, EU VOU A CASA DE MADELINE. Caminho lentamente até a Secretaria e encontro meu pai de pé, colado a mesa tendo uma conversa perto da secretária, na minha opinião perto de mais. Pigarreio e eles se afastam me encarando, e eu olho de um para o outro freneticamente mais fico quieto, é mantenho o olhar somente do meu pai. — Queria falar comigo? — Ele assente.. — Queria mais em casa, vamos? — Olho o meu relógio velho de pulso, e o Encaro. — Eu ainda tenho duas aulas — Ele respira fundo, gosto disso, gosto de irritar ele na frente dos outros, porque sei que ele não vai fazer nada, ele nunca faz nada na verdade, mas gosto de o irritar mesmo assim. — Sim mais a aula pode esperar — Ele passa por mim, saindo da escola e eu vou atrás. Minha mãos já começam a suar, e o meu corpo a esquentar, o que pode ser tão importante que faria a escola esperar? Ele entra no carro dele e eu me amaldiçoou por ter preferido vir a pé hoje. Entro no carro ao lado dele colocando o sinto e prestando a atenção somente na estrada. — Será que tem como adiantar o assunto? — Pergunto sem tirar os olhos da estrada mais o escuto respirar fundo. — Suas notas Miguel, e a sua falta de competência, não só nos estudos mais também em casa — Reviro os olhos — Como que você vai conseguir uma faculdade de Economia dessa forma? Garoto eu sinceramente não sei o que fazer com você — Reviro os olhos, encostando minha cabeça na janela, sentindo o vidro gelado. Meu pai tem o péssimo pensamento de querer que eu trabalhe na mesma área que ele, não gosto disso, tô nem aí pra economia, não estou julgando de quem trabalha nessa área, só não gosto mesmo. O que eu sempre gostei e o que eu tenho v*****e de fazer sempre foi advogacia, essa área da justiça sempre me chamou a atenção, sempre foi meu sonho, e por mais que seja um trabalho previlegiado, meu pai ainda não concorda com isso e é um absurdo total. Nem debato mais, sei que o final é sempre o mesmo, discussão entre nós dois, e isso não é nem de longe uma coisa boa. O bom é que quando formos para a faculdade já vou ser maior de idade e concerteza vou poder escolher o que eu quiser. Eu pensava assim até um tempo atrás quando percebi que se eu fizer isso, vou ser deserdado e concerteza não vou ter como pagar minha faculdade. Minha única opção era e é juntar dinheiro, o que eu faço a alguns anos nem sei quanto eu já tenho guardado.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD