Capitulo 1

1065 Words
Danilo Ribeiro No alto da minha laje eu admirava o que eu havia conquistado por mérito próprio. Meu morro era o que eu tinha de melhor, a segunda coisa mais importante pra mim e tinha que ser muito sujeito homem pra vir bater de frente comigo. Faz cinco anos que eu me tornei dono do Complexo do Alemão, não pisei em ninguém pra chegar alcançar o meu, apenas fiz meus corre calado. Eu sabia bem como levar as coisas no meu morro e para que tudo saíssem como eu planejava sempre na ordem, tive que me tornar uma pessoa diferente do que era antes. Ana: Dan, tão te chamando lá em baixo. - escutei a voz de minha irmã mais nova atrás de mim. - É aquela velha? - perguntei antes de me virar para olhá-la e ela apenas assentiu. - Papo reto, ela não vai morrer antes de acertar as contas comigo. Ana: Deixa a mulher morrer em paz, Danilo. - revirou os olhos. - Nem que me paguem. - passei por ela descendo as escadas. - Aliás, se ela me pagar eu deixo sim. Ana: Acha mesmo que ela vai conseguir pagar todo esse dinheiro? Ela é mãe do meu namorado! - me seguiu. - O problema é dela. - peguei minha glock em cima na estante. - Cadê o Felipe? Ana: Tá com ela lá na UPA. - Tô descendo. Fé pra tu. Não esperei que ela dissesse algo a mais, saí de casa e desci até a unidade pronto atendimento do morro até a velha drogada que estava me devendo quase cinco mil reais. Eu deixei acumular, mas uma hora ela ia ter que acertar as contas comigo e não ia deixar ela morrer sem que isso acontecesse. - Qual foi, Felipe, cadê tua mãe? - ele estava na recepção digitando algo no celular. Felipe: Iae, parcero. Ela tá lá dentro dormindo. - guardou o celular no bolso. - Eu te avisei que ela ia ter que acertar as contas uma hora e a hora é agora. - passei por ele sem mais explicações e segui até o quarto onde ela estava. Todos aqui sabiam quem eu era e nem tentaram me impedir. No segundo andar, procurei pelo quarto 45 e ela estava lá, tão branca quanto uma vela e era perceptível o quanto as drogas haviam acabado com sua aparência. Eu não estava com muita paciência, fui até ela e a sacudi enquato chamava seu nome. Seus olhos se abriram arregalados demostrando que meu gesto havia a assustado. - Vim acertar os bagulho com você, c*****o. - cruzei os braços obsevando ela me analisar com medo. Creuza: Como acha que vou pagar isso? Me deixa morrer em paz. - sua voz estava fraca. - A mais não vai mermo, dá seus pulo ou eu faço tu levantar dessa cama e sem caô não vai ser bonito o que eu vou fazer. Creuza: Eu.. Eu não tenho dinheiro. Mas tenho uma coisa valiosa.. - pensou um pouco. - Bruna. - Quem é Bruna c*****o? Creuza: Minha filha. - tossiu sem forças. - Ela mora na Bahia e com certeza virá pra cá quando eu partir dessa pra melhor. Ela é toda sua! - E que p***a eu vou fazer com tua filha? Tá chapando caraí? - aquela conversa estava me irritando. Creuza: Ela é bonita, muito bonita! - sorriu. - Você já a conheceu quando ela morava aqui, só não se lembra faz muito tempo. Você pode fazer o que quiser com ela, Cobra. - Se ela não aparecer, eu mato o teu filho. - menti. É claro que eu não mataria o Felipe, ele era meu parceiro e namorava minha irmã. Creuza: Ela virá, eu tenho certeza! Agora me deixa morrer em paz, o céu me aguarda. - Céu? Tá de s*******m. - sorri ironicamente. - A caravana pro inferno tá te esperando. Deixei o quarto onde ela estava e quando passei pela recepção Felipe não estava mais lá. Segui meu caminho até a boca, por onde passava alguns moradores me cumprimentavam outros nem me olhavam, infelizmente eu não podia fazer nada. Madrugadão e Nathan estavam dentro da minha sala, onde eu costumava ficar pra contar o dinheiro e fazer outras coisas mais. - Tão achando que a vida é um morango, p***a? - bati na porta assustando eles. - Trabalhar ninguém quer. Madrugadão: Vantagens de ser parceiro do chefe. - zombou. - Depois morre não sabe o porque. - abri a gaveta da mesa para pegar um fino. Nathan: E a véia? O que tu fez com ela? - jogou o isqueiro para mim e eu peguei no ar. - Ela me ofereceu a filha dela como forma de pagamento. Nathan: Tá doido p***a, a Bruna, irmã do Felipe? Ele sabe disso? - Não sei, mas ela ofereceu e eu aceitei. Não ia me pagar mesmo, antes isso do que nada. Madrugadão: A irmã dele não é aquela moreninha, que era amiga da tua irmã Nathan? Nathan: É ela mermo viado. Elas nem se falam mais. - Quem é essa mina? Eu não tô lembrado dela. Madrugadão: Faz mó tempão que ela foi embora, até hoje não sei o porquê. - deu de ombros. - Nem eu lembro direito dela, tu com esse monte de coisa que fica na cabeça que não deve lembrar mermo. - De qualquer forma, eu e ela temos um bagulho pendente agora. - acendi meu baseado e logo dei uma tragada nele. - Agora mete o pé daqui vocês dois e manda a Vanessa brota aqui. Nathan: Tu que manda. Os dois saíram me deixando sozinho, terminei meu baseado e logo em seguida Vanessa apareceu. Ela era uma vagabundazinha aqui do morro, mas tinha um boquete bom e de vez em quando eu chamava ela pra desenrolar pra mim. Vanessa: Oi, meu gatinho. - sua voz melosa me fez revirar os olhos com tanta força que achei que nunca fosse voltar a enxergar. Ela era baixinha e ficou na ponta do pé tentando me beijar. - Sem beijo. Anda logo que tô com pressa. - me sentei na cadeira e ela se ajoelhou em minha frente. Vanessa: Senti saudades disso. - abaixou minha bermuda. Ela fez o que fazia de melhor, eu apenas aproveitei aquela sensação. Mas por algum motivo i****a eu pensei em Bruna e como seria quando ela soubesse que seria minha.
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