NARRAÇÃO DA ÉRICA GONÇALVES
Érica: Quem mandou vocês para me matar?
— Vá se danar, policial!
Érica: Vá para o inferno!
Cuspi no seu rosto e disparei um tiro na sua testa.
Qual é a razão pela qual desejam minha morte e por que não me enviaram reforços?
Sofri uma emboscada, pois há pessoas que desejam a minha morte. Não descansarei até descobrir quem está por trás de toda essa situação.
Saí do local e fui diretamente à delegacia para registrar um boletim de ocorrência. Dirigi-me à sala do delegado Ribeiro, que estava de plantão, bati à porta e fui autorizado a entrar.
Érica: Delegado, venho registrar um boletim de ocorrência.
Delegado Ribeiro: Certo, Érica Gonçalves. Por favor, relate o que ocorreu.
Érica: Estava a caminho de casa quando meu carro foi cercado por três motocicletas. Por sorte, meu veículo é blindado. Foram disparos de arma de fogo que atingiram meu carro. Inicialmente, pensei que se tratava de um assalto, mas, ao notar que apontaram a arma na minha direção, percebi que se tratava de um atentado contra a minha vida.
Delegado: Continue, Érica.
Érica: Acionei minha equipe pelo rádio solicitando apoio, mas não recebi retorno.
Delegado: O que ocorreu com os milicianos, policial Érica?
Érica: Matei os cinco, senhor.
Delegado: Está afirmando que eliminou os cinco milicianos sozinha, policial?
Érica: Sim, senhor.
Delegado: Você tem inimigos, policial?
Érica: Não, senhor. Um deles sabia que eu era policial, mesmo estando à paisana, alguém queria me iliminar senhor, e não sei o motivo.
Delegado: Pode se retirar, policial. Vou investigar este caso de forma minuciosa.
Érica: Obrigada, senhor.
Ao sair da sala do delegado, deparei-me com o PM Marcos, que estava com o nariz enfaixado. Ele começou a falar enquanto eu passava.
Marcos: Érica, Érica seus dias na corporação estão contados.
Parei e andei na sua direção parando cara a cara com ele.
Érica: Por que você não me diz o que tanto quer comunicar? Sei que há algo que você quer me dizer, PM. Eu te dei uma ordem mais cedo, e você continua aqui. Amanhã, falarei com o delegado sobre o seu assédio e sei que ele não permitirá esse comportamento dentro da corporação dele.
Marcos: Se você não fosse tão rígida, não enfrentaria todas as dificuldades que estão por vir. Aconselho que vá até o delegado para relatar o que aconteceu. Posso garantir que ele não tomará nenhuma ação.
Érica: Você está sendo ridículo, Marcos. Isso pode acabar muito m*l para você. Não sei qual a sua intenção com essas insinuações, mas não cruze o meu caminho.
Marcos: Por que você age de forma tão ingênua, Érica? Prefere adotar a postura da policial boazinha e se complicar?
Marcos:Creio que poderíamos formar uma parceria extraordinária, Érica basta você querer.
No momento em que ele se aproximou para tocar meu rosto, eu segurei sua mão e a torci.
Érica: Nunca mais me toque, seu imundo . Tenho conhecimento sobre a sua conduta e jamais irei comprometer minha reputação. Valorizo a farda que visto.
Afastei sua mão de forma contundente.
Marcos: Você é uma pessoa desprezível, Érica.
Érica: Não me provoque, pois posso quebrar sua mão, infeliz. Se você tentar me tocar novamente, será isso que farei.
Me afastei sem lhe dar a oportunidade de responder.
Compreendi qual é a intenção dele; ele é um policial corrupto e acredita que eu iria me aliar a ele. Isso nunca acontecerá.
Ao chegar em casa, estaciono meu carro na garagem e observo o estado em que aqueles desgraçado o deixaram. Em seguida, entro no apartamento, guardo minhas armas e vou à geladeira buscar uma cerveja, acomodando-me no sofá.
Érica: Quem mais na delegacia poderá estar envolvido em atos de corrupção? Preciso reunir provas para apresentar ao delegado, demonstrando que Marcos é um policial corrupto. Tenho plena consciência de que, na sua posição, ele não aceitaria essa acusação facilmente.
Tive que informar ao delegado que matei os milicianos sozinha. Como eu poderia mencionar a ajuda de um desconhecido? Quem seria ele? Aquele olhar penetrante e intimidador... Érica, é evidente que você nunca mais o verá na sua vida mulher!
Eu mesma afirmo para mim mesma.