NARRAÇÃO DO FERA
Vi uma mulher sozinha dentro de um carro, cercada por cinco rapazes que estavam disparando em direção a ela. Fiquei em dúvida se deveria ajudar ou ir embora, mas percebi que a mulher estava encurralada. No momento em que um indivíduo estava prestes a atirar pelas costas dela, eu disparo, acertando ele na testa, o que fez com que a mulher voltasse seu olhar na minha direção.
Nossos olhares se cruzaram, e eu avistei mais três vindo em direção a ela. Atirei nos três e saí do local discretamente.
Ao retornar para meu barraco, deixei minha moto na garagem e dirigi-me diretamente ao meu quarto. Coloquei meu revólver e meus pertences pessoais na mesinha de cabeceira, peguei meu baseado e, em meio a meus pensamentos, recordei da mulher que estava trocando tiros com aqueles moleques. Quem será ela e qual a razão pela qual estavam tentando matá-la? Ela estava sozinha, e não posso negar que sua habilidade com armas é notável. Poderia ser alguma policial? Não sei por que p***a decidi ajudá-la, mas não poderia permitir que ela fosse atingida por um tiro pelas costas; isso seria covardia.
Aquele olhar dela... p***a, não sei por que estou pensando nisso. Não quero p***a de problemas na minha cabeça, porque aquela mulher me cheira a problemas. Apago meu baseado e vou me deitar. Já era madrugada quando acabei adormecendo.
No dia seguinte, acordei com uma forte dor de cabeça. Após tomar meu banho e realizar minha higiene pessoal, vesti minha roupa e desci para tomar um café forte, que me ajudaria a enfrentar mais um dia. Em seguida, peguei minha moto e dirigi para a boca.
Estava na minha sala fumando meu cigarro quando o Juninho entrou na sala novamente sem bater.
Fera: Carai, não tem mais mão para bater nessa p***a de porta não carai? Onde você enfiou essa mão? No cu? Volta lá e bate, p***a!
Juninho: Perdão, chefe, é que a porta estava aberta.
Fera: Volta lá e aprenda a bater nessa p***a.
Ele foi e fez o que mandei.
Fera:Agora fala, carai.
Juninho: Chefe, tem morador devendo o aluguel da casa há uns dois meses e até agora nada de pagar. Já fomos lá cobrar e nada, chefe.
Fera: Mais que inferno, vocês não sabem pegar a arma e meter um tiro na cara dele. p***a, simples assim.
Juninho: Ele quer falar com o senhor. O chefe disse que era muito amigo do seu pai.
Fera: Não tenho nada a ver com as amizades que aquele imundo tinha. Qual é a p***a da casa? Eu mesmo vou lá resolver essa situação.
Juninho: Casa número 5 chefe
Apaguei meu cigarro, peguei minha arma e dirigi-me à casa do coroa que estava em débito com o aluguel. Ao chegar, arrombei a porta, fazendo com que ele, que estava deitado no sofá, caísse no chão de susto.
— Fera, eu estava indo te procurar. Reconheço que estou em débito com o aluguel, mas prometo que vou pagar. Preciso apenas de mais um tempo. Por favor, por conta da amizade que tive com seu pai, me conceda essa oportunidade eu te prometo que vou pagar.
Fera: Olha, coroa, eu não sou como o imundo do meu pai e não sou Deus para perdoar dívidas, muito menos para dar uma chance se não tem meu dinheiro.
- Por favor, Fera, me dá um tempo, eu posso conseguir o dinheiro.
Sem mais delongas, peguei minha arma e disparei duas vezes contra ele, uma na cabeça e outra no coração.
Juninho, leve o corpo desse velho e deixe para os urubus comerem em qualquer matagal. Da próxima vez, que acontecer isso resolva dessa maneira carai.
Estava na minha sala quando recebi uma ligação.
ligação on*
- A polícia, em parceria com a CORE, está planejando realizar uma operação no seu morro amanhã. Esteja preparado.
Fera: Deixa subir, estou preparado para matar essas p***a toda .