SEXTO DIA ANTES (O garoto da sala ao lado

4157 Words
Já era exatamente dez horas no meu relógio de pulso e acordei extremamente faminta, porém não quis sair do quarto parece que criei uma cisma em não sair do quarto também onde iria comer? e dinheiro? Eu m*l tinha um centavo no bolso e também minha fome era passageira logo iria embora. Eu fui até o outro quarto e arrastei a primeira cômoda para o quarto novo e a coloquei no canto direito da parede que separava meu quarto da sala então voltei e comecei a arrastar o guarda roupa e pelos meus cálculos ele vai passar pela porta, contudo foi quase impossível eu conseguir move-lo, mas com muito esforço o conseguir encostar na parede que do outro lado fica o corredor, a cama não seria tão fácil já que é grande, então tive que fazer isso por partes, desmonta-la e assim conseguir levá-la, após levar e montar logo em seguida trouxe a outra cômoda que ficou no outro lado da cama, a única coisa que faltava era eu conseguir novos lençóis para forrar o colchão, ainda sim dava pra dormir mesmo sem lençol já que eu havia virado o lado, ele estava como novo, o quarto já estava ficando perfeito a cortina do quarto velho deixei no mesmo lugar, e usei a outra cortina a abrindo na parede da porta então ficou perfeito estava tudo em ordem usei os papéis do quadros que quebraram, os colando na parede pra dar um ar mais descontraído já que apesar de está pintado de azul os móveis não tinham lá uma cor muito receptiva eles até me incomodavam com essa cor marrom polida não era lá móveis que um jovem gostaria de ter, mas eram os únicos que eu tinha ali então pra quê melhor, então era melhor me conformar. Fechei o novo quarto recolhendo tudo que havia sobrado, ainda faltava a grande grade que acabei deixando no antigo quarto encostado na parede próximo a porta de saída, é um alívio ver tudo limpo e enfim poder respirar. No momento agora eu estava precisando de um banho urgentemente, mas eu não entraria naquele banheiro creio que seja livre sem separação de gênero então prefiro não entrar e lidar com presenças constrangedoras, e observando bem esse prédio pequeno nem parecia tão pequeno assim ele era amplo e bem dividido daria pra cada um ficar no seu espaço sem se sentir sufocado, sem incomodar ninguém. Voltei para meu quarto, eu não conseguiria o que queria, era melhor dormir, porém a sala estava muito barulhento eu ouvia vozes o tempo inteiro e a TV ligada então me deixavam agoniada, pois só ouvia barulhos de tiros vindo dos filmes de ação que eles passavam, pelos filme que eles costumam assistir acho que os inquilino são homens ou rapazes e se tiver uma moça então deverá ser igual a eles, eu até tentava ouvi algo às vezes, mas eles falavam um pouco baixo não sei se era para manter a discrição ou para não interromper o filme, mesmo assim não estava mais com ânimo para ficar ali e vou aproveitar que está na hora do almoço para sair e ir ao restaurante mesmo estando de folga, era uma grande vantagem ter um trabalho no restaurante e tenho que agradecer muito ao senhor Nestor que é o dono do restaurante por ter me permitido guardar minhas coisa ali no depósito extra que ele tem pra guardar bebidas mas no momento só vejo deixei minha bolsa de roupas e minha mochila, bom, o lado bom de ir lá é que posso comer livremente e de graça. Sair do quarto com cautela me certificando que não havia ninguém. estava tudo do mesmo jeito como antes vazio e silencioso e m*l iluminado nem a janela no fim do corredor que ficava sempre aberta o fazia ficar iluminado de dia já que a noite a lâmpada era tão limitada. Desci as escadas e sair rapidamente pela recepção e andei pela rua deserta até passar pela praça principal e chegar ao restaurante, eu entrei pelos fundos fui lentamente pelo corredor vazio e calmo a bagunça na verdade estava na cozinha, me deparei logo de cara com um carrinho sendo levado para pia cheio de pratos e panelas sujas, hoje está sendo um dia de caos quase fui