Capítulo 4

1408 Words
"Como vou saber se é amor se eu só experimentar a primeira?!"   Henry B. Eu não posso concordar diretamente com a ideia de que sou um galinha ou se quer destruidor de corações. O problema é que eu ainda estou procurando o amor da minha vida. E isso requer tempo e também requer experiência. Se eu não ficar com ninguém, como vou encontrar meu amor? Saio experimentando mesmo. E cada dia eu descubro mais rápido que a garota não serve pra mim. Eu não sabia o que era almejar alguém, até ver a Bety Gy no fim do semestre passado. Como alguém pode ser linda daquele jeito? Ela é perfeita, tem um sorriso lindo, com lábios rosados e olhos azuis piscina. Seu loiro parece se auto retocar em mechas perfeitas. Seu corpo é magro e ela tem uns s***s muito redondinho que enfeitam o seu decote. E o pior de tudo isso é que eu não tenho coragem de falar com ela. Primeiro que raramente a vejo. A primeira vez que a vi foi num dia que fiquei na final em uma disciplina e fui forçado a entrar na biblioteca. Ela estava lá estudando. Mas sinceramente, eu não tô nenhum pouco afim de voltar naquele lugar pra vê—la. Espero que nesse período eu possa encontra-la em outro lugar. E tomar coragem pra falar com ela. Mas aí eu penso. Se ela estava na biblioteca é porque é inteligente. Eu não sou o cara mais estudioso, então iria ficar difícil eu pe... — Desculpa Henry, mas tem meia hora que você está preso nesse banheiro. Tem como adiantar aí? Estou morrendo de vontade de usá—lo! — A garota das cavernas me interrompe. Poxa, eu tava sonhando aqui com minha paixão. Quebrou o clima. — Você quer me usar?! É isso?! Tá muito chamando de brinquedinho garota das cavernas? — Brinco enquanto termino de me enxaguar. Tem uma hora que ela chegou e eu ainda não acredito que existe uma garota como ela. Deus eu não consigo olhar pra ela sem mirar nas sobrancelhas. É terrível! — Claro que não neandertal! Eu estou falando do banheiro! — Grita aparentemente ofendida. Ela é tão engraçadinha. Deve ter uns 17 anos... Que não penteia o cabelo. Tenho que admitir, quando abri a porta e vi uma coisinha de 1,55, roupas gigantes a cobrindo toda, uma moita de cabelos cobreados e cacheados que devem se estender até sua lombar, e seus olhos, nem sei de que cor são porque as sobrancelhas cobrem, pensei "Senhor! Um viajante do tempo aqui na minha porta! ". Mas eu tenho bom coração e a acolhi. Não posso negar que ela até foi uma boa ajuda pra eu mudar as coisas de lugar. Agora só falta armar a cama do meu colega de quarto. Mas hoje a minha hóspede vai dormir no chão. Enrolo minha toalha nos quadris e passo minha mão nos cabelos antes de abrir a porta. Eles estão muito molhados e eu pareço um p***o recém-nascido. — Pode usar como quiser Leoazinha. — Dou um sorriso rápido passando por ela, que está toda envergonhada por me ver sem camisa. Eu ainda não acredito que existem pessoas assim. Que se separam por s**o, que se vestem com roupas gigantes e com 0 vaidade. — Obrigada — Ela entra e fecha a porta do banheiro. Visto uma cueca, passo desodorante e visto um jeans e um casaco. Preciso comprar algo pra comer porque já são 6 horas e já estou morrendo de fome. Em frente ao espelho alinho meu cabelo os jogando de lado. Com o vento ele vai secar mais rápido. E passo um pouco de perfume. — Babu! — Digo em voz alta pra garota do banheiro enquanto ajeito minha roupa em frente ao espelho. Eu tenho um Arsenal de apelidos que vão combinar com ela. — Não está se dirigindo a mim não né?! — Ela fala de dentro do banheiro. — É você mesmo babuína. Quer que eu traga algo pra você comer? — Pergunto generoso. Ela não tá com cara de quem sabe onde vendem comida por aqui. — Se não for incômodo, por favor. — Somente responde. Okay. Guardo minha carteira no bolso e saio do quarto.  [...] Chego na lanchonete e adivinha quem encontro com uma auréola encima da cabeça, sentada no balcão? Sim, Bety Gy. Que sorte a minha. Respiro fundo porque eu sinto um nervoso correndo pelo meu estômago. Henry se contenha. Eu sou Henry. Henry B.. Eu tenho todas as garotas na minha mão. Sento no banco vazio ao seu lado e encosto os cotovelos na mesa pra parecer acomodado. — Oi. — Olho pra ela sorrindo. Ela está mexendo no celular, mas mesmo assim me olha. — Oi. Nem um sorriso! Não economiza garota! — Bety Gy, não é? Prazer eu sou Henry. B.. — Estendo minha mão, mas ela não a aperta. —Eu sei quem você é. Você ficou com todas as minhas amigas. E até hoje nos nossos encontros eu tenho que aturar elas falando o quanto você as destruiu. Arregalo meus olhos ao ouvir isso. Tá. Isso doeu. Eu tento pensar em falar algo inteligente pra contornar essa situação. Mas quem diabos são essas amigas dela que eu fiquei?! Eu nem lembro! Nem sabia! — Elas... — Pigarreio. — ... Não conheceram o verdadeiro Henry. E não deu certo com elas. Não era minha intenção magoar ninguém. — Sei. — Ela agarra a bolsa e se levanta. — Com licença. Tenha que ir embora. Não. Não. Não vai embora Bety! Bato forte na mesa no balcão e um rapaz corre pra falar comigo.  — Desculpa a demora. O que o senhor quer? — O menino pergunta assustado. Acho que ele pensou que o soco foi por causa da demora. Antes fosse. — Uma pizza quatro queijo e calabresa tamanho família e um refrigerante de 2 litros. Droga! Coço minha cabeça e respirar fundo. Vai ser muito difícil conquistar a Bety. Agora que estou com meu nome manchado então. Mas que m***a! Eu tenho que mudar isso. Eu sinto que a Bety é o amor da minha vida. Tenho que ficar com ela. — Aqui está. — O rapaz me entrega o lanche e dou uma nota que não sei qual é, mas não tô nem aí. — Fica com o troco. — Levanto e volto pra meu quarto.  [...] — Sim mamãe. Estou bem. Já tome banho e daqui a pouco vou comer. — Encontro a Leoazinha falando no telefone sentada no colchão do chão e com um pijama de mangas e calça. Como será que é embaixo dessa roupa toda heim?! — Sim mamãe. Sim. Nossa, a mãe dela deve ser igual a minha. — Também te amo. Sua benção. — Ela desliga o celular e eu coloco as coisas na minha cama pra armar a mesinha. — Pensei que você iria jantar fora. — Ela comenta se levantando. — Porquê? — Tiro as coisas das sacolas. — Porque eu senti um cheiro muito forte de perfume. Tipo, muito forte mesmo. Aí eu pensei, ou você quebrou o vidro de perfume ou tomou um banho com ele. Mas eu não ouvi nenhum barulho de vidro... — Olha! Já está aprendendo as piadinhas comigo né? — Rio. Engraçadinha. Ela passeia pelo quarto e para na janela. O pijama dela é tão folgado que nem dá pra ver se tem um corpo ali dentro. — Vamos comer Leoazinha? — Puxo a cadeira e sento. Ela vem até a mesa e também se senta assustada com o tamanho da pizza. — Vem mais alguém comer aqui ou você come por 4? — Ela pega uma fatia e morde. — Não, engraçadinha. — Respondo desanimado. Eu queria que a Bety tivesse aqui. Mas invés disso... — Qual o seu problema? Estava todo animado antes de sair... — Ela me observa. — Nada. Esquece. — continuo a comer. Não vou me abrir com uma garota. Ainda mais uma garota estranha. {Festa do Cristóvão! Tá esquecido não né bobão? } Uma d***a de spam entrou no meu celular. Cristóvão é um d***o de um hacker que adora viralizar o celular do povo lembrando das suas festas. E o pior é que eu tinha esquecido já. — Que foi agora? — Uma festa. Vou a uma festa daqui a pouco. Eu preciso pegar alguém pra esquecer o fora que levei da Bety. 
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD