Capitulo 4

1092 Words
Danilo Ribeiro A noite havia passado rápido, acordei era nove da manhã e depois de escovar meus dentes, vestir uma bermuda e desci. Não havia ninguém na sala mas escutei um barulho vindo da cozinha, fui até lá e Ana estava cortando um pedaço de bolo pra ela. - Cadê aquele dragão do Shrek? - peguei o bolo de sua mão para comer. Ana: Danilo, para de chamar ela assim. - A mina só falta cuspir fogo de tão estressada. - dei de ombros. Ana: Ah, você queria que ela ficasse rindo pra tua cara? - pegou outra fatia de bolo. - Cadê ela? - perguntei novamente. Ana: Lá fora, não quis comer e muito menos conversar. - disse como se pedisse para que eu a deixasse quieta, mas eu não fiz. Deixei Ana falando sozinha e fui até os fundos de minha casa. Bruna estava deitada em uma das espreguiçadeiras que havia ali, com os braços cruzados e a cara fechada. Me aproximei dela sem chamar muita atenção, mesmo percebendo minha presença ela não me olhou. - Tô indo pra boca, tu já sabe o que vai acontecer se tentar alguma gracinha, né? - quando ela permaneceu em silêncio aquilo me deixou incomodado pra c*****o. - Tô falando com você p***a. Bruna: Vai pela sombra. - debochou. Uma sombra de sorriso surgiu em meus lábios, aquela ali era a Bruna que todos falavam, abusada e com a resposta na ponta da língua. - Hoje a noite tem baile, acho bom tá pronta antes de meia noite. - ela novamente não me respondeu, fiquei ainda mais puto. - Toma no cu, parece que é surda. Deixei ela sozinha e no caminho pra boca xinguei uns quinhentos palavrões difentes. Essa garota não é nada fácil de lidar, poderia facilitar as coisas mas prefere ficar de ovo virado o dia todo, eu é que não vou ficar adulando. {...} Coloquei minha camisa do Flamengo, minhas correntes no pescoço e minha glock na cintura. Passei um perfume da hora, desci para a sala e Ana já estava pronta, sentada no sofá com o celular nas mãos. - Cadê aquela mocréia? Vai vim não? Bruna: A mocréia tá bem aqui. - escutei sua voz atrás de mim e me virei para olhá-la. Puta que pariu.. Ela estava muito gostosa naquele shortinho curto, cropped preto e cabelos soltos. Mesmo com a cara ainda emburrada, não havia como ela ficar feia, tem base não. Tentei não demonstrar que eu tava doidinho naquele corpo dela, então disfarcei. - Vai com essa cara amarrada mermo? - É a única que eu tenho. - falou sem ânimo. Ana: Vem Bruna, deixa o Danilo ai. - puxou ela pelo braço. - Não some da minha vista, tá ouvido? - falei com Bruna que ficou em silêncio e seguiu minha irmã. Eu fui logo atrás, na minha moto. Quando cheguei a maioria das atenções se voltaram para mim e enquanto seguia meu caminho até onde eu costumava ficar, cumprimentei alguns moradores. Bruna e Ana estavam bem atrás de mim e não tinha como ela tentar fugir já que meus homens estavam sempre por perto. Quando cheguei até o "camarote" Vanessa estava lá usufruindo das minhas coisas. Vanessa: Demorou, meu amor. - grudou em meu braço e logo me soltei. - Saí fora, p***a. - passei direto indo para perto de Madrugadão e Nathan. Madrugadão: Nem com a cara fechada a mina fica feia, cê é doido. - cruzou os braços olhando para Bruna. Nathan: Ela tá diferente e acho que até comprometida. - nós dois encaramos ele sem entender. Como assim comprometida? - Como assim, caraí? Nathan: Ontem quando fui buscar ela, escutei falando pra amiga sobre um tal Henrique. - Tenho dó dele. - virei minha cerveja. Madrugadão: Já se decidiu o que vai fazer com ela? Ela tem que servir de alguma coisa, né?! - Estou planejando algo, uma coisa bem maneira viado. - falei observando Bruna de longe conversando com o irmão e Ana. Ela permaneceu o tempo inteiro sentada no canto, as vezes bebia algo mas qualquer um via que ela não queria está ali. Eu bebi bastante, mas não ficava bêbado fácil só estava meio chapado com a maconha que fumei. Transei com Vanessa em um beco escuro e deixei Ana junto com a Bruna, eu confiava na minha irmã. Mas quando voltei e não encontrei a garota de cabelos escuros lá, fiquei cheio de raiva. - Cadê ela, Ana? Eu mandei você ficar de olho! - estava me segurando para não gritar com minha irmã. Ana: Eu não sei, eu deixei ela aqui por um minuto enquanto fui pegar uma bebida. - olhou a sua volta. - Olha ela lá! - apontou para a saída onde Bruna passou correndo. - Filha da p**a! - tirei minha arma da cintura e desci correndo, passei um rádio pra dois vapores que estavam mais em baixo e segui ela. Ela estava bem mais adiantada, mas percebi que ela correu para a casa de Felipe. Eram quatro da manhã e ela esperou a hora que achava que eu iria está muito louco para não ver que ela iria me dá fuga. Bruna acelerou os passos quando viu que eu a seguia, subiu as escadas e abriu a porta com agressividade, fazendo um barulho alto quando se chocou contra a parede. Apontei minha arma em sua direção e destravei, ela ficou parada no meio da sala quando ouviu o barulho. - Se der um passo eu arrebento sua cabeça. - murmurei entre os dentes. - Você vai se arrepender de ter me feito de o****o, sua vagabunda. Xxx: Mãe? - escutei uma voz baixinha vindo do corredor dos quartos. Havia um garotinho de cabelos cacheados parado ali encarando Bruna. - Onde você estava? Bruna: Henrique?... Oi meu amor. - sua voz estava embargada, ela abriu os braços pro menino que foi até seu encontro. Ele não tirava os olhos de mim, parecia assustado e me senti estranho por ter ele ali. Bruna pegou ele no colo e se virou para mim, quando me dei conta que ainda estava com a arma apontada para eles, logo abaixei e coloquei na cintura. Como assim ela tinha um filho? Por que eu não sabia disso? Ele era parecido com ela, exceto em alguns mínimos traços. Bruna carregou ele até o sofá e não se desgrudaram por nem um minuto, parecia que não se viam a séculos. Ela parecia outra pessoa quando olhava para o menino, havia um brilho em seu olhar que me deixou intrigado.
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