atropelada. - ah! - Exclamou uma voz respirando aliviado eu ainda estava na porta de entrada da cozinha, o cheiro bom estava me deixando desesperada. - Que bom que está aqui já estava ficando louco. - falou vindo em minha direção. - O que está acontecendo? - perguntei inocentemente. - Aqui está uma loucura tá todo mundo cheio de afazeres e justamente no seu dia de folga. - comentou apreensivo,mas eu sei exatamente o que quer. - Dá pra ver! - Exclamei olhando para a pia enquanto tentam pôr ordem. - eu nunca te pediria isso, ainda mais no seu dia de folga, eu sei... Quer dizer o restaurante, só você para nos ajudar. - Mas eu não vim para isso, entende eu vim pegar umas coisas que deixei aqui. - Expliquei apreensiva. - Ah... Então tá! - Disse suspirando e muito desanimado, contudo eu pensei melhor, o que eu ficaria fazendo quando saísse daqui e ainda era meio dia e eu nem tinha como suprir minhas necessidades lá. - Espera, eu acho que posso ficar e ajudar! - Exclamei quando ele já havia dado as costas para mim. - Então está bem! - Disse apertando minha mão deixando duas flanelas. - PESSOAL! ELA VAI AJUDAR!!! - comemorou alto para todos os funcionários que estavam na cozinha. E todos deram um viva em resposta e voltaram às suas atividades, Lino voltou pro seu posto normal de gerente, contudo ele sempre fazia atividades extras na cozinha para faturar um extra, só não entendo para que tanto extra se ele mora sozinho e nem tem filhos, bom, não é da minha conta. Não conseguia acreditar que iria ter que trabalhar, mas tudo bem, será um belo motivo para usar o banheiro daqui para tomar um banho, aqui tem um banheiro particular para funcionários com chuveiro e tudo, tirei meu relógio e fui rapidamente onde estava minhas coisas e guardei ali e voltei para começar minhas atividades na cozinha. Eu comecei a organizar a pia e lavar os pratos e não parava de chegar louças, tudo estava tão agitado, havia muito barulho do lado de fora da cozinha por causa de atrasos de pratos que já deveriam ter sido servidos, nunca vi um dia tão cheio. Quando finalmente a pia estava vazia fui recolhendo as panelas e limpando as mesas e fogões até estarem limpos para então usarem novamente, recolhi o lixo e coloquei pra fora, mas em hipótese nenhuma eu poderia passar da sozinha e ir direto ao salão principal onde os clientes ficam minha aparência estava péssima. Eu nunca havia trabalhado tanto e tão rápido às vezes até comia alguma coisa, então com fome eu nem estava mais, contudo estava sentindo uma enorme dificuldade para respirar por causa das rapidez com que tive que agilizar tudo. - Cléssia, está tudo bem com você? - Perguntou Sandra quando eu estava abaixada limpando o chão perto dela. - Estou sim. - Respondi ofegante. - Que bom! Então espero que esteja também dando tudo certo para você agora. - E está! - Disse orgulhosa - um lugar para ficar, você já arrumou? - perguntou preocupada, Sandra sempre se preocupa comigo como uma mãe. - Ah sim, ontem! - Fico feliz! - Exclamou enquanto derretia queijo na frigideira. - E você gostou? - Sim! E perto e com um preço acessível. - Que bom! já conheceu pessoas legais lá? - Perguntou terminando e indo cortar a cebola de forma muito precisa. - Não ainda não vi ninguém. - Como assim, não mora ninguém lá? - Mora e só que eu não fui me apresentar! - Típico de você não é! - Disse me olhando de forma apreensiva. - pois eu! - Exclamei desanimada. - Sua mãe já te ligou? - Não, mas quem sabe um dia! - menti me lembrando do celular que joguei ponte abaixo então pensei na possibilidade do meu celular ter resistido e está tocando agora no fundo do lago, e quando vê que não atendo ela deve está pensando que estou morta em alguma vala. O dia passou rápido já eram cinco da tarde e já estava tudo mais calmo então fui para o depósito e procurei uma roupa e peguei meu relógio na bolsa e levei comigo minha mochila deixando a bolsa ali mesmo. Tomei um banho demorado a essa hora ninguém viria aqui ainda então aproveite o máximo que pude, lavei meu cabelo estava realmente h******l após tanta poeira, vesti a roupa mais leve que poderia ter, e deixei o cabelo solto, busquei meu relógio na bolsa e sai do banheiro voltando novamente ao depósito para buscar minha bolsa, em imaginar que fugi de casa e incrível que eu tenha conseguido ainda trazer algumas coisas. Sai do restaurante agora seguindo para minha nova casa, era um pouco difícil levar uma bolsa e uma mochila ao mesmo tempo, quando eu fugir de casa não foi tão difícil assim, talvez esteja mais fraca. Logo já havia chegado no prédio, está aberto como sempre, não terei problemas de acessibilidade. A bolsa estava começando a pesar enquanto subia as escadas e cada vez mais ia só piorando, cada degrau que subia ficava mais pesada e essa caminhada estava sendo cada vez mais exaustiva. A bolsa estava pesando cada vez a ponto de eu ficar a arrastando a cada degrau que agora parecia ter 1 metro, de repente minha vista começou a ficar embaçada até que não podia mais ver nada estava quase impossível terminar de subir a escada nem mesmo me apoiando na parede sentir uma intensa vertigem, estava fazendo um esforço sobrenatural para me manter em pé, contudo meu corpo todo ficou pesado então me senti prestes a cair. - Você está bem? - Perguntou uma voz masculina, mas minha visão escurecida não me deixou ver. Ele me segurou pela cintura me apoiando em seu ombro tomando minha bolsa, mas eu estava quase no meu limite ainda tive tempo de sentir ele me segurar bruscamente antes que eu caísse. Eu acordei com uma luz forte de um abajur que estava na mesa iluminando meu rosto, eu estava deitada num sofá um pouco grande encostado na mesma parede que atrás tem meu quarto logo localizei uma porta aberta eu vi a sombra de umas pessoas em pé dentro daquele lugar que parecia a sozinha, deduzi após ver uma geladeira no canto da parede de frente para porta eles estavam conversando quase sussurrando eu m*l conseguia ouvir, depois da porta na mesma parede reparei uma grande estante com muitos dvds e CDS ao redor de uma enorme televisão tela plana 52 polegadas, até eu passaria horas assistindo ali. eu me levantei lentamente para sair da sala sem que eles me vissem, eles estavam tão distraído entre si, eles falavam de algumas coisas que fizeram no seu dia e outra conversa sobre cinema e filme que estão para assistir parece que dormir por um período um pouco longo, andei lenta e discretamente até a porta de saída, abri vagarosamente minha cabeça ainda pesava eles não havia percebido minha saída eles ainda conversavam, consegui sair rapidamente, as minhas coisas estavam do lado de fora no corredor perto da minha porta então eu fechei a porta da sala e fui rapidamente para o meu quarto levando minhas coisas comigo, por sorte eu não teria que me dar o esforço de tentar buscá-las em outro lugar, creio que eles deve ter tentado entrar no meu quarto para colocá-las lá. Após entrar me tranquei no meu quarto me jogando sob a minha cama que agora parecia tão macia e receptiva, tinha um leve cheiro de poeira, mas não quero estar em nenhum outro lugar. Infelizmente não vou conseguir descansar direito eles estão agora na sala, já perceberam minha saída escondida. - Ela m*l acordou e desapareceu antes mesmo que pudéssemos falar com ela - comentou uma das vozes que era de um rapaz, sua voz era grossa bem masculina e marcante. - ela deve ser muito tímida ou então tem medo. - Disse uma garota rindo ironicamente - Eu acho que ela ficou com medo da gente, você sabe como Dona Eura é, ela sempre deixa nas pessoas uma má impressão da gente é muito injusto, cara. - Disse outra voz era de um rapaz que parecia ainda ser muito jovem. - Por favor, pessoal, vamos ter paciência! Ela só está ainda se adaptando ela não parece ser do tipo de pessoa que não se comunica, eu acredito que ela só tenha ficado constrangida por ter acordado em um lugar desconhecido. - Disse outro rapaz explicando e no mesmo instante reconheci a voz e era a do mesmo rapaz que me ajudou na escada fiquei aliviada e ao mesmo tempo constrangido em lembrar desse momento que passei. - Então tá, mas quando, ela devia ter procurado saber para depois fugir afinal aqui nem é perigoso. - Disse a moça indignada. - Ela só não está bem! - Exclamou rapidamente. - Está bem, no entanto eu não vou lá para me apresentar - disse o rapaz de voz grossa. - Nem eu! - disse o mais novo. Eu desencostei o ouvido da parede onde estava ouvindo a conversa e esses comentários não me diziam nada, na verdade me deixava aliviada, ainda sim quero saber quem é o rapaz que falou comigo. Fiquei a contemplar a decoração simples que eu havia feito no meu quarto, era simples, mas também arrumada pra mim estava linda como está agora às paredes bem pintadas, e eu nem sabia que tinha talento para pintura, a cortina deixou uma sensação de privacidade e conforto, e mesmo deitada olhava todos os lados do quarto um tanto pensativa, relaxei por uns instantes mas não podia dormir agora, estava na hora de desarrumar minha bolsa pensando se por coincidência eu havia colocado ali algum lençol, mas não encontrei nada parecido a não ser roupas, só agora eu pude perceber o quanto só inconseqüente eu também m*l havia lembrado de trazer minha escova que por acaso larguei na pia do banheiro do restaurante. Já são seis e meia da tarde o sol já se pôs, pois o céu claro começa a dar espaço a um grande azul escuro dando entrada à noite, era sinal de que iria começar a esfriar então seria melhor eu procurar novas cobertas e depois talvez em vez de jogar fora lavar os lençóis que enfiei dentro de um saco preto. - Arg!! - Me enojo só de pensar, a melhor alternativa é ir comprar novas e não se fala mais nisso. Desarrumando a bolsa não deixava de sentir saudade da minha mãe talvez desesperada por eu ter fugido de casa, ainda sim não adianta ela por polícias para me procurar, pois eu já tenho vinte dois anos então eles não vão se importa em procurar ao saber que eu fugir, foi uma covardia o que eu fiz trair quem tanto gosta de mim, fugir quando ela estava dormindo, mas deixe-lhe um bilhete contando sobre a aventura que queria fazer e seria a última então lhe pedi para que compreendesse e não me procurasse então disse adeus, da mesma forma que dei adeus a meu celular que tanto me faz falta hoje. Meu coração quase saiu pela boca com o susto que tomei quando ouvi alguém bater na porta então sai rapidamente do quarto para não levantar suspeitas e tranquei-a, estava muito receosa meu coração ainda estava muito agitado então eu esperei que fosse embora, contudo a sombra embaixo da porta permaneceu ali parada, e me fez tremer novamente quando novamente bateu na porta insistindo então abri a porta bruscamente, mas não conseguir dizer uma só palavra, ele estava ali bem na minha frente e eu paralisada como nunca fiquei em toda minha vida - Oi... Vim saber se você está bem? - Disse um rapaz alto sorrindo olhando para mim. Meu coração agora dificulta até minha respiração com aceleração desregular, estou com medo de ter um infarto. - Ah... Sim! - Exclamei timidamente, m*l conseguia olhar para ele de tanta vergonha ele era tão bonito que sua beleza me deixava encabulada. - Que bom! Eu não sabia como se sentia já que havia fugido antes que pudéssemos falar com você. - E que eu estava com pressa, entende? - Você tinha alguma coisa pra fazer? - insistiu - Não! Já acabei.