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1007 Words
Aquela foi a parte que eu comai a odiar bandidos, mas houve outras marcas da minha furia, a marca das pessoas que deviam ser os heróis não foram nem um pouco heróicas. Minha vida era classe média alta mesmo morando na periferia, papai desistiu de tudo depois que mamãe morreu e se viciou em bebida, então comei a trabalhar de garçonete com apenas 15 anos. Eu sustentava a casa e o vício do papai. Então eu me apaixonei, ele era a coisa mais linda que eu já tinha visto, seus cabelos castanhos claros e seus olhos negros me encantavam, suas tatuagens de menino mau também. Com dois meses de namoro ele fez uma em minha homenagem escrito Lívia perto do coração, Juan foi uma das paixões que mais me consumiram, ele como a maioria dos moradores da periferia já tinha mexido com paradas erradas mas agora trabalhava em uma madeireira, honesto engenharia faculdade de filosofia era muito mais inteligente do que eu, ele foi meu primeiro em tudo em minha vida.  No dia em que nos separamos ele estava animado, me chamou para uma ter como falavam na época, Arnaldo ficou com uma amiga de infância e o papai eu não o via uns 3 dias, às vezes eu o achava na rua e era triste . A festa esta animada ouvindo mamonas assassinas e a polícia apareceu, é sempre uma humilhação quando a polícia chega a gente tinha que abaixar e colocar a mão na cabeça . Um dos policiais obrigou eu e Juan a irmos com ele na viatura, ele estava cheio de graça pra cima de mim, abracei Juan pra deixar claro para aquele seboso que eu não estava sozinha, meu relacionamento com Juan era do tipo que a gente não podia ficar um dia sem se ver e quando se via tinha que estar abraçado e nunca se desgrudar. Aqueles policiais não ouviam nem a mim nem ao Juan, mesmo ele exibindo sua carteira de trabalho que era algo que todos os adolescentes da favela tem que andar a todo momento . O policial que me cantou apontou a arma para nós dois e nos levou a um matagal com medo de acabar com a minha mãe . - Faça  um buraco agora. - diz um dos policiais jogando uma pá na frente de Juan. Eu logo percebi o que está acontecendo e comeci a chorar e fazer que não com a cabeça para Juan que ficou paralisado. O outro policial apontou a arma em minha direção, meu coração disparou, mas eu não chorei, foi um incentivo, então Juan começou a abrir nossa cova. Não seria tão r**m morrer com ele eu pensava, mas numa desatenção do policial que apontava a arma para minha cabeça Juan voou em cima dele, eu sai correndo e europeu a gritar por socorro, algumas pessoas que passavam pararam. Foi tempo o bastante para eu ouvir o barulho do tiro, aí sim lágrimas desceram do meu rosto, voltei correndo até o mesmo lugar como uma maluca, quando cheguei onde eles estavam Juan estava estirado em sua cova rasa. Eu cheguei perto e ajoelhei ao seu lado e as únicas coisas que ele conseguiu me dizer foi:  " Vou sentir sua falta "e depois tossiu e sangue saiu de sua boca, minha vontade de chorar só aumentou  " Parabéns pelos 16 anos, tem algo no meu bolso, eu ia te pedir em casamento agora que estava terminando a faculdade. "Ele continuou tossindo tossindo , eu procurei em seu bolso e achei uma caixinha de veludo vermelho com um anel simples e lindo então eu disse: "Eu aceito" e o abracei, então ele respondeu depois de um sorriso: "É tarde demais para nós dois Lívia, eu te amo , se cuida. "Disse e morreu em meus braços.  Gritei tanto que fiquei uns 3 dias sem falar, me lembro de quando a gente ficava brigando sobre como seria nossos filhos, ele queria que parecesse comigo e eu com ele. Seus sonhos que morreram com ele, e que apenas eu sei, sair de lá, salvar sua mãe de seu padrasto espancador que morava no Rio Grande do Sul. Tudo acabado, até hoje uso uma aliança que ele me deu e já tive muitos problemas por causa disso, inclusive com o seu pai. Eu era inocente demais naquela época para entender que meu pai tinha sido morto por policiais milicianos, mas aí que aquele momento veio a sede de vingança. Se isso não fosse o bastante eles ainda colocaram drogas e armas no local e disseram que eram nossos, então todos surgiram a me olhar torto, fui demitida do trabalho que sustentava nossa casa e ninguém queria dar emprego a " O dia já havia se tornado a noite estava com sono e encantada com a beleza de uma foto de um homem colado na página.  Precisava de um banho e Zac demorava a chegar, and eu já estava com ciúmes graças a prima s****a dele, então se ele demorasse mais meia hora vou descer e quebrar o p*u. Meu melhor presente de casamento até agora foi o quase livro de minha mãe, e se para mentira ou verdade não importa, só importa que eu tenho um mínimo ilusão de que a alguém neste mundo que sabe quem eu sou, que eu não sou um filho de chocadeira se foi uma piada eu vou descobrir e enforcar quem fez.  O banho foi incrível, a temperatura estava escaldante e um banho frio ajuda, deu pra ouvir Zac chegando, que bom que não vou precisar m***r ninguém hoje.  - Pietra não fugiu não né, amor? - dizia o sem vergonha do meu noivo.  - Se ama o que tem entre as pernas, acho melhor explicar a demora. - digo rindo por dentro.  - Mamãe me fez ficar horas repetindo meus votos de casamento, mas se não acredita liga pra ela. - disse com o tom de um bom e velho drama de um mimado.  - Não precisa, eu acredito em você amor. - digo ainda me segurando para não rir  - Quer companhia? - pergunta Zac.  - Adoraria. - respondo.
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