Capítulo 5

838 Words
Acordei sentindo alguém me carregar nos braços. E ao abrir um pouquinho os olhos, vi que eu estava nos braços do Neandertal. Começo a me sacudir assustada. Um homem tocando em mim! E o pior, estou com roupas de dormir! — Fica quieta caramba, quer que eu te derrube?! — Ele me solta encima da sua cama com um cheiro h******l de álcool. — Porquê me colocou aqui?! — Tento não abrir os olhos e já me acomodo na cama, mesmo sem entender. — Eu durmo no chão. — Diz apagando a luz e eu apago junto.  [...]   São 9 da manhã quando acordo e salto da cama assustada. A cama do Henry é tão boa que eu nem lembrei de acordar. Aliás, o Neandertal ainda dorme. O quarto está puro álcool e provavelmente ele vomitou no banheiro. Que nojo Henry! Pego uma saia longa, uma blusa de manga e meu sutiã e entrou no banheiro. Troco minhas roupas e escovo os dentes. Finalmente vou procurar resolver esse m*l entendido dos quartos. Não penteio meu cabelo por um bom motivo. Ele é um pouco cacheado e se eu pentear vai ficar muito inchado. Então deixo ele solto. Eu gosto dele assim. Saio e esqueço que o Henry dorme quase na porta do banheiro. Acabo tropeçando e caindo de barriga encima dele. — Ai Senhor! — Lamento e me levanto. O Henry dorme tanto que nem sentiu que eu caí por cima dele. Será que está morto? Ou em coma? De qualquer forma tenho que ressuscitar ele, porque não sei onde resolve essas coisas de moradia. — Henry??? — me ajoelho e balanço seu ombro. — Henry??? Ele não acorda. Mas passa seu braço pelo meu corpo e me arrasta pra perto dele, resmungando. — Alyssa, eu tava com saudades do seu cheiro. Alyssa?? — Me solta Henry! Não tem nenhuma Alyssa aqui não! — Bato em seu braço assustada. Ele levanta o rosto e abre os olhos. — Aiii, d***a. É a Leoazinha primitiva. Ai, era só o que faltava! Reviro os olhos levantando. — Meu nome é Hannah. Hannah Lannister. — Guardo minhas coisas na mala e deixo tudo pronto pra quando eu voltar, tirar daqui. — Levanta Henry! Você tem que me mostrar o lugar onde eu destroco os quartos! — O apreço, pois ele nem se mexeu mais. — Humm, tá bom. Vai na frente e eu te encontro lá. — rosna. — Como? se eu não sei onde é?! — d***a. Então espera. Eu já vou levantar.  — agarra o travesseiro.  Eu já tô morrendo de fome e ele ainda quer dormir?! Que garoto chato! Pego um travesseiro e acerto com tudo em seu rosto. Vamos ver se agora ele não acorda! — Obrigado Leoazinha. — Abraça o travesseiro que joguei. — Se você não levar dessa vez vou jogar um sapato! — Ameaço com o sapato gigante dele na mão. Ele abre um olho e levanta. — Chata. Ainda bem que você já vai embora. — Diz se trancando no banheiro. — A recíproca é verdadeira. Depois de 20 minutos ele saiu do banheiro. Eu já estava de saco cheio de esperar, andando de um lado pro outro do quarto. — Que demora foi essa?! — Reclamo. — Eu tava fazendo algo que você não faz! Penteando meus cabelos. — Justifica e tira a camisa em minha frente. Mostrando o abdômen perfeito. — Tá repreendido. — Fico de costas. — Tá me chamando de tentação?  — Sinto o tom de riso na sua voz.  Prefiro não responder. — Vamos Garota das cavernas. — passa em minha frente e abre a porta.  Chegando ao setor dos alojamentos, encontramos uma mulher infeliz no computador. — Bom dia. — Henry disse sentando na cadeira e eu fiz o mesmo. Ela só assente concentrada em digitar algo. — Houve um erro e essa garota acabou ficando no meu quarto. — Humm. E o que tem? Ela engravidou de você? — Não! — Dizemos em coro. Ela nem olha na nossa cara! — Vocês deram a chave errada a ela! — Henry aponta pra chave que seguro. — Não. Impossível. — finalmente olha pra nós e pega a chave. — Nome? — Hannah Lannister. — Ah, sim. Quarto 717. Você está com a chave 771. Foi uma pequena troca. Vá ao quarto 717 e troque com o rapaz que está lá.  — Me devolve a chave. — Ok. — Levantamos e voltamos ao quarto do Henry. — Bom. É isso. Obrigada por não me deixar dormir no banco da praça Neandertal. — Digo sem conseguir olhar em seu rosto. Não sou boa com conversas. — Sem problemas. Quer ajuda com as malas? — Me encara com as mãos no bolso. — Não. Tudo bem. Eu carrego. Boa sorte com seu colega de quarto. — Assinto e arrasto minhas malas pra fora. —Desejo o mesmo a você. — Acena com um pequeno sorriso e fecha a porta. Agora sim. Vou para o bom caminho do meu verdadeiro quarto.       
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