Capítulo 19 — A presa

1112 Words
Freya Estávamos olhando um para o outro quando ele me beijou sem aviso. Não hesitei e correspondi na mesma hora. Ísis já estava bem distante com Sete, embora ele soubesse disso, estava fazendo pouco caso sobre isso agora. — Por que você acha que eu vou acreditar nas suas mentiras? Estava se esfregando há pouco tempo em garota aqui, o que quer de mim? — Me afastei no momento seguinte e mantive a calma diante da situação, eu não posso ficar irritada e excitada ao mesmo tempo. — E daí? Você também tava dando moral pra ele e nem por isso eu tô cobrando alguma coisa sua. Mas eu quero você, na minha cama ou onde você quiser. — Cara, ele não vai cansar de querer me f***r nunca? Ele me vê como o quê? Uma máquina? — O que leva você a acreditar que eu vou te dar? Fala sério, Jamerson. A gente não tem nada em comum, eu sou só amiga da sua irmã e mais nada que isso. — Acontece que desde aquele dia do baile que eu não consigo tirar você da minha cabeça, Freya. Quando eu penso que alguém tá beijando você e esse alguém não sou eu, eu perco o controle e não consigo me controlar. — E se eu te pedisse pra ficar longe de mim, mas que desta vez, estivesse falando mais sério que nunca. Por que é tão difícil pra você entender isso? — No fundo, estou chateada por tudo que já vivi e pelas coisas que ouvi dele, só quero colocar minha raiva pra fora de alguma forma que não machuque ninguém além de mim mesmo. E é exatamente isso que estou fazendo agora. — Você quer que eu te deixe em paz e esqueça que você existe? — Ele falou sério, assim como eu. Após dar dois passos para trás, ele olhou para os lados como se estivesse procurando alguma coisa no meio daquelas pessoas. — É só olhar pra você que dá pra ver como você é uma pessoa vazia, Freya. Suas últimas palavras antes de sair mais uma vez, me deixaram refletindo, porque eu sei que é verdade. Estou sem celular e desse jeito é impossível pedir algum carro de aplicativo. Ísis sumiu com Sete e pelo visto, vou ter que ir sozinha pra casa, ainda bem que não é tão longe. As ruas estavam bem iluminadas, mas a sensação era de que havia uma sombra preta em volta ao meu corpo, me deixando longe da luz e submersa na escuridão e medo. Embora estivesse tudo claro, não havia ninguém além de mim, o que me deixou bem nervosa quando ouvir o barulho de alguém se aproximando. Apressei os passos, mas foi tudo em vão, senti aquela mão segurar meus braços, imobilizar meu corpo contra a parede e me beijar. — Me desculpa por hoje ruivinha, mas não quero ver ninguém tocando em você novamente. Eu não quis ofender você aquela dia, não te acho uma prostituta. Quero você por tabela, Freya. — Que p***a é por tabela? Enfim… — Eu acho que a gente já conversou sobre isso e… — Me calei no momento seguinte, quando tive minha boca invadida por ele. Suas mãos grandes apalpando minha b***a enquanto eu cedia a tudo aquilo, com meu corpo amolecendo a cada toque dele. A quem eu quero enganar? Agarrei em seu pescoço e beijei ele de forma suave, enquanto ele nos conduzia até o carro dele que estava estacionado do outro lado. O vestido me impede de andar rápido, a cada passo que eu dou ele sobe um pouco, deixando minha b***a quase toda de fora. O salto me incomodava. Fiz menção em me abaixar para retirá-los, mas Jamerson foi mais rápido e se abaixou, os retirou e puxou minha mão para que eu andasse mais rápido. Seu carro era bonito e ele parecia já andar preparando, pensando em quem seria a próxima vítima da noite e eu decidi que serei eu… — Eu quero você, Boca. — Entrei no carro o encarando através do retrovisor, vendo ele pegar no p*u e apertar com força o mesmo. — Tem certeza que não vai se arrepender disso? Eu não sou gentil e… — Eu não quero um santo, muito menos gentileza, Boca. — Passei a mão em seu ombro, por trás do banco e ele olhou para trás, encontrando meu olhar de v***a que se cruzou ao seu no mesmo instante. — A não ser que você queira ir atrás de outra por aí, também não me importo. — Eu não quero f***r com você só pra gozar, quero que você também queira isso também. Se eu quisesse prazer, ainda estaria naquele show dando moral pra qualquer uma que me despertasse interesse. — Eu era então interessante ao ponto de fazer ele querer me f***r com exceção hoje? — Mas, você está bêbada e eu não sou como você pensa, só vou te levar pra casa e depois… — E depois o quê? Achei que eu despertasse o seu interesse, assim como você desperta o meu. E, eu não estou bêbada, só estou alegre e acho que todo mundo fica assim. — Avisei antes dele mencionar que eu estou alterada, porque ainda não cheguei ao ponto de esquecer meu nome. — Tem certeza que todo mundo fica assim? A última vez que você bebeu e chegou perto de mim, acordou me odiando no dia seguinte e até pouco tempo atrás, estava me xingando. Eu vou te deixar em casa e depois você decide se me quer ou não. — Eu não quero ir pra casa. Quero sentar bem forte e gostoso no seu p*u, rebolando enquanto grito seu nome, Jamerson… Jamerson… — Sussurrei ao pé do seu ouvido e fui ouvida no mesmo instante. O carro parou bruscamente em uma rua deserta e tudo estava indo conforme eu queria, se não fosse a maldita de uma ligação que fez o celular dele “berrar” e o que me irritou ainda mais foi quando eu vi o nome Alice na tela. — Que merda, em? Achei que você já tivesse desapegado dela. Pelo visto, eu só estou um pouco alterada mesmo. Pode me deixar aqui, eu vou pra casa sozinha e não precisa se preocupar comigo não. Vai atrás da sua amadinha. — Desci do carro e bati a porta com força, deixando todo meu ódio, vergonha e humilhação ali mesmo, no asfalto. — E quem disse que eu me apego às coisas? Você esqueceu sua bolsa e seu salto e esqueceu também das palavras de disse há pouco minutos atrás. Eu quero ver você rebolando e gemendo meu nome.
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