- disse segurando a porta me certificando que ela não abra. - por que você saiu daquele jeito? Deixou todo mundo preocupado. - continuou a pergunta. - Deixei e? - disse desacreditando. - sim. - Eu tinha muito que fazer aqui já que não era um quarto muito convencional como todos quando uma pessoa aluga, tive que passar horas arrumando. - Comentava mais segura. - Ah... Isso, bom e... - ele tentava falar agora tentando encontrar palavras mexendo no cabelo desviando o olhar , ficando vermelho, isso me fez sorrir, mas era totalmente compreensível que ele esteja assim talvez tenha sido ele o causador da bagunça então finalmente pude encará-lo, ele é alto magro mas esportivo, cabelos lisos razoavelmente, não tão lisos, mas também nem crespos tinha um belo sorriso de lábio finos, olhos claros, olhos cinza, estava vestindo uma roupa bem estilosa camisa de gola alta e calça jeans azul um pouco colada usando tênis esportivo. - Você vive aqui há muito tempo? Perguntei. - Não, só há dois anos! - O que é muito tempo... - Verdade mais e você, o que faz aqui? - Nada! Só a passeio! - Exclamei apreensiva e ele sorriu. - Então tá! Você pôde aparecer na sala quando quiser eu vim também te dar boas vindas e falar que fique a vontade aqui, e se precisar de algo na cozinha então é só ir lá e pegar. - Posso? - Sim! Lá está tudo e de todo mundo porque somos amigos, então se você precisar de algo não se intimide em falar, está bem? - disse calouros, talvez queira se redimir pelo quarto. - Certo, obrigada! - disse meio sem jeito. - Você já limpou tudo? - Perguntou um tanto curioso. - Já sim! - Disse enquanto ele olhava para cima de mim para o quarto com o olhar perplexo. - nossa você pintou a parede também? - Perguntou olhando para dentro. - Sim! - Exclamei com orgulho. - E... Eu sei que não é da minha conta, mas posso lhe perguntar algo? - Acho que sim! - Onde estão as coisas do quarto? - perguntou ele enquanto eu soltava a porta enquanto - aquelas coisas qual? - Você sabe! A cama, a cômoda, o guarda-roupa, as coisas, todos os móveis. - Ah... Isso, então... Joguei fora já estava em péssimo estado! - Disse mentindo de forma mais absurda. - Como? Eu não vi nada saindo, nenhum barulho, isso é... Inacreditável. - disse perplexo. - Sabe, você tem toda razão, mas não é de sua conta! - Respondi rispidamente, ele poderia ser bonito, contudo não mudaria o fato de que está se metendo onde não deve. - Nossa! - Exclamou constrangido naquele instante me sentir m*l. - Me desculpa por me meter na sua vida! - sorriu desconcertado. - ah não, desculpa, por favor, e que eu ando um pouco estressada, pode entrar..., bom, se quiser. - Disse um pouco envergonhada, nunca tinha sido tão grosseira. - Obrigado! - Exclamou entrando no quarto curioso. - Eu te convidaria para sentar-se ou então tomar um suco, contudo já está vendo que não estou em uma boa situação. - disse ironicamente. - Sim verdade, mas como você conseguiu levar os móveis para fora se ninguém os viu sair? - continuou perplexo olhando cada canto boquiaberto. - E que eu fiz isso ainda na madrugada! - Quem te ajudou? - um rapaz que eu pedi ajuda. - Ah bom! Fico mais aliviado, seria difícil acreditar que uma menina sozinha poderia fazer isso tudo sem ajuda. - Ah não! - Exclamei sorrindo, e por isso mesmo não mentir dizendo que fui sozinha, não só super herói. - Mas a Dona Eura concordou com isso? - Com o que? - Em jogar os móveis fora! - Mas eu não joguei fora, eu levei para uma detetizadora, você não imagina as coisas absurdas que faziam aqui dentro, foi o quarto mais nojento que já havia entrado. - então não tem entrado em vários quartos não é mesmo? - Disse coçando a cabeça demonstrando insegurança. - Já! Entrei várias vezes no meu e nunca tive uma bagunça dessas. - vejo que você fez um ótimo trabalho.... - Disse admirando a parede, mas percebia que ele fez isso pra mudar de assunto. - É verdade! - Mas eu ainda não consigo imaginar como vai passar a noite, se nem tem lençol e cama para dormir? - Eu estou bem assim. - Disse sem querer contar-lhe que tinha tudo ou quase tudo que precisava no meu quarto. - Está bem! De onde veio essa grade? - veio... Da cidade! - hum, você teve uma noite longa para alguém que só chegou ontem à noite, não é mesmo? - pois e! - posso? - Pôde o quê? - Te ajudar a deixar ela mais segura? - Disse indo para perto da grade. - Por quê? - E que ela está em falso e pôde cair e te machucar. - Eu não acho que esteja em falso não! - Mas está, e pôde cair a qualquer momento! - Exclamou arrastando ela um pouco para frente, ele tinha toda razão isso iria cair se caso eu mexesse. - Obrigada... De novo! - Disponha eu tenho que ir, então até logo! - Até! - E boa sorte com seu... Quarto, está bem? - Sim! Até logo. Ele saiu e finalmente fiquei só, ele saiu muito apressado como se estivesse atrasado para algo ou simplesmente estivesse fugindo, ainda bem, pois eu não iria querer um interrogatório logo agora e muito menos iria querer revelar meu segredo, eu não sei o que iria acontecer quando Dona Eura soubesse que eu havia encontrado seu quarto escondido, tive sorte dele não perceber o papel rasgado na parede mostrando a porta e percebi que eu tinha que endireitar de forma que não desse nem pra eu ver. Eu estava tão nervosa que nem quis entrar no quarto talvez aparecesse mais alguém então era melhor eu esperar mais um pouco afinal eu não iria permanecer escondida a vida toda e foi exatamente o que aconteceu alguém bateu novamente na porta e eu abri rapidamente e novamente era ele. - Voltei, eu sei que você está muito bem assim, é claro, mas lá no armário tem uma série de lençóis de vários tipos então eu trouxe uns para você poder ter a possibilidade de dormir mais ou menos confortável. - Falou segurando dois lençóis. - você não sabe o quanto eu estava precisando de um! Disse feliz. - eu sei! Então tá... eles são seus, já que aqueles que estavam aí não serviriam para mais nada. - Concordo! Estavam em situação terríveis, esse quarto já foi alugado alguma vez? - Não, ela nunca o alugou, nem mesmo quando veio mais um inquilino, ela o acomodou na sala, então eu não compreendo o que a fez mudar. - Ela morava aqui ainda quando vocês vieram? - Sim, contudo ficou apenas alguns dias, ela não gostava muito de jovens, também, uma senhora já, a única coisa que queria era silêncio e foi embora deixando a chave para quem quisesse ver bem aqui pendurada do lado da porta. - pois é, no entanto nunca mais irão ver essa chave novamente. - É totalmente compreensível. - Disse com o olhar desviado de mim, suas bochechas ficaram rosadas em sinal de vergonha. - Sabe eu só não entendo uma coisa! - O quê? - Se cada um tem o seu quarto, então por que é que viam para cá? - Sei lá, nunca se sabe, acho que só pra relaxar, ou porque é o único quarto que tem... Tinha uma grande cama de casal. - Não! Acho que o simples gosto de irritar Dona Eura não é? . - Talvez... - disse com um sorriso de canto. - Acho que já entendi! - Seus amigos que entraram não é mesmo? - Meus amigos? - Sim. - Então... Eles não entraram aqui. - Ah sei, então quem foi? Não vai dizer que alugaram esse quarto sem o consentimento de Dona Eura? - Não! Mas você até que deu uma boa ideia, pena que já é tarde. - Então! - Olha, tem uma colchonete na sala, se você quiser, eu posso trazer para você. - Ah não, obrigada só os lençóis já me bastam. - Então está bem! Eu vou indo ta... - Ele parou de falar olhando para a porta secreta. - Aquilo é uma porta? - Espera! Aproveita e entrega uma coisa a Dona! - que coisa é que Dona. - Eu achei umas coisas que não são pertencentes a esse quarto. - do que está falando? - Nada de mais, só da calcinha vermelha dentro do balde lá embaixo. - joga fora! - Disse rapidamente, envergonhado, percebi que apesar de ele ser muito comunicativo também era um pouco tímido então por várias vezes ele ficava vermelho um tanto desengonçado. - Eu já vou indo, depois agente se fala! - Exclamou indo embora rapidamente, eu não disse por m*l, contudo eu queria que ele fosse embora por que não queria que ele descobrisse meu segredo. Já estava tarde eu já havia forrado minha cama com as cobertas que aquele rapaz me trouxe então me deitei com ele dominando meus pensamentos, no entanto o achei um pouco repulsivo talvez por ter orgulho próprio, ele é um sem vergonha e tudo por usar um quarto que não é dele pra entrar em uma de suas aventuras ridículas que por acaso me causa enjoo
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