Capítulo 18 — Declarações (não) amorosas

1006 Words
Freya O álcool subiu na minha cabeça, eu dancei pra valer e como se não tivesse ninguém além de mim ali. Ísis me segurou e quando parei, senti meu corpo sentir o começo do cansaço dar sinais em meu corpo, mas eu não estou nem um pouco a fim de ir embora ou pegar leve. Ver Jamerson se esfregando nas mulheres me deixou com certa raiva e eu sei bem o porquê, porque eu o desejo e quero ficar com ele, mas ainda penso em ser chamada de prostituta por ele novamente e isso me deixa frustrada só de pensar. — Achei que nunca mais iria ver você. — Bernardo surgiu do meio da multidão e falou ao pé do meu ouvido, me assustando de repente. — Desculpa, eu não queria assutar você. — Eu só não estava preparada pra te ver aqui. Aliás, há quanto tempo. — Peguei minha bebida e ele me seguiu, com uma lata de cerveja em sua mão e um cigarro em outra. — Cê tá com alguém por aí? — Perguntei antes de qualquer coisa, Jamerson pode colocar regras lá no morro, não aqui na rua. — Não, eu tô livre, leve e solto. E você? — Estou com a Ísis, quer vir ficar com a gente ali? — Desconfiado, ele aceitou e quando chegamos no local em que eu estava com a Ísis, vi que ela não estava maiis ali e, quando olhei para frente, lá estava ela, agarrada com Sete e rindo a toa, enquanto nem sinais do seu amigo. — Eu também estou livre, leve e louca. — Então estamos com sorte hoje. — Bernardo é bonito, atraente e solteiro, além de saber chegar e sair na hora certa, mas desta vez eu não vejo que ele vá embora. Estou apenas seguindo os conselhos da minha amiga e seguindo em frente, não faz m*l dar uns pegas nele, afinal, somos adultos e independentes e estamos apenas querendo diversão. — Qual o lance entre você e o Boca? — Vamos tentar não falar sobre isso? A gente não tem nada, nunca tivemos nada e dele eu quero apenas distância e mais nada. — Não disse mentiras, não temos nada mesmo e sinceramente, eu prefiro assim. — Que bom! Isso quer dizer que a gente pode? — Me aproximei mais dele, sua mão segurou minha cintura e me puxou para mais perto dele, colando nosso corpo um no outro. — A gente pode tudo! — Mentira, eu nunca transei na minha vida e lógico que não vou fazer isso agora, mas nada me impede de sarrar no p*u dele e lembrar disso quando for dormir. Cedi ao seu beijo quente e suave, com a sensação da sua mão entre meus cabelos e a outra segurando minha cintura. De repente, ele se afastou, me olhou e disse: — Eu não quero criada problemas, então não mente pra mim. — Eu não minto. Afinal, o que você querer saber? — Olhei séria e sabia que ele não tinha apenas vontade de me pegar, mas de saber alguma outra coisa também. — Se houver alguma lance entre você e o Boca, a gente não pode fazer isso. Eu não sou nenhum santo e você já deve saber disso, mas Boca é muito pior que eu. Ele é bem pior do que você pode imaginar. Eu não quero te meter com confusão, não quero que se suje com ele por minha causa. — Ele está jogando limpo e isso me impressiona, poucos teria avisado antes de fazer a merda. — E eu já disse que a gente não tem nada. Ele tava agarrado há pouco tempo atrás com umazinha, não sou eu quem vai servir de marmita para traficante. E eu não tenho medo dele, saiba disso. — Mentira, até a voz dele me assusta. — Eu gosto de você, além de ter atitude, você é determinada e mete a cara. — Ele colocou os fios soltos do meu cabelos que estava em meus rosto atrás das telhas, segurou em minha nuca e me olhou por alguns segundos, antes de mencionar me beijar novamente e ser impedido por um soco que acertou em cheio seu nariz e o fez sangrar. — Eu já disse que ninguém toca no que é meu, você já foi avisado e mesmo assim insistiu no erro. — Jamerson gritava, reunindo algumas pessoas ao nosso redor enquanto ele dava seu showzinho ridículo. — Vai se f***r, larga ele e me deixa em paz. Qual é a p***a do seu problema? Você nunca vai me deixar me paz? Eu já disse que não quero nada com você e mesmo assim você não me deixa me paz? O que você quer de mim? — Ele calou e não me respondeu, não deu as costas e antes de ir embora disse: — Eu quero muitas coisas, Freya. Muitas coisas! — Ajudei Bernardo a levantar e as pessoas foram saindo, a próxima banda a tocar era Calcinha Preta e eu sou fã. Bernardo estava com o nariz sangrando, mas rejeitou a minha ajuda de até gritou comigo antes de entrar no carro. Mais uma vez eu estava sozinha, bêbada e querendo ir embora. — Droga! Parece que eu sempre faço tudo errado e acabo saindo fodida de tudo. O que será que eu fiz pra merecer tudo isso? — indignada eu andava sem rumo, passando no meio do povo com um nó na garganta e o choro quando saindo sem minha permissão. — Você me odeia, Freya? — A voz rouca sussurrou em meu ouvido e me fez arrepiar, sem saber o que responder e completamente nervosa. — Você brinca comigo e acha que eu vou aceitar isso? — Qual é a p***a do seu problema? Será que não consegue me deixar em paz por um minuto? — Não dá. Não dá porque eu não consigo parar de pensar em você, tá me entendendo? A única coisa que eu quero hoje é me embriagar com você e depois a gente f***r pra valer.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD