SAMITA ANGE. (início da eternidade)

quem é você Sam?

— já estava quase na hora de sair, então Sam seguiu até seu criado mudo onde guardava seus cadernos de anotações, de tudo ela tinha mais de um extra para evitar de ir ao mercado, incluindo canetas e lápis, recolheu o que já usava a um tempo e estava pronta pra sair.

Ela olha pro espelho parecia ter se lembrado de algo, então continua tentando organizar o cabelo ao perceber que o havia amarrado todo pra trás, ela nunca poderia esquecer desse detalhes, ela havia um corte em linha reta próximo ao couro cabeludo no meio próximo ao meio da testa, não era tão grande, ainda sim parecia ter sido um corte profundo que não se lembrava quando tinha adquirido, e seus pais nunca havia comentado sobre isso com ela, ela ajeitava o cabelo impaciente tentando esconder, já que isso se tornava um motivo para alguém lhe dirigir a palavra, ainda mais pelo motivo de não saber qual foi o motivo dessa cicatriz existir.

Ela terminou finalmente de esconder a cicatriz mantendo-se inerte se olhando fixamente no espelho como se estivesse hipnotizada, observando cada detalhe de si mesmo, seus olhos ainda estavam cansados seu lábio ressecado, olhar cada descuido lhe deixava distraída até ser interrompida por um imperador barulho vindo do vidro da sua janela sua reação foi indiferença e de incômodo ela já sabia o que poderia ser, os pequenos objetos continuam sendo lançados na sua janela, até que se tornaram intensos enquanto ela tentava ignorar… talvez ela vá embora, parecia agora chuva de minúsculas pedras na sua janela… ",onde ela achou tantas pra lançar?" Os estalos foram ficando mais intensos o tamanho das minúsculas pedras está aumentando, suspirou impaciente pegando rapidamente seu material e voou pela escada pegando a chave sobre a mesa saindo rapidamente.

— pode parar! — Alertou ela a uma garota que já estava com a mão cheia de pedra que no mesmo instante jogou longe tentando disfarçar

— Até que enfim! — exclamou disfarçando demonstrando indiferença a cara emburrada de sami

— até quando vai ficar vindo me tirar à paciência? — perguntou Sam irritada.

— até eu fazer dezoito, você sabe! — disse em tom irônico.

— Não! Até lá eu já vou está Bem ocupada não vou ter mais nada haver com você

— Ah! bem lembrado, a educação ainda é bem vista, então… bom dia.

— Não é um bom dia se eu estou de m*l humor.

— quando é que você não está de m*l humor, também…

— Mary eu já disse pra você não vir na minha casa ficar apedrejando minha janela, isso me incomoda! — começou a reclamar, Mary era sua prima mais jovem e também quase uma das mais bonitas, no inícios da puberdade ela gostava de atrair atenção dos garotos.

— Eu sei que não precisa mais... você sabe que é de grande necessidade vir até sua casa por que...

— Se não, a sua mãe vai te levar para escola, pois não confia mais em você o suficiente para ir sozinha! — Completou Sami.

— Ela confia em mim sim — protestou emburrada. — ela seguia pelo caminho trilhado que terminava no portão.

— É verdade! Afinal ela deixa você andar isso tudo até aqui, e esse tempo que você gasta para vir aqui, é até mais do que você demoraria para chegar à escola.

— Eu sei Sam — disse indignada — mas você não entende não e? Ela não pode ir comigo, você é só uma desculpa que eu uso, tipo um álibi... não sei o que faria sem você, seria vergonhoso se os alunos em Villela me visse chegando com ela, lá ninguém vai com sua mãe pra escola, por isso… estou muito feliz de você existir… — Disse calorosa dando um beijo meloso no rosto de Sam a marcando com seu batom rosado.

— Eu sei! E isso não é mais novidade? — Disse limpando a marca do batom incomodada..

— ela também não pode saber...

— O que você tem namorado? se não seria banida dos Trainor e jogada em um internato para Freitas pra aprender a fechar a perna não é? Todo mundo sabe que você não é mais virgem e...

— fala baixo alguém pode ouvir. — a alertou tapando com boa enquanto olhava entre as árvores da floresta em alerta como se procurasse alguém.

— Se você não percebeu, é só um detalhe, tá? Aqui é uma reserva, não tem ninguém a não ser a gente — disse olhando entre as grandes árvores que ficavam a poucos metros da sua casa seguindo uma linha reta até alguns quilômetros antes de chegar no vilarejo. — E vamos! Por favor, porque eu não sei porque paramos de novo!

— Vamos! Estamos só colocando a conversa em dia como sempre... Nunca fizemos — Disse animada

— acho que sim! — confirmou Sami indiferente pondo fim na conversa enquanto andava pela trilha que ela mesma criou para que ninguém pisasse em seu jardim vasto e bem feito.

— sabe Sam! — disse Mary pensativa — eu acho que apesar de tudo você tem uma vida muito boa, tem muita sorte.

— Por quê?

— ah... Veja Bem! Você mora sozinha e independente, tem autonomia da sua vida…

— acho que sim… — disse desconfiada como se estivesse esperando algo.

— contudo do que adianta não é mesmo?

— não entendi, sabia que tinha algo mais nas suas observações positivas.

— e que você mora no meio do nada, eu gostaria de morar sozinha pra fazer o que quisesse mais se fosse aqui... acho que preferiria minha mãe, lá no condomínio dos Trainor são todos unidos é uma verdadeira família, não entendo porque os Trainor superior quiseram vir pro pior lugar. — era como ela chamava os criadores dos condomínio Trainor que eram os pais de sami e herdeira original de tudo.

— aqui é tão r**m assim pra você?

— É repugnante! — disse fazendo expressão contorcida de pavor.

— Não é não! — Disse protestando.

— Tá bom! A casa é bonitinha, o jardim também, mas ainda sim, é aqui! — Disse com arrogância mostrando todas as árvores cercando um lado.

— E o que tem?

— acorda! Você mora no mato não é atoa que não tem amigos, quem viria aqui?

— Todos! Não sabe o quanto é um bom lugar pra ficar, relaxante, silencioso, tranquilo, o canto dos pássaros, o cheiro das roseiras. — dizia sentindo paz e tranquilidade ao lembrar de todas essas vantagens

— eu discordo disso — disse olhando para as árvores enquanto Sami apreciava suas flores, quando estava em casa se dedicava a cuidar do jardim, plantando flores de todos os tipos, mas as rosas vermelhas eram especiais, então ela plantou muitas ao redor do caminho para apreciar e tocá-las, ela adorava apreciar desde o botão até a rosa acompanhando cada fase, criará um limite perfeito que terminava no seu portão, as plantas tomavam todo seu quintal mas somente o lado da casa, na frente da sua casa mesmo sendo também amplo, não tinha nada de interessante, ela não mexia naquela parte.

— Eu vejo beleza aqui

— Eu vejo a escuridão da noite!

— Eu vejo um poste de luz — disse apontando pro poste próximo ao portão.

— Tem poste? E eu com isso, olha! Não tem cercado para limitar dos animais pisarem no seu quintal, qualquer coisa pode entrar nessa área.

— Eu garanto que esse é um dos quintais mais Bem iluminados dessas redondezas e seguros

— Mesmo assim você nunca trouxe ninguém aqui não é?

— e nem trarei, você já é o suficiente pra me incomodar.!

— você não traz porque não tem amigos, só A mim e mesmo assim não sou exatamente sua amiga já que sou prima — Disse sem medir as palavras, Sami não se importava de ter ou não a amizade delas, ainda sim, tem palavras que doem, mesmo que finja que não e não ter amigos, machucou Sami.

— é, infelizmente você vem e eu queria que nunca viesse — lamentou a presença da prima.

— Você gosta de ficar sozinha?

— Sim, porque não?

— Sei lá, não tem medo de que alguém te ataque? Pode ter alguém escondido sempre a te vigiar, sabia? — Disse Mary fazendo drama.

— Claro que não, Villa nunca teve nada do tipo incomum, e muito menos alguém tão perigoso por aí meus pais não fariam uma casa aqui se não tivesse segurança. — disse com orgulho.

— Eu só sei que é a única casa por essas redondezas, você precisa andar até depois dos limites da reserva pra chegar no vilarejo, se acontecesse algo… você não chegaria a tempo.

— É a única casa, e não vai acontecer nada, é seguro, não sei porque, mas eu sinto que aqui é bastante seguro. — Confirmou.

— Quando meus tios vêm?

— Logo! — Respondeu sem muitas delongas, era o assunto que ela mais evitava tocar, já que relacionado a isso estava mentindo, pois ela sabia que eles não iriam mais voltar.

— Que bom, mas vem ainda esse ano? — perguntou ansiosa.

— Não sei! Talvez...

— Por quê?

— Ah Mary, eles trabalham muito. — Disse de forma grosseira. — não tem mais o que responder pra você em relação a isso.

— Está bem, Você é muito estranha, sabia?

— Já estava suspeitando! — Ironizou de novo.

— É sério, você é muito isolada de todo mundo, eu acho que deve ser esse lugar!

— Ah! e o que você quer? É sempre a mesma ladainha eu… Você não me dá uma manhã de paz.

— Dinheiro você tem! Você poderia morar em outro lugar temporariamente. — disse ignorando a irritação de Sami.

— E você acha que eu vou seguir o conselho de uma menina inconsequente.

— Eu não sou inconsequente! Já tenho 16 anos e sei muito bem o que faço!

— 16? A daqui a uns oito meses talvez.

— Como você sabe? — Disse incrédula.

— Não entendo porque a pergunta!

— Porque para uma prima distante você já está sabendo demais da minha vida!

— Me prive de tanta ignorância, não teria como não saber, você passou quase dois meses antes me avisando sobre o de 15 anos, porque como eu era cheia de dinheiro então eu deveria lhe dar o melhor presente e tals...

— Ah, entendi! E ainda teve trabalho de contar quantos meses faltam para o de 16 anos, já que lembrou-se, meu presente deve ser ainda melhor, ah… adorei aquele laptop, como seus pais te deixam lidar com tanto dinheiro?

— eu trabalho em um hotel, ganho meu propria dinheiro.

Continuaram seguindo caminho reto até depois da reserva, no decorrer do caminho realmente só tinha a casa de sami, ambos os lados tinham apenas grandes e belas árvores, ainda sim… porque um lugar assim tão isolado para viver em família? E a casa de sami não parecia ser a mais segura, nenhum sistema de alarme, vidros eram fáceis ser quebrados, m*l tinha movimento de carros.

— Mary pra onde está indo? — Disse Sam quando viu Mary passar da escola seguindo junto com ela. — Ei garota maluca! Porque está me seguindo? — continuou quando Mary continuou a ignorando.

— Não sabe?

— Não ...

— Vou pra faculdade com você!

— Pelo que eu sei, você é ensino médio, não superior. — Disse ela a puxando pelo braço.

–Pois eu agora quero fazer faculdade. — Disse batendo o pé, Mary sempre foi infantil a sua idade de criança e sempre evidente quando quer fazer birra, mesmo que sua aparência já seja de uma moça mais velha com tão pouca altura.

–Mas não vai mesmo, pode dar meia volta, já pra escola! — ordenou irritada.

— você não é minha mãe! — Disse Mary irritada, apertando os braços sobre os p****s fartos na farda apertada.

— não sou sua mãe, isso mesmo, por isso não tenho que ficar te aturando sua insuportável.

— já disse!

— Volte aqui — disse puxando-a pelo braço bruscamente fazendo ela se contorcer de dor, e a arrastou de volta até a frente da escola, e logo já havia público de longe as olhando discretamente, todos sabiam que samita era uma Trainor as pessoas sempre a olhavam.

— Me solta Sam! — Reclamou puxando seu braço tentando se soltar, mas foi inútil Sam também é bem forte.

— só se você for para escola! Se não... Eu faço questão de te levar a força pra dentro

— Não! — Disse Mary apavorada pois ela sabia que Sam era bem capaz de levá-la pra dentro da escola desse jeito constrangedor. — Eu já vou, não precisa me levar! — Disse se soltando das mãos dela.

Sam nem esperou pra que ela entrasse na escola, continuou seu caminho satisfeita só por Mary não está a seguindo, o seu dia seria o mesmo de sempre, uma rotina feita pra não chegar em casa antes da noite.

Ela seguiu até a faculdade que era mais 20 minutos a pé, era assustador o quanto ela gostava de andar mesmo tendo um carro na garagem, a faculdade não tinha nada haver com Villa, depois dos villelos se formar eles iriam pra onde quisesse, a faculdade Milton Mike era bem conhecida mas não era tão importante apesar de ter um bom ensino, após a faculdade samita iria direto para o grande e luxuoso hotel em Hilton nesse caso ela precisaria pegar um táxi, se na faculdade ela era anti-social, no hotel Houston era totalmente diferente, ela poderia ser a imagem do local como referência em atendimento.